Ederson explica importância de trabalho com psicólogo no futebol e diz como consultas o ajudam no City e na seleção: 'Importante e necessário' – ESPN.com.br

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Goleiro brasileiro do Manchester City falou em entrevista exclusiva para a repórter Natalie Gedra (4:52)
No futebol, como em qualquer outro esporte, muito além do preparo físico, alimentação ou outros quesitos, a questão mental tem ganhado cada vez mais protagonismo no dia a dia dos jogadores. E por conta disso, o trabalho em conjunto com psicólogos se tornou fundamental para os atletas de alto nível.
Goleiro do Manchester City e da seleção brasileira, Ederson é um dos jogadores que realiza este tipo de trabalho e ressaltou a importância do mesmo, em entrevista exclusiva à repórter da ESPN Brasil Natalie Gedra.

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Acostumado a disputar as principais competições do planeta, incluindo a Copa do Mundo, o brasileiro de 29 anos revelou ter sentido uma melhora significativa desde que iniciou o acompanhamento psicológico. E ele tem ajudado a saber lidar, inclusive, com algumas situações delicadas na carreira de um atleta, como o trauma de uma eliminação, como aconteceu no Qatar, quando o Brasil caiu nos pênaltis para a Croácia nas quartas de final.
“Foi muito difícil, uma derrota muito dolorida para todos nós. A vida é assim, a gente cai aqui, mas tem que levantar, porque se continua no chão vem outro e te pisa. Aí entra o aspecto da mentalidade. Todos os jogadores têm uma boa cabeça. Tem muitos atletas que passam por coisas que, se não tiver cabeça, não conseguem manter o nível. Aí entra o aspecto de um trabalho psicológico, com um psiquiatra. Não vai te fazer melhor que ninguém, mas vai saber lidar com situações“, começou por dizer.
E o acompanhamento com um psicólogo também tem ajudado o arqueiro a saber lidar com as críticas, e até mesmo com os elogios, de uma forma diferente. E Ederson citou, inclusive, a atual temporada do Manchester City, que vem tendo os seus altos, mas ao mesmo tempo os seus baixos.
“Essa temporada tem sido meio agridoce, alguns jogos ruins, outros bons. Futebol é assim, nem sempre vai conseguir jogar bem. Procuro sempre manter uma linha crescente. Já são seis temporadas de Premier League, claro que muitas coisas aconteceram nesses seis anos e vão acontecer nessa temporada, mas me vejo um cara experiente, que sabe controlar a cabeça. Ao longo dos últimos meses, esse foi o principal fator para mim. Sei encarar críticas e elogios de outra maneira. Eu estando bem da cabeça é o fator principal, porque muitas coisas a gente pode ter uma decrescente muito grande“, prosseguiu.
“Controles que eu não tinha antes e eu vejo que hoje consigo controlar muito bem. Ainda mais para atletas que vivem momentos de pressão. Quando ele acerta, vai no ápice da alegria. Mas, quando erra um passe, falha num gol, recebe muitas crítica e muitos não sabem lidar. É importante a maioria dos jogadores ter um acompanhamento.”
Por último, o camisa 31 dos Citizens definiu o acompanhamento psicológico como “importante e necessário” e disse que nunca deixou de ir às consultas, mesmo durante a disputa das principais competições pelo City e pelo Brasil e respondeu se a questão mental foi um fator que pesou contra a Croácia no Mundial.
“Acho super importante e super necessário no futebol. Cada um encara de uma forma. Eu, durante a competição, não deixei de fazer minhas consultas. Sempre me preparei mentalmente e me preparo para tudo, um possível erro, para vitória, para derrota, para empate, um grande jogo. Consigo absorver melhor as coisas hoje. É um fator que me ajuda muito, vejo uma diferença absurda, no meu comportamento e tudo”, finalizou.
Ainda vivo em três competições na temporada 2022/23, o City volta a campo na sexta-feira (27), a partir das 17h (de Brasília), quando recebe o Arsenal pela Copa da Inglaterra, com transmissão ao vivo pela ESPN no Star+. A partida é válida pela quarta rodada da competição.
Manchester City x Arsenal terá transmissão, ao vivo, pela ESPN no Star+, na sexta-feira (27), às 17h (horário de Brasília).

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