Arábia Saudita defende sua política para o petróleo – UOL Confere

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17/10/2022 07h41
A Arábia Saudita voltou a defender a decisão “puramente econômica” dos países exportadores de petróleo de reduzir a produção, mostrando-se “espantada” com as acusações de cumplicidade política com a Rússia lançadas principalmente pelos Estados Unidos.
Em 5 de outubro, a Opep+ – os 13 integrantes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), liderados pela Arábia Saudita, e seus dez sócios, encabeçados pela Rússia – aprovaram uma redução em sua produção de “dois milhões” de barris diários a partir de novembro, a fim de manter os preços do petróleo bruto, que estavam em declínio.

Um aumento de preços também ajuda a encher os cofres da Rússia, que depende de suas vendas de hidrocarbonetos para financiar sua guerra na Ucrânia, país que invadiu em fevereiro. 
Os Estados Unidos alertaram que haveria “consequências” para a decisão da Opep+ e repreenderam Riade por dar “apoio econômico”, mas também “moral e militar” à Rússia.
O presidente americano Joe Biden vem tentando há meses reduzir o preço do combustível para os americanos e, ao mesmo tempo, reduzir a capacidade da Rússia de exportar petróleo, para que tenha menos receita para financiar sua guerra contra a Ucrânia.
“Estamos chocados com as acusações de que o reino está do lado da Rússia em sua guerra contra a Ucrânia”, tuitou o ministro da Defesa saudita, Khalid bin Salman, na noite de domingo.
Segundo ele, a decisão da Opep “foi tomada por unanimidade” e por “razões puramente econômicas”. 
“O Irã também é membro da Opep, isso significa que o reino também está do lado do Irã?”, ironizou. Teerã e Riade são os dois grandes rivais no Oriente Médio. 
O rei Salman também defendeu a “estratégia energética” de seu país e seu “papel central” dentro do cartel, em um comunicado divulgado na noite de domingo pela mídia oficial. 
O monarca enfatizou que se trata de “apoiar a estabilidade e o equilíbrio dos mercados mundiais”.
Riade já havia rejeitado as acusações dos Estados Unidos na semana passada. 
Entrevistado no domingo pela CNN, o conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, anunciou que o presidente Biden “não tinha intenção” de se encontrar com o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, o líder de fato da Arábia Saudita.
Segundo ele, Biden quer “reavaliar” as relações com Riade “porque eles ficaram do lado da Rússia contra os interesses do povo americano”. 
Parceiros dos Estados Unidos e aliados próximos da Arábia Saudita no Golfo, Bahrein e Emirados Árabes Unidos também defenderam a decisão da Opep+. 
bur-mah/aem/tp/hgs/es/mr
© Agence France-Presse
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