Argentina precisa de uma vitória contra a Polônia hoje para ir às oitavas – Diário da Região

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Ainda pressionada, Argentina entra em campo precisando vencer a Polônia para confirmar vaga nas oitavas de final
Robert Lewandowski e Lionel Messi se enfrentam no duelo desta quarta (Divulgação)

Quando Lionel Messi foi eleito o melhor do mundo pela sétima vez, em 2019, Robert Lewandowski postou uma figurinha no Twitter. Era uma cara pensativa de quem questionava a justiça da escolha. Nesta terça-feira, 29, em Doha, o técnico da seleção argentina, Lionel Scaloni, foi questionado se considera que Lewandowski está no nível de Messi.
“Esta é uma pergunta traiçoeira. Vamos desfrutar do futebol dos dois. São dois jogadores excepcionais”, resumiu.
Quem concorda com ele terá a chance de fazer isso nesta quarta-feira, 30. Argentina e Polônia se enfrentam às 16h, no estádio 974, em Doha, pela última rodada do Grupo C. E é bem possível que o resultado elimine uma das duas seleções.
Com quatro pontos, os poloneses lideram. Os argentinos têm três. Na outra partida da chave, a Arábia Saudita (três pontos) enfrenta o México (um).
Há a possibilidade de ambos se classificarem, mas isso dependeria do resultado do confronto entre Arábia Saudita e México e o saldo de gols, primeiro critério de desempate.
Se é para ficar na premiação de melhor do planeta, estarão em campo os donos de três dos últimos quatro troféus. Depois da vitória de Messi em 2019, Lewandowski ganhou em 2020 e 2021. Mas a Copa do Mundo é o sonho dourado dos dois. Ambos devem se despedir do torneio neste ano.
Aos 35 anos, Lionel já avisou que não estará presente em 2026. Seu rival, com 34, ainda não anunciou sua decisão. Ambos tentam ter uma redenção no maior palco do futebol do planeta.
“É um jogo entre Polônia e Argentina, não entre Lewandowski e Messi. Isso não é tênis, onde eles vão jogar um contra o outro e todos vão esperar para ver quem saca um ace ou faz um lobby bonito. Robert precisa dos seus companheiros e Messi também”, disse o técnico polonês Czeslaw Michniewicz.
Os objetivos dos dois astros são diferentes. Se levar a Polônia às oitavas de final, Lewandowski poderá cantar vitória. Seria carregar sua equipe a um patamar que ela não atinge há 36 anos. Messi, não. A glória seria chegar ao título. Isso explica, em parte, sua vibração ao fazer o gol na última partida. Ele chegou a dizer que estavam “mortos” com o empate parcial.
Arábia Saudita e México
Na outra partida do grupo, Arábia Saudita e México se enfrentam no estádio Lusail, em Doha. Os sauditas surpreenderam na estreia, vencendo a Argentina por 2 a 1, mas tropeçaram na segunda rodada contra a Polônia, perdendo por 2 a 0. Ocupam hoje o terceiro lugar do Grupo C, com três pontos, mesma pontuação da Argentina, que vence o desempate pelo saldo de gols.
A seleção saudita precisa da vitória para ir ao mata- -mata sem preocupações – em caso de empate, terá que torcer para que a Polônia supere a seleção argentina.
O México, por sua vez, ocupa a lanterna, com um ponto, e faz as contas para avançar à próxima fase. Os mexicanos precisam vencer pela primeira vez na Copa do Catar e de preferência com boa margem de gols para melhorar o saldo e superar os rivais.
O técnico Tata Martino afirmou nesta terça-feira, 29, que confia na classificação, e que conta com um resultado positivo no outro confronto do grupo. “É uma partida decisiva, pois define as equipes classificadas. Sabemos que se vencermos nosso jogo, podemos aproveitar o resultado do confronto entre Argentina e Polônia para classificar.”

Atacante Griezmann em treino da seleção francesa

O atacante Kylian Mbappé participou do treino da seleção francesa com o tornozelo esquerdo enfaixado nesta terça-feira, 29. Artilheiro da Copa com três gols, o jogador do PSG sofre com dores no local desde antes do início do Mundial.
Após a vitória por 2 a 1 sobre a Dinamarca, no último sábado, 19, Mbappé teria voltado a sofrer com o problema, que costuma variar na intensidade. Ainda assim, o atleta está confirmado para o próximo desafio da França, contra a Tunísia, em último jogo pela fase de grupos, nesta quarta-feira, 30.
Por já estar com a equipe classificada nas oitavas de final, o técnico Didier Deschamps pretende escalar uma equipe mista para o duelo. É provável que o atacante seja um dos titulares a estarem em campo. A partida acontece às 16h.
Com seis pontos, basta um empate para os franceses garantirem o primeiro lugar da chave. Em caso de derrota, a França perde a primeira colocação apenas se a Austrália, que tem três pontos, golear a Dinamarca.
Outro duelo
A Austrália enfrenta a Dinamarca nesta quarta-feira, 30, às 12h, no Al Janoub, em Al Wakrah, em busca da vaga restante para ir pela segunda vez à fase de mata-mata do Mundial – os australianos só passaram da fase de grupos uma vez, em 2006.
A seleção australiana chega à partida com vantagem: soma três pontos, ocupa o segundo lugar e precisa de uma vitória simples para avançar. A Austrália também se classifica em caso de empate, contanto que a Tunísia, na lanterna com um ponto, perca ou empate com a França.
A seleção australiana estreou com derrota para a França no Catar, mas se recuperou com vitória sobre a Tunísia na segunda rodada. Entre os australianos, a expectativa é a de superar os feitos de 2006, quando somaram uma vitória e um empate, e avançar para as oitavas com duas vitórias.
A Dinamarca, por sua vez, mira apenas a vitória. A equipe ocupa o terceiro lugar, com pontuação mínima, e se classifica se vencer e se os tunisianos não vencerem a seleção francesa. Caso a equipe tunisiana saia triunfante e empate com os dinamarqueses em quatro pontos, a decisão também será pelos critérios de desempate. Os dinamarqueses estão fora se perderem ou empatarem.
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