Ataques em Brasília: MPF pede para STF dê transparência em processos – ig.com.br

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A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu nesta terça-feira (31) para que Supremo Tribunal Federal (STF) informe o andamento dos processos contra os suspeitos de ataques aos Três Poderes em Brasília no último dia 8 de janeiro. O pedido é assinado pelo subprocurador-geral Carlos Frederico Santos.
Santos entende que a transparência nos processos poderá dar ampla defesa aos acusados, que pleiteavam o acesso aos inquéritos. O subprocurador ainda justificou que a medida facilitará as respostas do MPF em questionamentos da Suprema Corte.
Nos últimos dias, as defesas de 16 acusações pediram ao Ministério Público para ter acesso ao processo. Os advogados criticam que as audiências de custódia foram feitas fora do prazo, que os presos não conseguem contato com os defensores e ressaltam não ver legalidade nas detenções.
Santos cita o Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos e reafirma a necessidade de os presos terem a possibilidade de recurso.
O Ministério Público Federal já denunciou 479 pessoas pelos ataques aos Três Poderes. Na última leva, o MPF representou contra 225 suspeitos de participarem dos atos antidemocráticos.
A promotoria promete enviar novas denúncias nos próximos dias. Os pedidos estão sob análise do ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Os prédios do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF) foram invadidos por bolsonaristas na tarde de 8 de janeiro. Eles protestaram contra a vitória de Lula e o uso das urnas eletrônicas. 
No dia anterior, caravanas de bolsonaristas chegaram à Brasília para o ato. O ministro da Justiça, Flávio Dino, chegou a solicitar o uso da Força Nacional para manter a segurança da Praça dos Três Poderes.
No Congresso, os manifestantes vandalizaram o salão verde da Câmara dos Deputados e invadiram o plenário do Senado. Já no Planalto, os suspeitos quebraram portas e tentaram invadir o gabinete presidencial.
Na Suprema Corte, os manifestantes tentaram invadir os gabinetes dos ministros, quebraram as portas dos armários onde ficam as togas, além de quebrar vidraças e vandalizar a fachada do prédio.
Cerca de mil pessoas foram presas e levadas para a carceragem da Polícia Federal na capital. Algumas já foram liberadas por decisões do STF, enquanto outros ainda aguardam o pedido de habeas corpus.
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