Ana Moser toma posse e diz que prioridade será esporte para todos, não alto rendimento – UOL

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Medalhista olímpica nos Jogos de Atlanta-1996, Ana Moser tomou posse nesta quarta-feira (4) como ministra do Esporte e prometeu implementar uma política de esporte para todos.
O evento contou com presença dos ex-ministros do Esporte Orlando Silva e Leandro Cruz, novos ministros de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como Anielle Franco (Igualdade Racial) e representantes da área. Nenhum dos três secretários da pasta do último governo compareceu.
“[Vamos] fazer uma revolução e inverter a lógica que sempre colocou como prioridade o alto rendimento, o topo da pirâmide de uma estrutura que deveria ser garantidora do esporte para todos, como previsto na Constituição”, afirmou.
“Já ouvimos esse discurso milhares de vezes, mas desta vez a janela de oportunidade é única, porque há entendimento com o presidente Lula. Diria mesmo que é um milagre que aconteceu nessa área, para quem defende o esporte como direito de todos. Não seria eu nessa cadeira se não fosse essa a intenção”, disse.
Ela também anunciou os nomes que vão ocupar postos na pasta: Marta Sobral, ex-jogadora de basquete, para a secretaria de alto rendimento; Jorge Luis Ferrarezi, ex-vereador de São Bernardo, para a secretaria de futebol e torcida; e Diogo Silva, ex-lutador de taekwondo, que ainda não teve seu papel detalhado pela ministra.
A ministra admite que o orçamento da pasta é insuficiente para promover todas as mudanças que ela pretende implementar —cerca de R$ 2 bilhões, valor já bem mais alto que os menos de R$ 200 milhões propostos inicialmente pelo governo de Jair Bolsonaro (PL). A saída será buscar parcerias com outras instâncias.
“Não vamos fazer atendimento em esporte com o orçamento do ministério. O orçamento do ministério é para fazer política, para desenhar política, sensibilizar outras pastas e incrementar os atendimentos de educação, de saúde, no esporte, áreas que têm orçamento muito maior”, afirmou.
“A gente tem que buscar onde está o orçamento da criança, o orçamento do idoso, do adulto. Porque esse indivíduo tem por direito acesso a várias políticas, dentre elas o esporte. O desafio é fazer esse desenho estratégico para que também tenha acesso ao esporte. E o dinheiro a gente vai atrás”, completou.
Um dos seus objetivos é diminuir a taxa de sedentarismo no país. Segundo ela, apenas 30% da população era ativa antes da pandemia, e o número piorou desde então.
Moser ainda fez dois acenos durante seu discurso. Disse que há um diálogo com o Ministério dos Povos Indígenas para “tratar do esporte indígena e do esporte nas comunidades indígenas”. E citou as torcidas organizadas, com quem pretende fazer parcerias para ampliar o acesso ao esporte.
“Nos últimos anos, as torcidas mostraram mobilização social, e avaliamos como positiva a humanização dessas relações”, disse.
Finalmente, ela evitou criticar jogadores que não compareceram ao velório de Pelé, realizado em Santos entre segunda (2) e terça-feira (3), mas disse que isso é fruto da pouca consciência política e mobilização social entre atletas —algo que sua pasta deve tentar mudar.
“Não posso fazer julgamento de valor, mas sabemos que o esporte é um meio pouco politizado, pouco participativo na vida da sociedade […]. Essa [maior] participação política é um anseio, um objetivo nosso, porque significa a ampliação de cultura do esporte”, afirmou.
“Deveria se dar o nome do Rei Pelé para muitas escolas, porque assim os alunos dessas escolas vão aprender a historia do Pelé, que é a historia do esporte brasileiro”, completou.
Moser é a primeira mulher ministra do Esporte do Brasil e o primeiro nome a chefiar a pasta em um governo petista que não é ligado diretamente a um partido político. Desde o primeiro governo Lula, a pasta foi ocupada por integrantes do próprio PT e do PC do B e também já ficou nas mãos do PRB (hoje, Republicanos).
Nas quadras, Moser foi bronze nas Olimpíadas de Atlanta (1996) —a primeira medalha olímpica do vôlei feminino brasileiro. Aposentou-se três anos depois e passou a se dedicar a projetos sociais.
Fundou o Instituto Esporte e Educação e, mais recentemente, dirigiu a organização Atletas Pelo Brasil. À frente da entidade, a ex-jogadora de vôlei foi uma das articuladoras da sociedade civil em prol da Lei Geral do Esporte e do Plano Nacional do Desporto. Na equipe de transição do governo Lula, Moser integrou o grupo de trabalho do esporte.
A atuação com foco no aspecto educacional, de saúde e social da prática esportiva contrasta com a marca dos primeiros governos petistas, os megaeventos, como a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, que depois acabaram criticados por seu legado inócuo.
Segundo ela, foi um pedido de Lula que sua gestão foque no esporte para todos. “Esse esporte presente na vida das pessoas, o esporte de cada um em diferentes fases da vida. É esse esporte que ele quer”, afirmou à Folha no dia de seu anúncio oficial para a pasta.
Foi esse perfil —que mistura a experiência como atleta de alto rendimento com a gestão social—, dizem pessoas do setor, que a cacifou para o cargo. Ela é vista com bons olhos por ONGs, por atletas e também por confederações.

Apesar de anos de trabalho na gestão esportiva e no debate sobre políticas públicas, Moser pouco atuou dentro do Estado.
Foi nomeada diretora do Centro Olímpico do Parque do Ibirapuera, dentro da estrutura da Secretaria de Esportes de São Paulo, e integrou o Conselho Nacional do Esporte, do Ministério do Esporte, ambos cargos não tão centrais dentro das respectivas pastas.
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