Alexandre Garcia: Vale tudo para incriminar Bolsonaro | Gazeta do Povo – Gazeta do Povo
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O presidente Jair Bolsonaro está sendo indiciado pela Polícia Federal por incitação ao crime e provocar alarme. É que ele falou da vacina e da máscara. Provocar alarme é contravenção penal, e incitação ao crime dá de três a seis meses de prisão. Então, era previsível que tentariam arrumar alguma coisa contra Bolsonaro. Enquanto isso, não sei por que não enquadraram todos os que mostravam cova aberta esperando mortos, caixões comprados para botar gente dentro, pondo pânico para ficarmos trancados em casa, não ir trabalhar, para prejudicar o governo e o país. Já quanto aquilo que Bolsonaro diz, vocês devem estar vendo, nas redes sociais, a confirmação pela ciência. Vejam, por exemplo, o que está acontecendo na Flórida, onde a Suprema Corte está examinando as políticas sobre vacinas, máscaras e suas consequências.
Essa mesma falta de critério vale para o tal “discurso de ódio”. Vocês devem ter visto o humorista que, em um programa de televisão, desejou a morte de Luciano Hang. Aí, em Vitória da Conquista (BA), na manhã de quarta-feira, um incêndio enorme destruiu a terceira maior loja da Havan. Sei lá o que pode ter sido.
Enquanto isso, a história de “discurso de ódio” cai por terra quando se vê Bolsonaro em atitude amistosa com o novo governo. Para facilitar a vida do futuro presidente, já exonerou os três chefes militares do seu governo e nomeou os três do futuro governo. O novo comandante do Exército já vai tomar posse nesta sexta-feira: é o general Júlio Cesar de Arruda, um cuiabano que já foi comandante militar do Leste, comandante da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), das Operações Especiais em Goiânia, e era chefe do Departamento de Engenharia e Construção do Exército. O novo comandante da Aeronáutica, o tenente-brigadeiro Marcelo Damasceno, já tem posse confirmada para a próxima segunda-feira. Na Marinha o escolhido não foi o mais antigo, e sim o almirante de esquadra Marcos Sampaio Olsen. Vemos aí a boa vontade do governo, ao contrário do que vinham falando.
Há muita preocupação depois da prisão de George Washington de Souza, que teria uma bomba no caminhão e estava com o apartamento cheio de armas e munição. Ele disse ter frequentado o acampamento dos manifestantes lá na frente do QG do Exército, e agora querem tirar o acampamento. A segurança para a posse de Lula será muito maior do que se imaginava: mil agentes da Polícia Federal e todo o contingente da PM de Brasília. Alexandre de Moraes cancelou porte e transporte de armas em todo o Distrito Federal até segunda-feira. Talvez até alterem a programação popular das festividades da posse.
O presidente Lula continua correndo atrás de ministros para atrair votos de partidos que não estavam no leque de apoio à candidatura dele. Diferentemente do governo Bolsonaro, que foi atrás de técnicos, de revelações e de talentos, sem ficar devendo para legenda política nem entregar ministério ou estatal para partido. Agora, por exemplo, a Petrobras está de volta nas mãos do PT.
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