Assista pela 1ª vez vídeos dos ataques ao STF no 8 de Janeiro – Poder360
Imagens que fazem parte das investigações da PF foram divulgadas à imprensa nesta 4ª feira (25.jan)
Pela 1ª vez, as imagens dos ataques ao prédio do STF (Supremo Tribunal Federal) no 8 de Janeiro foram divulgadas ao público, nesta 4ª feira (25.jan.2023). As filmagens fazem parte das investigações da PF (Polícia Federal).
Por meio das gravações, é possível identificar o efetivo da Tropa de Choque da PM-DF (Polícia Militar do Distrito Federal) mobilizado para impedir a entrada dos manifestantes às instalações da Suprema Corte, mas depois da chegada de uma viatura, os veículos são dispersados da área. Depois disso, os extremistas de direita começam a acessar o espaço do Poder Judiciário. Antes, já haviam tomado os prédios do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto.
Já as imagens internas registram uma tentativa de incêndio dentro do plenário da Corte, onde os ministros realizam as sessões. No edifício-sede do STF, os manifestantes manusearam os hidrantes para atingir as instalações físicas, destruíram obras de arte e quebraram todas as câmeras. O manifestante que roubou a réplica da Constituição Federal aparece segurando o exemplar enquanto caminha pelo prédio. Também é filmado um homem vestindo uma das togas dos ministros.
A Polícia Judicial prendeu 8 manifestantes que tentaram chegar aos Anexos I e II do STF pelo subsolo dos prédios. Nas imagens, é possível observar que os participantes estavam equipados com luvas próprias para lançamento de granadas, máscaras de bloqueio de gás e equipamentos de proteção. Na área externa, uma bandeira do Brasil de lona é utilizada como escudo de proteção contra tiros de borrachas e as granadas lançadas pelo efetivo policial.
Assista aos trechos dos vídeos dos ataques ao prédio do STF (2min43s):
Assista ao vídeo dos atos de vandalismo no plenário da Suprema Corte (4min20s):
As imagens registradas dentro e fora do prédio do STF foram divulgadas para toda a imprensa, diferentemente dos vídeos com as depredações no Palácio do Planalto e do Congresso –esses foram enviados primeiro para a Rede Globo.
Por volta das 15h de domingo (8.jan.2023), extremistas de direita invadiram o Congresso Nacional depois de romper barreiras de proteção colocadas pelas forças de segurança do Distrito Federal e da Força Nacional. Lá, invadiram o Salão Verde da Câmara dos Deputados, área que dá acesso ao plenário da Casa. Equipamentos de votação no plenário foram vandalizados. Os extremistas também usaram o tapete do Senado de “escorregador”.
Em seguida, os radicais se dirigiram ao Palácio do Planalto e depredaram diversas salas na sede do Poder Executivo. Por fim, invadiram o STF (Supremo Tribunal Federal). Quebraram vidros da fachada e chegaram até o plenário da Corte, onde arrancaram cadeiras do chão e o Brasão da República –que era fixado à parede do plenário da Corte. Os radicais também picharam a estátua “A Justiça”, feita por Alfredo Ceschiatti em 1961, e a porta do gabinete do ministro Alexandre de Moraes.
Os atos foram realizados por pessoas em sua maioria vestidas com camisetas da seleção brasileira de futebol, roupas nas cores da bandeira do Brasil e, às vezes, com a própria bandeira nas costas. Diziam-se patriotas e defendiam uma intervenção militar (na prática, um golpe de Estado) para derrubar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A organização do movimento havia sido monitorada previamente pelo governo federal, que determinara o uso da Força Nacional na região. Pela manhã de domingo (8.jan), 3 ônibus de agentes de segurança estavam mobilizados na Esplanada. Mas não foram suficientes para conter a invasão dos radicais na sede do Legislativo.
Durante o final de semana, dezenas de ônibus e centenas de carros e pessoas chegaram à capital federal para a manifestação. Inicialmente, o grupo se concentrou na sede do Quartel-General do Exército, a 7,9 km da Praça dos Três Poderes.
Depois, os radicais desceram o Eixo Monumental até a Esplanada dos Ministérios a pé, escoltados pela Polícia Militar do Distrito Federal.
O acesso das avenidas foi bloqueado para veículos. Mas não houve impedimento para quem passasse caminhando.
Durante o domingo (8.jan), policiais realizaram revistas em pedestres que queriam ir para a Esplanada. Cada ponto de acesso tinha uma dupla de policiais militares para fazer as revistas de bolsas e mochilas. O foco era identificar objetos cortantes, como vidros e facas.
Desde o resultado das eleições, extremistas de direita acamparam em frente a quartéis em diferentes Estados brasileiros. Eles também realizaram protestos em rodovias federais e, depois da diplomação de Lula, promoveram atos violentos no centro de Brasília. Além disso, a polícia achou materiais explosivos em 2 locais da capital federal.
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