Aliados do Centrão lamentam Bolsonaro radical; filhos defendem – Metrópoles
Com Bruna Lima, Edoardo Ghirotto, Eduardo Barretto e Paulo Cappelli
31/10/2022 16:23, atualizado 31/10/2022 16:23
Aliados (ou, agora, ex-aliados) de Jair Bolsonaro amanheceram atribuindo ao radicalismo do presidente a derrota. Se tivesse uma postura mais moderada à frente da Presidência, poderia ter sido reeleito, argumentam políticos do Centrão.
Os três filhos políticos do presidente, porém, refutam a tese.
Carlos, Eduardo e Flávio acreditam que, se o pai tivesse um perfil mais moderado, não teria sequer chegado à Presidência em 2018.
Reprodução
Flávio Nantes Bolsonaro, nascido em 1981, é advogado, empresário e político brasileiro. Natural de Resende, no Rio de Janeiro, foi eleito senador pelo estado, em 2018MATEUS BONOMI / AGIF
Também conhecido como 01 — por ser o primogênito –, Flávio é casado com a dentista Fernanda Antunes, com quem tem duas filhas, Luiza e Carolina. Antes da carreira federal, foi deputado estadual por quatro mandatosRafaela Felicciano/Metrópoles
Assim como outros membros do clã Bolsonaro, Flávio também é conhecido por falas polêmicas. Ele, inclusive, já foi acusado de homofobia por frases como: “duvido que algum pai tenha orgulho de ter um filho gay” e que “o normal é ser heterossexual”Rafaela Felicciano/Metrópoles
Em 2018, a Polícia Federal investigava casos de corrupção dentro da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) quando descobriu indícios de “rachadinha” dentro do gabinete de Flávio Bolsonaro. Relatórios apontaram movimentações suspeitas de parlamentares e servidores da Casa legislativa. Um deles era Fabrício QueirozReprodução/ Redes sociais
À época, o MPRJ descobriu, por meio de quebra de sigilo, que Queiroz movimentou milhões em dinheiro com envolvimento de assessores ligados ao gabinete do filho mais velho do presidente. Com isso, Queiroz e Flávio passaram a ser suspeitos de organizar o esquema. A investigação, no entanto, foi arquivadaRafaela Felicciano/Metrópoles
Carlos Nantes Bolsonaro, nascido em 1982, também conhecido como 02, é político brasileiro formado em ciências aeronáuticas. Natural de Resende, no Rio de Janeiro, cumpre o 6º mandato como vereadorRedes Sociais/Reprodução
Hugo Barreto/Metrópoles
Ao longo dos anos, se envolveu em inúmeras brigas “online”. Em uma delas, após o General Santos Cruz, ex-ministro da Secretaria de Governo, afirmar que há milícias digitais nas redes sociais. Com os ataques, Santa Cruz chegou a publicar um print insinuando que as redes sociais do presidente são, na verdade, comandadas por CarlosAlan Santos/Presidência da República
Após a exoneração de Santos Cruz, Carlos Bolsonaro passou a atacar o vice-presidente Hamilton Mourão. No Twitter, chamou Mourão de “traidor”, “queridinho da imprensa” e insinuou que ele queria tomar o lugar do chefe do ExecutivoDivulgação/Câmara Municipal do Rio de Janeiro
Em setembro de 2019, o político foi duramente criticado ao afirmar que “por meios democráticos, as mudanças almejadas não aconteceriam na velocidade que se desejaria”. No mesmo ano, foi acusado de interferir nas investigações do caso Marielle FrancoReprodução
Em 2021, o TJRJ permitiu a quebra dos sigilos bancários de Carlos Bolsonaro na investigação que apura a contratação de funcionários fantasmas no gabinete do vereador na Câmara MunicipalIgo Estrela/Metrópoles
Eduardo Nantes Bolsonaro, nascido em 1984, é policial, advogado e político brasileiro. Natural do Rio de Janeiro, atualmente ocupa o cargo de deputado federal por São PauloIgo Estrela/Metrópoles
Também conhecido como 03, por ser o terceiro filho de Bolsonaro, Eduardo é casado com Heloísa Wolf, com quem tem a pequena Geórgia Bolsonaro. Seguindo os passos do pai, é conhecido por falas polêmicas e por apoiar temas controversos, como redução da maioridade penal e a legalização do porte de arma, por exemploRafaela Felicciano/Metrópoles
Em 2018, foi denunciado pela PGR ao STF por ameaçar a jornalista Patrícia Lelis. No ano seguinte, Eduardo e o presidente Jair Bolsonaro usaram as redes sociais para criticar uma matéria da revista Época e incentivar ataques a jornalistasPaulo Sergio/Agência Câmara
No início de 2022, o político fez uma publicação nas redes sociais associando o aparecimento de uma cratera na Marginal Tietê, em São Paulo, à contratação de mulheres para trabalhar na obra do transporteAndré Borges/Metrópoles
Em abril do mesmo ano, zombou das torturas que a jornalista Miriam Leitão sofreu durante a ditadura militar. Além disso, foi acusado pelo PT, PDT, PSB e Psol de desrespeitar parlamentares mulheresHugo Barreto/Metrópoles
Jair Renan, nascido em 1998, é filho de Bolsonaro com uma das ex-esposa dele, Ana Cristina Siqueira Valle. Também conhecido como 04, é o quarto dos cinco descendentes do atual presidente da RepúblicaMatheus Portugal/Estúdio Jota
Assim como o restante da família, Jair Renan também coleciona polêmicas. Uma delas, inclusive, está relacionada à empresa que ele tem, a Bolsonaro Jr Eventos e Mídia, investigada por suposta lavagem de dinheiroIgo Estrela/Metrópoles
À época da inauguração da empresa, um dos sócios de Renan afirmou que ganhou um carro elétrico da Neon Motors. Segundo investigações da PF, o automóvel teria sido doado para que “portas fossem abertas” para a companhia dona da Neon no governoIgo Estrela/ Metrópoles
A empresa de Jair Renan também apareceu nas apurações da CPI da Covid. Isso porque a firma foi fundada com a ajuda de Marconny Faria, apontado pela comissão como lobista da Precisa Medicamentos na compra da vacina CovaxinReprodução/Instagram
A caçula do presidente é Laura, fruto do casamento de Jair com Michelle. Em geral, aparece pouco nas redes sociaisReprodução
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