DONA DA ORTOPÉ É INVESTIGADA POR FRAUDES MILIONÁRIAS COM NOTAS FRIAS.
A fabricante de calçados Dok, dona das marcas Ortopé e Dijean, está sendo investigada por suspeitas de fraude, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP). Além dos citados, há também outros 17 inquéritos instaurados pela Polícia Civil por acusações de estelionato. As informações são do Jornal O Estado de S.Paulo.
O grupo é acusado de usar notas frias, com base em vendas simuladas a grandes varejistas, para levantar dinheiro junto a bancos e fundos de investimentos. As transações falsas teriam gerado uma dívida estimada em R$ 382 milhões, com 90 instituições financeiras.
Segundo o jornal, as notas fiscais simuladas indicavam vendas de R$ 20 milhões à Riachuelo, R$ 14,4 milhões com a Renner e R$ 4 milhões com a Puma. Também há suspeita de falsificação do carimbo das varejistas para falsificar as operações.
“As referidas cobranças sequer foram acompanhadas dos números de pedidos de compra referentes às solicitações de fornecimento que seriam objeto de aludidas notas fiscais, tampouco foram encaminhados canhotos idôneos relacionados à efetiva entrega das mercadorias. Foram identificados, apenas, canhotos com carimbos e assinaturas falsos”, informou a C&A, em um comunicado interno que circulou no início de janeiro.
O Grupo Dok foi fundado em 2010, em Birigui, no interior de São Paulo. Em 2020, o grupo incorporou as marcas Ortopé e Dijean, da Vulcabras, e passou a produzir calçados para marcas como Arezzo, Bata e Puma. A empresa tem cerca de 4 mil funcionários e exporta produtos para mais de 20 países.