As reivindicações que Lula ouvirá em reunião com governadores – JOTA

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Reunião
Cada um deve apresentar três pedidos e, consideradas as diferenças regionais, quatro temas devem aparecer. Veja quais são
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fará amanhã (27/1) a segunda reunião com governadores do atual mandato. Diferentemente do primeiro encontro, ajustado de forma emergencial com o propósito de mostrar união dos Poderes e dos estados em prol da democracia após o vandalismo de 8/1, agora os chefes dos executivos locais chegam com o pires na mão e cheios de demandas.
Cada um deve apresentar três pedidos ao presidente da República e, consideradas as diferenças regionais, quatro temas devem aparecer de forma frequente: regime de recuperação fiscal, repasses de recursos para saúde, reposição das perdas de arrecadação com o ICMS sobre combustíveis e avanço em propostas de infraestrutura, com destaque para rodovias.
Ideologias são deixadas em segundo plano, inclusive. As presenças de governadores alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro, como Tarcísio de Freitas (São Paulo), Jorginho Mello (Santa Catarina), e Romeu Zema (Minas Gerais), estão confirmadas. Assim como a de Cláudio Castro, do Rio de Janeiro, que já esteve com Lula no início do mês para pedir a renegociação de condições do Plano de Recuperação Fiscal.
Santa Catarina tem demandas para o abatimento na dívida que tem com a União do valor pago pelo estado para obras de rodovias federais. Em 2021, foram empregados R$ 465 milhões dos cofres locais para a duplicação de BRs, que estava em ritmo lento. O novo governador afirma ter pegado um déficit de R$ 2,85 bilhões e que precisará implementar medidas de ajuste fiscal. O vizinho Rio Grande do Sul também apostará nas demandas sobre estradas e deve ter Eduardo Leite como porta-voz da cobrança sobre alternativas para a questão do ICMS.
De Minas Gerais vêm pedidos para a repactuação do acordo de Mariana, relicitação das BRs 262 e 040, além da assinatura de contrato da licitação do metrô de Belo Horizonte, que foi leiloado em dezembro do ano passado. O estado também deve confirmar o pedido de adesão ao regime de recuperação fiscal, que ainda não foi aprovado pela Assembleia Legislativa.
Do Nordeste vêm pautas em conjunto do consórcio da região, com propostas de investimentos, alertas sobre a fome e demandas sobre energia envolvendo fontes renováveis e linhas de transmissão para energia elétrica. A transposição do São Francisco também deve entrar em pauta, assim como demandas sobre internet para a região.
Mas os estados também vão apresentar demandas próprias. A Bahia quer recursos para que a ponte entre Salvador e a Ilha de Itaparica saia do papel e pedirá atenção do Ministério dos Transportes para a Fiol, a Ferrovia de Integração Oeste-Leste. E dá-lhe mais duplicação de estradas, pedido que também será feito pelo Ceará. O estado quer foco também na duplicação do eixão das águas, um conjunto de obras hídricas na região de Fortaleza, e verba para a recuperação da rede pública de saúde.
Em agenda em Brasília, alguns governadores vão aproveitar ainda para bater em gabinetes de ministros. É o caso de Tarcísio de Freitas, que deve se encontrar com o titular da pasta de Portos e Aeroportos, Márcio França. O governador paulista tenta viabilizar a privatização do Porto de Santos.
São tantas demandas que os chefes dos executivos locais chegaram antes à capital federal e aproveitaram a viagem para afinar o discurso e fazer o primeiro encontro presencial do Fórum dos Governadores nesta quinta-feira (26/1), na véspera da reunião com o presidente Lula. O encontro desta sexta com Lula deve ter ainda a participação dos ministros da Casa Civil, Rui Costa; da Fazenda, Fernando Haddad; da Saúde, Nísia Trindade; da Educação, Camilo Santana; e das Cidades, Jader Filho.
Na reunião, o presidente da República também pretende iniciar articulações sobre a reforma tributária, como o JOTA antecipou na newsletter Risco Político de quarta-feira.
Isabel Mega – Repórter do Poder Executivo
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