KIKI DIZ QUE PALANQUE ESTÁ DESARMADO.

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O líder da bancada governista na Câmara de Salvador, vereador Kiki Bispo (UB), em conversa com o bahia.ba, apesar de ter se equivocado ao elencar que a base governista detém quatro integrantes nas principais comissões temáticas da Casa, quando na verdade contabiliza três, não deixou de ponderar que seu grupo possui maioria (31 vereadores) no Parlamento e que a premissa é implementar um rito de discussão transparente, com a finalidade de primar pelo bem estar da cidade. Sem deixar de alfinetar a gestão passada, comandada pelo hoje vice-governador Geraldo Júnior (MDB), ele frisou ainda que: “não podemos politizar uma coisa que ficou no passado, o palanque está desarmado e temos que pensar em fazer uma Câmara produtiva e, é isso que a gente espera, através de muito diálogo”.

Conforme cálculos do bahia.ba, nos principais colegiados, Constituição e Justiça e Redação Final, por exemplo, os sete membros são Paulo Magalhães Júnior (UB), presidente; Suíca (PT), vice-presidente; Alexandre Aleluia (PL); Téo Senna (UB); Henrique Carballal (PDT), Júlio Santos (Republicanos) e Edvaldo Brito (PSD). Destes, apenas Paulo Magalhães, Téo Senna e Júlio Santos, três edis governistas integram a CCJ, podendo barrar por um voto, conforme regimento a ida de um projeto a plenário.

Da mesma forma na comissão de de Finanças, Orçamento e Fiscalização, presidida pelo tucano Daniel Alves e vice-presidida pelo integrante do Podemos, vereador Sidninho. Os membros são: Alfredo Mangueira (MDB); Átila do Congo (Patriota), Marta Rodrigues (PT); Joceval Rodrigues (Cidadania) e Duda Sanches (UB). Nesse Caso, a situação é um pouco pior quando se conta com oficialmente com Daniel Alves e Duda Sanches e na teoria com Átila do Congo, que não esconde seu posicionamento de independente, leia-se ‘em cima do muro’. Outras como a de Educação, Esporte e Lazer, Planejamento Urbano e Meio Ambiente e Transporte, Trânsito e Serviços Municipais, por exemplo, seguem o mesmo ritmo.

Contudo, a expectativa do líder do governo é das mais positivas.

“Tanto a composição na CCJ e de Orçamentos os números demonstram o contrário, nós temos quatro vereadores governistas em todos os dois dos principais colegiados. Então a gente não está com essa preocupação até porque a gente confia na coesão da nossa base e entende que nós temos a maioria. E, ainda assim, pretendemos, ao longo desse ano, travar sempre uma discussão muito franca e muito aberta, seja nas comissões, nas audiências públicas, de forma a implementarmos esse rito de discussões transparente aqui na Casa e nas comissões não será diferente”, pontuou, sem se dar conta dos números.

Kiki ainda reforçou que: “Mas, se você pegar a formação das comissões está claramente quatro vereadores da base e três da oposição e nesse aspecto, nós estamos muito tranquilos”, reforçou.

Porém,  sem deixar escapar que o clima instaurado pela gestão anterior ainda é algo que incomoda e que os edis não querem que seja reproduzido, assinalou que, no decorrer do ano, os vereadores provarão que a Câmara tem maturidade suficiente para aprovar tanto os projetos oriundos do Executivo quanto dos próprios vereadores. “Que nossa prioridade é primar pelo bem estar da cidade e não podemos politizar uma coisa que ficou no passado, o palanque está desarmado e temos que pensar em fazer uma Casa produtiva e é isso que a gente espera através de muito diálogo”, frisou o líder.

Kiki Bispo ainda arrematou não acreditar existir tentativa de intrigas no início da gestão de Carlos Muniz (PTB). “Não acredito que queiram fazer intrigas até porque os trabalhos estão iniciando. Nós temos 31 vereadores da base governista, que no momento certo isso vai ficar muito claro, quando tiver uma votação, uma deliberação, como ficou o ano passado em que aprovamos cinco ou seis projetos do Executivo com ampla maioria e até com unanimidade, o que vai significar que temos uma base folgada, mas independentemente, o que queremos é que o diálogo seja a premissa de tudo. Não queremos passar rolo compressor, muito pelo contrário, queremos debater os projetos, maturar cada encaminhamento vindo da Prefeitura, pois quem ganha com isso não é apenas o Parlamento, mas o povo da cidade”, concluiu, em tom de bastante tranquilidade.

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