Análise técnica da F1 2022 (Parte 3): Como o leve C42 ajudou na 'volta por cima' da Alfa Romeo – UOL

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Após duas temporadas difíceis na Fórmula 1, a Alfa Romeo começou 2022 mostrando uma boa forma, que foi desaparecendo aos poucos enquanto os rivais ganhavam terreno. O diferencial da equipe suíça foi um bom carro de começo, auxiliado pelo sistema de handicap aerodinâmico.
O C42 era um dos menores carros do grid, sendo também o primeiro a cumprir o peso mínimo determinado pelo regulamento. Esses fatores, junto com outras escolhas inteligentes no design, deixaram a equipe em boa forma para se recuperar no Mundial.
Alfa Romeo C42
Photo by: Erik Junius
Uma bela fotografia do C42 na garagem enquanto a equipe preparava o carro para a primeira corrida da temporada.
Volante da Alfa Romeo C42
Photo by: Mark Sutton / Motorsport Images
A parte de trás do volante de Valtteri Bottas destaca o uso de apenas um botão de marcha para a esquerda, que tem o apoio do dedo projetado para ajudá-lo.
Detalhe da Alfa Romeo C42
Photo by: Giorgio Piola
Uma olhada por trás da cortina mostra como que o C42 ‘empacota’ a unidade de potência, com os radiadores instalados nos sidepods, dando algumas pistas sobre os detalhes da suspensão traseira.
Valtteri Bottas, Alfa Romeo C42
Photo by: Mark Sutton / Motorsport Images
Uma asa traseira de menos downforce foi introduzida na Arábia Saudita, para igualar a natureza de alta velocidade do circuito. Mudanças gerais incluem um novo layout dos dutos de freio traseiros e revisões na carenagem da suspensão traseira.
Zhou Guanyu, Alfa Romeo C42
Photo by: Steven Tee / Motorsport Images
Um novo sidepod chegou no GP da Emilia Romagna, com uma ênfase na traseira dessa carenagem. A seção que havia sofrido um corte inferior e com uma rápida modificação na seção em forma de garrafa acabou sendo descartada, incluindo uma seção em forma de rampa que se fundia com o assoalho abaixo.
Detalhe do assoalho da Alfa Romeo C42
Photo by: Giorgio Piola
Seguindo em cima das mudanças já descritas, a Alfa Romeo fez outras otimizações ao pacote do sidepod no GP da Espanha.
Detalhe da traseira da Alfa Romeo Racing C42
Photo by: Uncredited
Uma olhada na asa traseira de alto downforce usada na Espanha, junto com uma boa visão da montagem do duto de freio traseiro sem o tambor. Note como o disco foi ajustado e a tubulação usada para entregar ar resfriado e para extrair o calor gerado pela pinça.
Detalhe do tambor de freio da Alfa Romeo Racing C42
Photo by: Uncredited
Similarmente, na frente do carro, podemos ver como que a equipe optou por mexer no disco de freio, ajudando a isolar a passagem do fluxo de ar e do calor sendo gerado, com um tambor muito maior para 2022.
Detalhe do bico e da asa dianteira da Alfa Romeo Racing C42
Photo by: Uncredited
Uma visão de cima da asa dianteira do C42 que foi modificada na seção externa. Notem também o uso do suporte de separador de fendas, que são angulados de forma a influenciar marginalmente a direção do fluxo de ar.
Zhou Guanyu, Alfa Romeo C42
Photo by: Mark Sutton / Motorsport Images
Uma visão da asa traseira com o DRS acionado mostra a fenda central que evita que a asa se feche demais.
Valtteri Bottas, Alfa Romeo C42
Photo by: Simon Galloway / Motorsport Images
Uma asa traseira de baixo downforce foi usada em Baku, com as aletas superiores da asa dianteira sendo reduzidas para balancear o downforce da dianteira para a traseira.
Volante da Alfa Romeo C42
Photo by: Mark Sutton / Motorsport Images
O volante do C42 com os vários botões, alavancas e mais usados para controlar as funções da unidade de potência e do chassi.
Zhou Guanyu, Alfa Romeo C42
Photo by: Glenn Dunbar / Motorsport Images
A tinta flo-viz no C42 vista aqui com a equipe buscando entender as estruturas do fluxo de ar ao redor da suspensão dianteira, chassi e sidepods. Note também como a equipe trouxe uma entrada para o resfriamento do piloto no bico em Silverstone.
Detalhe da dianteira da Alfa Romeo Racing C42
Photo by: Uncredited
A Alfa Romeo abordou a entrada do duto de freio dianteiro de forma bem única, com um formato esguio, mas alto, emoldurado na parte superior e inferior com arame de metal para evitar que borracha do pneu e outros detritos se acumulassem nessas seções.
Sensores na Alfa Romeo C42
Photo by: Giorgio Piola
A equipe colocou uma série de câmeras e sensores no C42 na Hungria, buscando coletar dados sobre o novo assoalho introduzido. Notem o uso de hastes que divergem o fluxo na seção de upwash em forma de pergaminho na asa.
Detalhe técnico da Alfa Romeo C42
Photo by: Giorgio Piola
Uma bela imagem da seção ‘babador’ em metal e o mecanismo de mola Bellville usado para manter o babador na altura ideal em uma série de variações de altura.
Asa traseira da Alfa Romeo C42 no GP da Bélgica
Photo by: Giorgio Piola
Para ajudar a reduzir o arrasto e manter o downforce necessário, a Alfa Romeo optou por cortar uma seção triangular na placa final e na junção da aleta flap para o GP da Bélgica.
Asa traseira da Alfa Romeo C42
Photo by: Giorgio Piola
Mantendo esse corte usado na Bélgica, a equipe deu um passo além na redução do arrasto para o GP da Itália, reduzindo a borda da aleta superior.
Bico da asa dianteira da Alfa Romeo C42
Photo by: Giorgio Piola
A equipe trouxe uma versão totalmente diferente da asa dianteira para o GP do Japão, alterando o raio da porção estática e da móvel da asa.
Comparação das asas dianteiras da Alfa Romeo C42
Essa comparação lado a lado ilustra quanto da aleta se tornou ajustável no novo design à esquerda, dando aos pilotos um acesso a uma janela de ajustes mais versáteis, que ainda cumpriam as necessidades aerodinâmicas da equipe. Outras mudanças feitas incluem a seção mais externa dos flaps e sua junção com a placa final (inserção, destaque em amarelo), enquanto o corte da borda também foi removido (seta azul).
Detalhe da Alfa Romeo C42
Photo by: Giorgio Piola
Uma mudança no perfil da borda do assoalho foi feita para o GP dos Estados Unidos, com o assoalho fixado na lateral do chassi, onde criou formalmente um canal para alimentar o fluxo de ar acima da seção em forma de babador, o que reduziu a área de entrada do túnel.
Valtteri Bottas, Alfa Romeo C42
Photo by: Sam Bloxham / Motorsport Images
A cerca externa do assoalho foi modificada no México, com uma borda chanfrada aplicada à seção de rampa que, não somente trouxe um impacto no fluxo de ar externo como também no lado inferior do assoalho.
Comparação da asa traseira da Alfa Romeo C42
Photo by: Giorgio Piola
A Alfa Romeo teve suas soluções principais de corte da placa final em 2022, uma considerada mais tradicional (inserção) e outra com um corte mais profundo na base, ambas sendo usadas para gerenciar o vórtice de ponta, dependendo da carga gerada pela asa.
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