A nova política e a velha Filosofia – TSF Online

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O País está crispado. Já aqui o disse na semana passada e dissertei sobre a forma como o termo crispação, quase morto e enterrado desde os tempos do PEC IV e da troika, regressou à narrativa atual. Do governo à oposição, dos professores aos polícias, do futebol à igreja – agora por causa do valor a investir altar que vai receber a Jornada Mundial da Juventude -, todos estão em alta crispação.
Esta semana folheei um livro que me fora oferecido, com o título “Estoico Todos os Dias” e encontrei algumas linhas que me fizeram parar e reler. Passo a citar: “Acima de tudo, tens de ser cuidadoso com as relações ou amizades para evitar depender delas ou transformares-te no mesmo que elas. Se não, vais perder-te…”. São palavras do filósofo Epicteto. E mais se lê na mesma página, volto a citar: ” Com os bons, aprenderás as coisas boas. Mas se te misturares com os malvados, deitarás a perder até a alma”, declarou Misónio Rufo, mestre de Epicteto.
Ouça aqui o comentário de Rosália Amorim
Estas palavras sábias vêm a propósito da falta de ética. A democracia corre o risco de ver o seu povo a rotular os políticos e gestores de “todos iguais”. Ora, cabe precisamente a esses mesmos dirigentes contrariar essa ideia pré-concebida, fazer prova de boa fé, mostrar de que matéria são feitos e ao que vêm quando assumem funções de poder, público ou privado, com alto impato na sociedade.
Dizendo de outra forma, “diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és”.
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Com quem andam e de que se ocupam os nossos líderes? Rodeiam-se dos melhores, com provas dadas no mercado e com um carácter à prova de bala? Ocupam-se do bem comum, da razão de ser a servir, das desigualdades, da inclusão e da criação de riqueza para quebrar um ciclo de pobreza que se colou a Portugal? Ou estarão mais ocupados em grupos e grupetas, manias das perseguições e conspirações inúteis que em nada contribuem para um país melhor?
Deixo aos ouvintes as respostas a cada uma destas perguntas e também fica nas mãos dos eleitores responder às mesmas quando chegar o próximo ato eleitoral. Afinal, quem merecerá a confiança dos portugueses? Onde estão os homens bons da nação?

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