A dinâmica de transmissão do futebol brasileiro: o que podemos (e … – MKTEsportivo

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Torneio realizado no Catar foi rodeado de inovação e tecnologia dentro e fora dos campos
Consultoria de estratégia focada nos negócios do esporte
Passada a Copa do Mundo e a véspera do início do calendário nacional com os campeonatos estaduais, nós, espectadores do futebol, inconscientemente, fazemos uma comparação entre as competições. Guardadas as proporções, claro, já que estamos falando do maior evento esportivo do mundo, cresce aquela expectativa de quando vamos ver as inovações utilizadas no mundial em nosso futebol.
A Copa do Mundo foi rodeada de inovação e tecnologia dentro e fora dos campos. Com uma das melhores estruturas já vista nos gramados, tudo foi preparado para transformar os jogos em espetáculos de entretenimento. O mesmo pôde ser notado fora das quatro linhas. Cheio de novidades, a transmissão do mundial também estava carregada de inovações, ampliando ainda mais as possibilidades de explorar o conteúdo transmitido.
Um dos fatos marcantes do evento foi a migração da transmissão do evento da TV para o streaming. No Brasil o feito foi marcado pelo sucesso da Cazé Tv, que exibiu todos os jogos da seleção. Principal nome da Twitch no Brasil, Casimiro, junto m FIFA TV, em seu canal do YouTube, deram um show de exibição, batendo recordes de audiência ao alcançar 6,9 milhões de espectadores simultâneos na eliminação da Seleção Brasileira diante da Croácia.
As experiências interativas de dupla tela também chamaram a atenção por meio do aplicativo FIFA+, que testou novas abordagens. Com a ferramenta de realidade aumentada, a plataforma permitiu que o usuário visse os jogadores em campo, estatísticas em tempo real, além de permitir diversas simulações com a partida, abrindo novas portas para o mundo digital no esporte e criando experiências imersivas para a audiência.

Todas essas mudanças acendem a luz sobre a forma de como são feitas as transmissões e como os grandes eventos são estruturados.. Em uma época em que prevalecem vídeos curtos e efêmeros, prender a atenção do espectador durante 90 minutos é cada vez mais difícil, por isso é fundamental que os detentores de direitos pilotem novos conceitos e novas propostas de valor para a audiência, buscando encontrar linhas de receita diversificadas.
A implementação do 5G durante a cobertura do evento fez com que as informações fossem passadas em tempo real, diminuindo o delay das conexões comuns, aumentando a efetividade da comunicação. A tecnologia 5G também possibilitou uma transmissão inovadora em termos de imagem. Os assinantes do GloboPlay e SporTV tiveram a oportunidade de acompanhar a transmissão dos jogos em 4K, aumentando a imersão do espectador.
A segurança também foi um diferencial durante a Copa do Mundo. Cerca de 15.000 câmeras foram responsáveis por promover medidas ágeis de segurança e controle de multidões. Equipadas com rastreio de movimentos das pessoas e reconhecimento facial, as câmeras foram instaladas nos arredores e dentro dos estádios e foram reesposáveis por identificar a venda ilegal de ingressos.
A Copa do Mundo deixou muitos aprendizados e inovações que podem ser utilizadas em um mercado com tanto potencial como o brasileiro que hoje ainda passa por um processo de abertura com as SAFs e a discussão em torno da Liga Brasileira de Clubes. Com os investidores de olho no futebol, a competitividade e o espetáculo tem tudo para melhorar, mas para diminuir a distância para os demais produtos globais do futebol (ex: Premier League e La Liga), é preciso arrumar a casa e adaptar a forma como empacotamos o futebol para entregar um produto inovador, mas sobretudo de qualidade cada vez maior para o torcedor.

Pedro Oliveira é formado em Marketing na ESPM, em Direito pelo Mackenzie e com dupla graduação em MBA em Gestão de Negócios do Esporte e LLM em Direito do Esporte pela Universidade de Columbia em Nova Iorque (EUA). Atuou por 6 anos nas áreas de planejamento estratégico e comercial de multinacionais nos setores de telecom e seguros e atuou por 2 em consultorias nos EUA, antes de co-fundar a OutField. Hoje também é conselheiro e advisor das investidas da OTF, incluindo Semexe, 2morrow Sports, Galaxies, Final Level, RadarFit e Team One eSports, além de ser professor da FGV-SP.
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