Bolsonaro decide obedecer médico após garantia de aliados – ig.com.br

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Naian Lucas Lopes
Estudante de Letras, escreve há 12 anos e já produziu conteúdos em diversas editoriais, como Cotidiano (UOL), Televisão e Famosos (NaTelinha) e Política (Diário do Centro do Mundo), sua maior especialidade. No iG, é repórter de Último Segundo e Saúde.
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não quer voltar ao Brasil, mas seu retorno deve acontecer ainda neste mês de janeiro ou no começo de fevereiro. Ele obedecerá uma determinação médica para que sua saúde não piore. Sua volta só ocorrerá por conta de uma garantia dada por aliados.

O antigo chefe do Executivo federal planejava ficar até março, mas avisou aos aliados que pretendia estender o período nos Estados Unidos por causa das  investigações do ato terrorista de 8 de janeiro em Brasília. A maior preocupação era pisar em solo brasileiro e algum ministro do Supremo Tribunal Federal determinar sua prisão preventiva.
Com o avanço das investigações, aliados passaram a buscar informações para saber se tem alguma chance de Bolsonaro parar na cadeia. A resposta encontrada é que nenhum magistrado tem a intenção de levá-lo para a prisão. Pelo menos neste momento.
A explicação é que para prender um ex-presidente são necessárias provas contundentes. As prisões do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ex-governante Michel Temer (MDB) são usados como exemplos. Ambos os episódios – do ponto de vista de políticos e ministros – são tratados como desastrosos para a justiça brasileira.
Também é apontado que levar Bolsonaro para a cadeia pode colocar mais fogo no país. O Supremo não quer perder a  razão.
Depois de escutar os aliados, Bolsonaro avisou para o seu médico, Antônio Luiz de Vasconcellos Macedo, que deverá estar no Brasil entre o fim deste mês e começo de fevereiro. No entanto, não deu garantia de data e falou que pode mudar de ideia, caso algum fato novo ocorra.
O doutor Macedo informou recentemente que o ex-presidente precisa passar por uma nova cirurgia e não é possível fazê-la nos Estados Unidos.
Após o procedimento, Bolsonaro trabalha com a hipótese de retornar para o país norte-americano. Ele acredita que seja muito perigoso ficar no Brasil neste momento. Porém, agora mais animado, o antigo mandatário garante que ocupará o espaço de líder da oposição.
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