Irã pode atacar Oriente Médio nesta semana e EUA pede fim de ameaças

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Os Estados Unidos estão se preparando para possíveis ataques significativos do Irã e de seus aliados no Oriente Médio ainda nesta semana, conforme declarou John Kirby, porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, nesta segunda-feira (12).

Kirby revelou que os EUA intensificaram sua presença regional e compartilham com Israel a preocupação com um possível ataque respaldado pelo Irã. Esta preocupação surgiu após o Irã e o grupo palestino Hamas acusarem Israel de ter assassinado um líder do Hamas em Teerã no mês passado.

“Compartilhamos as mesmas preocupações e expectativas que nossos parceiros israelenses. Pode ser nesta semana”, afirmou Kirby aos repórteres.

Israel está se preparando para um possível grande ataque desde o mês passado, quando um míssil matou 12 jovens nas Colinas de Golã, ocupadas por Israel, e Israel retaliou matando um comandante sênior do Hezbollah em Beirute. Um dia após essa operação, Ismail Haniyeh, líder político do Hamas, foi assassinado em Teerã, o que levou o Irã a prometer retaliação contra Israel.

“Nós obviamente não queremos que Israel tenha que se defender de outro ataque, como ocorreu em abril. Mas, se for necessário, continuaremos a apoiá-los”, disse Kirby.

O presidente dos EUA, Joe Biden, também conversou nesta segunda-feira com líderes da França, Alemanha, Itália e Reino Unido para discutir a redução das tensões no Oriente Médio e um cessar-fogo em Gaza, conforme informado pela Casa Branca.

Em uma declaração conjunta, os líderes dos cinco países apoiaram um pedido dos EUA, Catar e Egito para retomar as negociações para um cessar-fogo em Gaza o mais rápido possível.

O presidente Biden apresentou uma proposta de cessar-fogo em três fases em um discurso em 31 de maio. Desde então, Washington e mediadores regionais tentaram alcançar um acordo de cessar-fogo para reféns em Gaza, mas enfrentaram repetidos obstáculos.

Egito, EUA e Catar marcaram uma nova rodada de negociações para quinta-feira (15). A declaração conjunta enfatizou que “não há mais tempo a perder” e expressou apoio a Israel contra possíveis ameaças iranianas, além de solicitar ajuda humanitária para Gaza.

“Pedimos ao Irã que abandone suas ameaças contínuas de ataque militar contra Israel e discutimos as graves consequências para a segurança regional caso tal ataque ocorra”, acrescentou a declaração dos EUA e seus aliados europeus.

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