Após críticas, YouTube pretende mudar sua nova política contra palavrões – Tecnoblog
Plataforma atualizou suas diretrizes de conteúdo adequado para publicidade, mas alterações desagradaram à comunidade gamer
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Ao que parece, o YouTube está atento ao que os seus criadores têm a dizer. Semanas após alterar suas diretrizes de conteúdo para que vídeos possam ser monetizados e estabelecer uma nova política contra palavrões, a plataforma está agora repensando as mudanças implementadas.
Recebida com muitas críticas, especialmente pela comunidade gamer, a política vinha impactando na monetização e alcance de vídeos de maneira drástica. O que levou muitos criadores a se posicionarem nas redes sociais e buscarem uma reavaliação da plataforma.
O barulho parece ter dado resultado, já que no último sábado (14), o YouTube finalmente se pronunciou sobre o assunto. Ao TechCrunch, o porta-voz da plataforma, Michael Aciman, disse:
“Nas últimas semanas, ouvimos muitos criadores sobre essa atualização. Esse feedback é importante para nós e estamos fazendo alguns ajustes nesta política para atender às suas preocupações. Entraremos em contato em breve com nossa comunidade de criadores assim que tivermos mais para compartilhar.”
Lançada em novembro de 2022, a nova política do YouTube diminui bastante a tolerância do serviço em relação ao uso de “palavras impróprias”.
Em uma clara tentativa de oferecer conteúdos mais amigáveis para empresas anunciantes, a plataforma passou a tratar igualmente qualquer tipo de palavrão, sem diferenciá-los pelo seu nível de gravidade.
Além disso, a rede começou a desmonetizar vídeos que tivessem palavras como essas utilizadas em seu título, nas miniaturas de destaque ou nos primeiros 7 segundos da gravação. Uma mudança que repercutiu, especialmente, por impactar até mesmo nos vídeos antigos da plataforma, que chegaram a ter seu alcance limitado, além de sofrerem com a desmonetização.
Embora termos como “inferno” e “droga” tenham sido retirados da lista, não sendo mais considerados palavrões pelo YouTube, a plataforma também diminuiu sua tolerância para jogos, passando a considerar como “violência” determinados conteúdos mostrados em games.
Neste caso, jogos com atos fabricados para criar experiências chocantes (como assassinatos brutais em massa) ou que possuíssem cadáveres não gráficos, apresentados sem qualquer contexto, também passaram a ser considerados conteúdos violentos.
Nas últimas semanas, muitos criadores vieram a público explicar como a política adotada pela plataforma deixava margem para dúvidas em muitos de seus pontos.
O youtuber RTGame, em especial, foi uma figura de destaque em toda essa polêmica. Além de fazer uma série de tweets que viralizaram, o streamer gravou um vídeo em que mostrava alguns de seus conteúdos punidos e questionava o nível de regulamentação imposto pela plataforma.
Embora o YouTube ainda não tenha sido muito específico sobre como irá repensar essas diretrizes, vale lembrar que a plataforma não é voltada para menores de 13 anos e que seus vídeos contam com uma IA para restringir o conteúdo por idade.
Com informações: TechCrunch e Mashable
Paula Alves
Repórter
Paula Alves é jornalista especialista em streamings e cultura pop. Formada pela Unesp (Universidade Estadual Paulista), antes do Tecnoblog, trabalhou por sete anos com jornalismo impresso na Editora Alto Astral. No digital, escreveu sobre games e comportamento para a Todateen e sobre cinema e TV para o Critical Hits. Apaixonada por moda, já foi assistente de produção do SPFW.
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