As senhoras da política – UOL

0
127

Acesse seus artigos salvos em
Minha Folha, sua área personalizada
Acesse os artigos do assunto seguido na
Minha Folha, sua área personalizada

Assinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da Folha
Assinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da Folha
Assinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da Folha
Recurso exclusivo para assinantes
assine ou faça login
Gostaria de receber as principais notícias
do Brasil e do mundo?
Professora de sociologia da USP e pesquisadora do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento
Recurso exclusivo para assinantes
assine ou faça login
Assinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da Folha
Assinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da Folha
Assinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da Folha
Recurso exclusivo para assinantes
assine ou faça login
Uma coisa é certa: ganhe quem ganhar, a Presidência será ocupada por um homem. A terceira via feminina ficou mesmo em terceiro no páreo presidencial.
Simone Tebet desempenhou bem, no domínio dos temas e de si, enfrentando adversários sem desrespeitá-los. A performance deu gosto à parte civilizada do PIB, mas não adentrou suas cozinhas e garagens. Mesmo sem muito voto na bolsa, a senadora, que a CPI da Covid projetou, virou um oásis no deserto centrista. Centro democrático, frise-se, pois nem todo o centro faz juras de amor à democracia —veja-se Rodrigo Garcia.
Tebet também discrepou do apoio acanhado e desgostoso do quarto colocado ao ex-presidente. Escolheu data certeira para seu anúncio, o aniversário da constituição. Fez discurso de estadista, no qual reivindica a igualdade salarial entre os gêneros. Sua firmeza beneficiou Lula, mas também a catapultou a figura nacional —além de cacifá-la para um ministério.
No circuito de governadorias também teve mulheres bombando. Deu Fátima Bezerra no Rio Grande do Norte, e haverá uma governadora em Pernambuco, seja Raquel Lyra ou Marília Arraes. Mas é só. Os demais estados serão governados por senhores, que também reafirmaram seu controle sobre o parlamento.
Embora crescendo de 77 para 91 cadeiras, a representação feminina seguirá indigente: 17,7% da Câmara. Isso apesar da cota partidária para candidatas. Alagoas, Amazonas, Paraíba e Tocantins só elegeram homens.
As poucas chegando em Brasília não chegam unidas. As urnas chancelaram tipos bem distintos de parlamentares femininas. Uma é a das senhoras tradicionalistas, vistosas e orgulhosas nesses anos Bolsonaro, que lançaram uma campanha “Mulheres com Bolsonaro”. São as que aceitam e até celebram a liderança masculina.
Elegeu-se Damares Alves, que comeu o pão que o diabo amassou para garantir candidatura, mas atingiu a benção da cadeira senatorial. Carla Zambelli, a que se casou na igreja e na maçonaria, fez o segundo contingente de votos nas urnas paulistas. Ficou na frente até do 03, que repetiu seu apelido doméstico na colocação entre os mais votados.
À estirpe pertencem a reeleita Bia Kicis, a mais votada no Distrito Federal, como a senhora Moro, apesar de suas impropriedades residencial (estrangeira no estado) e moral (o vídeo do pastel).
O PL, partido do presidente, elegeu 17 ladies desse naipe. Mas o PT tampouco pode se gabar de supremacia: cravou exato mesmo número. Contada a coalizão com o PCdoB melhora, mas não muito, e chega a 21 deputadas.
O contingente à esquerda é clivado. Embora todas se digam preocupadas com tudo, há uma diferenciação geracional. Há as que privilegiam a agenda redistributiva, como Luiza Erundina e Benedita da Silva. Já as deputadas mais jovens, sobretudo as do PSOL, sublinham a agenda identitária.

Este campo, de outro lado, produziu um marco histórico. É por seu ineditismo. Erika Hilton, do PSOL paulistano, e Duda Salabert, do PDT mineiro, serão as primeiras mulheres trans na Câmara dos Deputados.
Ambas são muito articuladas, preparadas para o cargo e não se limitarão a questões de gênero. Mas, independentemente de seu foco e desempenho, farão enorme diferença no parlamento. Seu simples comparecimento ao trabalho será toda uma política da presença. O que indica que a malfadada ideologia de gênero não sairá de pauta, pois as reações preconceituosas, inclusive de mulheres, são líquidas, certas e, não custa lembrar, inconstitucionais.
LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.
Assinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da Folha
Assinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da Folha
Assinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da Folha
Recurso exclusivo para assinantes
assine ou faça login
Leia tudo sobre o tema e siga:
Você já conhece as vantagens de ser assinante da Folha? Além de ter acesso a reportagens e colunas, você conta com newsletters exclusivas (conheça aqui). Também pode baixar nosso aplicativo gratuito na Apple Store ou na Google Play para receber alertas das principais notícias do dia. A sua assinatura nos ajuda a fazer um jornalismo independente e de qualidade. Obrigado!
Mais de 180 reportagens e análises publicadas a cada dia. Um time com mais de 200 colunistas e blogueiros. Um jornalismo profissional que fiscaliza o poder público, veicula notícias proveitosas e inspiradoras, faz contraponto à intolerância das redes sociais e traça uma linha clara entre verdade e mentira. Quanto custa ajudar a produzir esse conteúdo?
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.
Carregando…
Carregando…
Brilho eterno: Tiffany cresce e planeja dobrar vendas no Brasil
Entenda o que é deep fake e saiba como se proteger
Seminário aponta caminhos para acelerar a transição energética
Cursos de direito devem romper com passado e ampliar aprendizado
Rastreamento pode reduzir mortes por câncer de pulmão
Clara facilita vida das empresas na gestão de gastos corporativos
Abertura do mercado de energia vai modernizar setor no Brasil
A nova era no cuidado do câncer de pulmão
Chegada do 5G traz revolução para o dia a dia dos negócios
Tecnologia com inclusão e diversidade gera inovação
Podcast debate nova geração de testes genéticos na psiquiatria
Coleção especial celebra os 60 anos da Vivara
Avanço de pesquisas e mais investimentos em genômica revolucionam a medicina
Mastercard apoia inclusão digital de empreendedores das favelas
PARCERIA NA TRANSFORMAÇÃO DIGITAL, DE PONTA A PONTA
Ciência comprova eficácia e aponta novos caminhos para Cannabis medicinal
Na Móbile, projeto de vida começa cedo
Alunos trilham ensino médio de olho no superior
Prevenção ao suicídio exige engajamento de toda a sociedade
Inteligência artificial e automação moldam o futuro das empresas
Soluções de cibersegurança reforçam confiança do consumidor nas empresas
Tecnologia permite que pessoas recebam pela comercialização de seus dados
Tecnologia da Mastercard possibilita transferências com uso de cartão de débito
Consumidor já pode pagar suas contas com o rosto
Recurso exclusivo para assinantes
assine ou faça login
Láurea vem acompanhada de críticas a ditador Aleksandr Lukachenko e a medidas autoritárias de Vladimir Putin
Recurso exclusivo para assinantes
assine ou faça login
Proporcionalmente, votações dos presidenciáveis no estado e no país foram quase idênticas
Recurso exclusivo para assinantes
assine ou faça login
Candidatos acumularão mais de 22 minutos por dia durante três semanas

O jornal Folha de S.Paulo é publicado pela Empresa Folha da Manhã S.A.
Copyright Folha de S.Paulo. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.
Cadastro realizado com sucesso!
Por favor, tente mais tarde!

source

Leave a reply