Ameaçou golpe, o STF e era o mais bolsonarista dos artistas. Agora, elogia Lula – Revista Fórum

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Ele era o “bichão” no auge do golpismo bolsonarista. Às vésperas do 7 de Setembro de 2021, quando o Brasil vivia uma pressão brutal vinda de setores empresariais e endinheirados, que financiavam caravanas para lotar Brasília e São Paulo, na intenção de instar Jair Bolsonaro (PL) a se tornar um ditador, o veterano cantor ameaçou o Supremo Tribunal Federal (STF), disse que “dava prazo” para a dissolução da corte e clamava aos militares, segundo ele seus amigos próximos, a derrubar a democracia no país.
Toda a “valentia” chegou a render-lhe uns problemas com a Justiça. A Polícia Federal foi até sua casa cumprir um mandado de busca e apreensão expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, no âmbito do inquérito que investiga os atos antidemocráticos.
Agora, com Bolsonaro derrotado, fugido para os EUA e com o movimento de extrema direita cada vez mais ridicularizado, protagonizando cenas patéticas, o sertanejo Sérgio Reis resolveu dar um passo atrás (ou melhor, alguns), falando de “democracia” à Folha e até rasgando elogios ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A reportagem do jornalão paulista entrevistou o artista consagrado, não reproduziu exatamente sua fala sobre o atual mandatário brasileiro, mas relatou que ele disse ser Lula “seu amigo e fã”, a quem seria muito grato “pela liberação da verba de R$ 10 milhões para a construção de um pavilhão do Hospital do Amor de Barretos”, à época em que Reis era deputado federal.
Sobre o CD que nunca saiu, por conta de suas declarações golpistas que fizeram com que parceiros se retirassem do projeto, o sertanejo disse ter sido um momento horrível de sua carreira. “Eu fiquei triste pela beleza do disco que a gente ia fazer, as gravações foram magníficas”, contou.
Diferente do golpe pregado explicitamente e agora num cenário totalmente desfavorável, Reis ainda disse que não mudará com ninguém por conta de divergências políticas e que é preciso aceitar a “democracia”, porque ela “é assim”.
“Eu não vou mudar o meu pensamento, a democracia é assim, e a gente tem que aceitar. Eu não vou deixar de ser amigo e não guardo rancor de forma alguma (de artistas que abandonaram seu projeto devido a seu golpismo), graças a Deus”, finalizou.

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