Após reclusão, Bolsonaro participa de evento militar no Rio de Janeiro – Metrópoles
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26/11/2022 11:20, atualizado 26/11/2022 12:39
O presidente Jair Bolsonaro (PL) participou, na manhã deste sábado (26/11), da formatura da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), no Rio de Janeiro. É a primeira viagem do chefe do Executivo federal desde a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições deste ano.
Além de Bolsonaro, o vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos), os ministros da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira; da Secretaria-Geral, Luiz Eduardo Ramos; e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, acompanham o mandatário na solenidade militar.
Durante determinado momento do evento, familiares dos formandos entoaram gritos de “mito” a Bolsonaro, que apenas ficou observando os simpatizantes.
A cerimônia não contou com falas do presidente, que apenas entregou uma espada e uma medalha a um formando. A expectativa é que Bolsonaro retorne para Brasília ainda neste sábado.
Veja como foi a cerimônia:
Jair Messias Bolsonaro, nascido em 1955, é um capitão reformado do Exército e político brasileiro. Natural de Glicério, em São Paulo, foi eleito 38º presidente do Brasil para o mandato de 2018 a 2022Reprodução/Instagram
Descendente de italianos e alemães, Bolsonaro recebeu o primeiro nome em homenagem ao jogador Jair Rosa Pinto, do Palmeiras, e o segundo, Messias, atribuído por Olinda Bonturi, mãe do presidente, a Deus, após uma gravidez complicada. Na infância, era chamado de Palmito pelos amigosHugo Barreto/Metrópoles
Ingressou no Exército aos 17 anos, na Escola Preparatória de Cadetes. Em 1973, foi aprovado para integrar a Academia Militar de Agulhas Negras (Aman), formando-se quatro anos depoisRafaela Felicciano/Metrópoles
Dentro do Exército, Bolsonaro também integrou a Brigada de Infantaria Paraquedista, serviu como aspirante a oficial no 21º e no 9º Grupo de Artilharia de Campanha (GAC), cursou a Escola de Educação Física do Exército, serviu no 8º Grupo de Artilharia de Campanha Paraquedista e, em 1987, cursou a Escola de Aperfeiçoamento de OficiaisGetty Images
Em 1986, Jair foi preso por 15 dias, enquanto servia como capitão, por ter escrito um artigo para a revista Veja criticando o salário pago aos cadetes da Aman. Contudo, dois anos após o feito, foi absolvido das acusações pelo Superior Tribunal Militar (STM)Rafaela Felicciano/Metrópoles
Em 1987, novamente respondeu perante o STM por passar informação falsa à Veja. Na ocasião, o até então ministro do Exército recebeu da revista um material enviado pelo atual presidente sobre uma operação denominada Beco Sem Saída, que teria como objetivo explodir bombas em áreas do Exército como protesto ao salário que os militares recebiamRafaela Felicciano/Metrópoles
A primeira investigação realizada pelo Conselho de Justificação Militar (CJM) concluiu que Bolsonaro e outros capitães mentiram e determinou que eles deveriam ser punidos. O caso foi levado ao Superior Tribunal Militar, que, por outra vez, absolveu os envolvidos. De acordo com uma reportagem da Folha à época, foi constatado pela Polícia Federal que, de fato, a caligrafia da carta enviada à Veja pertencia a JairJP Rodrigues/Metrópoles
Em 1988, Bolsonaro foi para a reserva do Exército, ainda com o cargo de capitão, e, no mesmo ano, iniciou a carreira política. Em 1988, foi eleito vereador da cidade do Rio de Janeiro e, em 1991, eleito deputado federal. Permaneceu como parlamentar até 2018, quando foi eleito presidente da RepúblicaDaniel Ferreira/Metrópoles
Durante a carreira, Bolsonaro se filiou a 10 legendas: Partido Democrata Cristão (PDC), Partido Progressista Reformador (PPR), Partido Progressista Brasileiro (PPB), Partido da Frente Liberal (PFL), Partido Progressistas (PP), Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Democratas (DEM), Partido Social Cristão (PSC), Partido Social Liberal (PSL) e, atualmente, Partido Liberal (PL)Rafaela Felicciano/Metrópoles
É casado com Michelle Bolsonaro, 40 anos, e pai de Laura Bolsonaro, 11, Renan Bolsonaro, 24, Eduardo Bolsonaro, 38, Carlos Bolsonaro, 39, e Flávio Bolsonaro, 41, sendo os três últimos também políticosInstagram/Reprodução
Em 2018, enquanto fazia campanha eleitoral, Jair foi vítima de uma facada na barriga. Até hoje o atual presidente precisa se submeter a cirurgias por causa do incidenteIgo Estrela/Metrópoles
Eleito com 57.797.847 votos no segundo turno, Bolsonaro coleciona polêmicas em seu governo. Além do entra e sai de ministros, a gestão de Jair é acusada de ter corrupção, favorecimentos, rachadinhas, interferências na polícia, ataques à imprensa e a outros poderes, discurso de ódio, disseminação de notícias faltas, entre outrosAlan Santos/PR
Programas sociais, como o Vale-gás, Alimenta Brasil, Auxílio Brasil e o auxílio emergencial durante a pandemia da Covid-19, foram lançados para tentar ajudar a elevar a popularidade do atual presidenteRafaela Felicciano/Metrópoles
De olho na reeleição em 2022, Bolsonaro se filiou ao Partido Liberal (PL). O vice de sua chapa nas eleições deste ano é o general Walter Braga NettoIgo Estrela/Metrópoles
Bolsonaro voltou a despachar no Palácio do Planalto, sede de trabalho da Presidência da República, na manhã de quarta-feira (23/11). Foi a primeira vez, em 20 dias, que o atual mandatário do país deixou o Palácio da Alvorada, residência oficial do chefe do Executivo federal.
A última ocasião em que Bolsonaro havia comparecido ao Palácio do Planalto foi no dia 3 de outubro, quando cumprimentou o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB). O compromisso não foi divulgado oficialmente.
Segundo os registros oficiais da Presidência, 31 de outubro, um dia após ser derrotado nas urnas, foi a última data em que o atual mandatário despachou no local.
A ida ao Planalto deu fim a uma reclusão de quase quatro semanas de Bolsonaro, desde que Lula foi eleito para ser o 39º presidente da República. Com a vitória do petista, Bolsonaro se tornou o primeiro presidente a tentar a reeleição nas urnas e fracassar.
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