Até equipe de F1 que não existe mais tem fã clube no GP de São Paulo – Band Jornalismo

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O público que anda uniformizado pelo Autódromo de Interlagos durante o Grande Prêmio de São Paulo dá preferência às principais equipes do atual grid da Fórmula 1 – Red Bull, Mercedes e Ferrari. Mas até mesmo camisetas e bonés de escuderias que nem existem mais podem ser vistas pelas arquibancadas.
Valter Castelo, que completava 62 anos neste sábado (12), vestia um figurino duplamente nostálgico: uma camiseta da temporada 1990 da Leyton House, então equipe de Mauricio Gugelmin, com um boné da Jordan de 1993, primeiro ano de Rubens Barrichello pelo time irlandês.
“Eu tenho (a camiseta) desde 1990. A gente viveu vários momentos, época de comprar camiseta fora”, explicou Valter, que coleciona peças de “todos os pilotos brasileiros” para prestigiar a Fórmula 1 em Interlagos.
E mesmo com tanta oferta de camisas atuais no local, o colecionador não abre mão das peças antigas. “O prazer é essa camisa velha”, brinca. “De 1990 até aqui, se pegar uma por ano, são 32 (camisas na coleção). Fora o que é comprado na internet.”
O pensamento é semelhante ao de João Pedro Brito, 22 anos, que foi ao GP de São Paulo no fim de semana com uma camisa da equipe Jaguar. O modelo é da temporada 2003, mas foi comprado em 2022 pelo jovem torcedor de Palmas (TO).
“A Jaguar é uma equipe com um peso, com um nome. Para mim, é um dos designs mais emblemáticos, do verde com as rodas douradas”, argumentou o torcedor, que foi à prova acompanhado do amigo Gabriel Andrade Leon.
Na coleção, segundo ele, há peças de equipes do atual grid da Fórmula 1 – casos de Red Bull, Ferrari, Alpine e Haas. Mas escuderias extintas, como Jordan, Minardi e Lotus, também têm espaço do armário.
“Basicamente vivo só de Fórmula 1, então minhas roupas são quase todas de Fórmula 1”, contou João Pedro.
No caso de Victor Penteado, a escolha por uma camiseta da Force India foi um pouco mais inusitada: o torcedor de 25 anos contou que preferiu apoiar um time secundário.
“Eu acompanho a Fórmula 1 há muito tempo. A Force India era uma equipe de orçamento baixo, mas conseguiu fazer frente a Ferrari, a McLaren. É legal quando uma equipe assim consegue resultado”, argumentou. No auge, o time indiano conquistou o quarto lugar do Mundial de construtores em 2016 e 2017.
A camiseta, explicou, foi comprada na internet “há cinco ou seis anos”, e tem a companhia de uma bandeira do time. Embora as lojas oficiais da F1 em Interlagos ainda hoje tenham bonés da escuderia de Vijay Mallya, Victor deve deixar a compra para outra ocasião.
“Eu estou dando uma olhada, mas é sempre muito caro”, lamentou.
Mas provavelmente o maior destaque nas arquibancadas entre as equipes extintas é a Lotus. A escuderia britânica contou com Emerson Fittipaldi, Ayrton Senna e Nelson Piquet entre seus pilotos, o que explica a forte presença entre os fãs ainda hoje.
Laleska Marques Nascimento, 27 anos, usava um modelo comprado pelo namorado, Rafael José da Silva, 28 anos. A peça faz referência à Lotus 99T pilotada por Senna na temporada 1987, majoritariamente amarela.
“Eu comprei umas camisas para mim. Pesquisei a vitória do Senna em Mônaco em 1987, e procurei. Tinha essa camisa da época que ele venceu”, explicou Rafael, que vestia uma camiseta da Red Bull para torcer por Sergio Pérez.
“Eu só peguei emprestada”, sorriu Laleska, dona também de uma camiseta para torcer por Lewis Hamilton, da Mercedes.
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