Ao UOL, Carlos Bolsonaro admite que orientou pai sobre movimentos no debate – UOL Confere
Fabíola Cidral é apresentadora do UOL News. Trabalhou na rádio CBN por mais de 20 anos, onde apresentou o CBN São Paulo por uma década discutindo os problemas da maior metrópole do país. Formada em jornalismo pela UniSantos, fez mestrado em economia na FIA, estágio na BBC em Londres e está concluindo pós-graduação em Urbanismo Social pelo Insper em parceria com o Arq.Futuro. Ao longo da carreira, ganhou alguns prêmios, entre eles CNT, AMB, Alexandre Adler e APCA como melhor programa de rádio com Caminhos Alternativos. Nascida em Santos, Fabíola escolheu São Paulo para viver em 2000 e, desde então, sonha e luta por uma cidade melhor a cada dia. Durante o seu programa na rádio CBN promoveu encontros, vivências, discussões para transformar São Paulo numa cidade melhor. Entre os eventos que realizou e que reuniram milhares de pessoas estão o Festival Mais São Paulo e as festas de aniversário da cidade em lugares icônicos, como Sala São Paulo, Theatro Municipal, Avenida Paulista e Parque do Ibirapuera.
Do UOL, em São Paulo*
16/10/2022 23h13Atualizada em 17/10/2022 00h45
O vereador licenciado Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) admitiu, em entrevista exclusiva UOL, que orientou o seu pai, o candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL), a como se movimentar durante o debate. A declaração do político, que se licenciou do cargo para auxiliar na campanha do pai, foi à apresentadora do UOL Fabíola Cidral e ocorreu após o debate organizado em parceria com a TV Bandeirantes, TV Cultura e Folha de São Paulo.
Ao ser questionado por Fabíola Cidral sobre o desempenho do pai no debate e o que achou do novo formato dos embates, Carlos declarou que conhecer o pai “um pouquinho”, permite que ele consiga auxiliar o candidato à reeleição nessas situações.
Não, ele é diferente [o formato do debate], é novo. Tudo que é novo, exige adaptação. E eu, por conhecer um pouquinho ele [Bolsonaro], eu sei de como ele se movimenta, como ele se comporta. Então, essa proximidade com ele faz com que a gente consiga transmitir um com o outro, com pequenos gestos, a correção de algumas posturas. Então, isso é muito importante nesse momento. Vereador licenciado Carlos Bolsonaro em entrevista exclusiva ao UOL
Para o colunista do UOL José Roberto de Toledo, o presidente e candidato à reeleição foi melhor no terceiro bloco ao mudar sua postura corporal, entendida inicialmente como desfavorável em comparação ao petista no início dos confrontos. Durante o UOL Eleições 2022, o jornalista ainda destacou que Bolsonaro teve atitude dominante ao colocar a mão no ombro de Lula.
Algumas vezes durante o debate, Bolsonaro se aproximava do ex-presidente e chegou a tocar no ombro de Lula algumas vezes — o petista se esquivava do adversário.
Para o filho do presidente, o debate conseguiu mostrar quem é o seu pai e quem é o petista. Carlos aproveitou para acusar Lula de não ter propostas para o país e disparou que o debate mostrou o “rancor” que resta ao ex-presidente “no final de sua vida política”.
“Foi apresentado quem é Luiz Inácio Lula da Silva e quem é o presidente Jair Bolsonaro. Jair Bolsonaro defende a liberdade, inclusive dos senhores, o outro lado não apresenta isso. Até hoje não apresentou plano de governo e não disse o porquê não apresentou. As ideias são macabras, são sombrias, e assustam a qualquer brasileiro de bem nesse país”, começou o filho do presidente.
Então é algo extremamente preocupante que possa ocorrer com a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva. Seu ódio é destilado o tempo inteiro, nas oportunidades que ele tem de se comunicar com o povo. E hoje ficou claro aqui que não há proposta nenhuma dele, em sentido propositivo, para o país, somente o rancor que lhe resta no final de sua vida política. Vereador licenciado Carlos Bolsonaro em entrevista exclusiva ao UOL
Durante o primeiro bloco, Carlos foi visto tentando dar orientações ao pai no confronto com Lula. Conforme observado por Fabíola Cidral, o segundo filho do presidente até se levantou uma hora para falar com Fábio Faria, ministro das Comunicações. O pedido de Carlos era para que o pai falasse olhando para câmera — ação que o petista fazia naquele momento.
Além dos dois, também fazem parte da comitiva de Bolsonaro o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, o senador eleito pelo Paraná Sergio Moro (União Brasil), o empresário Filipe Sabará, o advogado da família Bolsonaro Frederick Wassef e o coordenador de comunicação da campanha Fabio Wajngarten.
*Colaborou Beatriz Gomes, do UOL, em São Paulo
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