Coronel que trabalhou com Bolsonaro tem casa privilegiada em área militar – VEJA

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Com mais de 2.000 moradores, o Setor Militar Urbano (SMU) é um bairro especial de Brasília. Além dos principais quarteis da cidade, a região localizada a 9 quilômetros da Praça dos Três Poderes abriga casas, escolas, clubes e praças, com destinação praticamente exclusiva para o uso de militares.
Na região, um local específico é considerado a área mais nobre: um condomínio conhecido como “Fazendinha” devido à ampla área verde, ocupada por poucas casas, recebe os oficiais generais e o Comandante do Exército. Ao todo, são oito casas destinadas ao mais estrelado posto militar. Ao redor, há outras poucas residências, que foram construídas para ser ocupadas pelos assistentes diretos dos generais. Toda a região fica cercada pelo mesmo condomínio, cujo acesso é restrito.
É em uma dessas casas, originalmente destinadas aos assistentes dos generais, que mora o tenente-coronel Mauro César Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro.  Ninguém sabe explicar o motivo de o tenente-coronel viver na Quadra Residencial de Generais. “Realmente, falando francamente, não era para era estar morando ali. Imagino que deveria estar nas quadras”, afirmou a VEJA um militar de alta patente.
Cid é o pivô da crise que levou à demissão do general Júlio César de Arruda do Comando do Exército, no último dia 21, e o local onde ele mora foi um dos pontos sensíveis que levaram à queda do militar. Conforme mostrou reportagem de VEJA desta semana, o presidente Lula cobrava do ministro da Defesa, José Múcio, que fosse revogada a nomeação do ex-braço direito de Bolsonaro como chefe do 1º Batalhão de Ações e Comandos, sediado em Goiânia. Para isso, seria necessário o então comandante Arruda rever o ato de Bolsonaro – a indicação foi formalizada em maio de 2022.
Em meio à cobrança de Lula, começou a circular na cúpula do Exército que Cid poderia ser alvo de uma operação da Polícia Federal por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. O tenente-coronel é investigado em inquéritos que apuram a propagação de notícias falsas e transações suspeitas feitas para custear gastos da família Bolsonaro.
A suposta operação contra Cid, portanto, teria de acontecer dentro do condomínio exclusivo para os generais. Ao saber da possibilidade de um mandado no local, Arruda avisou colegas de farda e o ministro Múcio de que a Polícia Federal seria impedida de entrar no condomínio e cumprir qualquer tarefa designada por Alexandre de Moraes. “Ninguém mexe com ele aqui” e “Ninguém tira ele daqui” foram alguns de seus rompantes, conforme relato de diferentes fontes.
A VEJA, um general que pediu para não ser identificado alegou que não se tratava de uma ameaça de confronto, mas de um alerta para a necessidade de uma ação combinada entre as partes. Mesmo assim, o comandante do Exército acabou demitido.
 
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