Abel comenta início futebol e exalta elenco: 'É o que me faz ficar' – Nosso Palestra

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Na tarde de sexta-feira (25), Abel Ferreira foi convidado a participar do novo podcast do Verdão e contou sobre o começo da sua carreira e sua vida profissional. Apresentado pelo repórter da TV Palmeiras, Luiz Carlos Jr. e pelo humorista palmeirense Rudy Landucci, o PalmeirasCast chegou ao quarto episódio com um bate-papo exclusivo com o comandante português.
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No início, Abel explicou como se envolveu com o futebol. O comandante palestrino disse que, quando criança, quebrou a máquina de lavar roupas de casa ao tentar limpar o uniforme que havia usado. Depois disso, passou a fazer este trabalho manualmente para poder continuar praticando o esporte.
– Fazia todos os tipos de esportes na escola. Futebol nós treinávamos no terrão e minha mãe tinha acabado de comprar uma máquina de lavar roupas. Saí do treino com os meiões e calção cheios de terra. Coloquei na máquina e a liguei. O que acontece a seguir? Avariei (quebrei) a máquina! E minha mãe falou: ‘Acabou o futebol para ti! A partir de agora quem lava suas roupas és tu!’ Até os 15 anos era eu que fazia tudo, era eu que lavava minhas roupas, era eu quem guardava na gaveta. Era a única forma que eu tinha para conseguir jogar. E foi assim que o futebol entrou na minha vida – disse Abel no começo da entrevista.
Abel sempre reiterou a capacidade mental e de assimilação do elenco do Palmeiras. Questionado sobre a possibilidade de algum atleta se tornar treinador, o português foi categórico.
– Tem e vai ser treinador! O Luan e tem mais outros também. Eles entendem o jogo. Quando entende e sente o jogo, o próprio jogador tem que dar a resposta dentro de campo sem a intervenção do treinador. O treinador dá coordenadas, ele que sabem se passam ou não passam. Tem que olhar ao receber a bola e perceber o que vai fazer, qual a linha de passe mais vantajosa para chegar ao gol do adversário. Eu não gosto que os jogadores sejam um comando, não gosto de jogador automático. Ele tem que ter liberdade e responsabilidade para assumir as decisões – comentou.
O futebol, segundo o treinador, é feito de vitórias e derrotas. O vice-campeonato Mundial, inclusive, é visto por ele com muito orgulho e, de quebra, como um grande motivador para o trabalho desempenhado na temporada.
– Eu tenho que lembrar as pessoas que eu sou de carne e osso, que eu tenho medo, tenho inseguranças, sou corajoso também e eu já fui torcedor. Eu entendo esse lado, mas precisam entender que fazemos de tudo para ganhar e não vamos ganhar sempre. Aquela fotografia, após o Mundial, dos jogadores alinhados com a medalha no peito com uma cara triste, mas com orgulho. Pedi para eles não tirarem a medalha e eu tenho essa fotografia de fundo no meu computador, não tenho foto de títulos. A única foto que eu tenho no fundo do meu computador é essa do Mundial. É ali que me revejo, não sei se vamos ganhar ou perder, mas ter uma postura e uma forma de ser e estar que vai nos levar o mais próximo de ganhar. Não é uma forma de jogar, é uma filosofia de vida, é uma forma de ser e estar.
Abel Ferreira foi questionado sobre como motivar esse elenco multicampeão a conquistar novos feitos. Novamente destacou a importância de algumas derrotas ao longo de uma trajetória vitoriosa e do orgulho que ele sente do elenco Alviverde.
– Nós criamos uma competitividade interna e isso nos ajuda a estar mais próximo de ganhar. Mas quero aqui referir que já perdemos feio. Perdemos a Recopa, Supercopa, Mundial. Mas o que temos que estar orgulhosos é que estamos sempre nas decisões. Fomos na Libertadores até o fim, na Copa (do Brasil) fomos até onde pôde ser. O Brasileirão ano passado não deu, mas esse ano sim. Esse ano deu para ganhar a Recopa, deu para ganhar o Paulista do jeito que foi. O que me enche de orgulho desses jogadores é: aconteça o que acontecer eles estão lá no outro dia para trabalhar e ir bem no próximo jogo. É isso que me faz ficar no clube, é isso que me faz gostar desses jogadores – concluiu.
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