Atos violentos em Brasília não mudam esquema de segurança da posse de Lula – UOL Confere

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Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.
Escreve sobre o Poder Judiciário, com ênfase no Supremo Tribunal Federal, desde 2001. Participou da cobertura do mensalão, da Lava-Jato e dos principais julgamentos dos últimos anos. Foi repórter e analista do jornal O Globo (2001-2021) e analista de política da CNN (2022). Teve duas passagens pela revista Época: como repórter (2000-2001) e colunista (2019-2021).
Colunista do UOL
13/12/2022 14h20
Os atos violentos ocorridos ontem (12) em Brasília não mudam o esquema de segurança previsto para a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), agendada para 1º de janeiro.
De acordo com fontes envolvidas na organização do evento, foi planejada a maior segurança possível, seja na estrutura montada, seja no reforço de pessoal. A equipe, portanto, estaria preparada para estancar situações como as de ontem, se ocorrerem no dia da posse.

A avaliação da equipe, no entanto, pode mudar até o fim do mês, a depender das investigações sobre os atos. Manifestantes tentaram invadir um prédio da Polícia Federal em Brasília, além de terem ateado fogo em um ônibus em uma via movimentada da capital. Até agora, não foi divulgada nenhuma prisão.
Horas antes, o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), havia mandado prender o indígena José Acácio Serere Xavante por envolvimento em atos antidemocráticos. Também ontem, houve a cerimônia de diplomação de Lula e Geraldo Alckmin no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Para o dia da posse, será usado na Esplanada dos Ministérios o mesmo esquema de segurança do Sete de Setembro e do segundo turno das eleições. A equipe de segurança do Congresso Nacional, do STF e da Polícia Militar do Distrito Federal decidiu reforçar a segurança do evento depois da vitória de Lula nas urnas, quando grupos extremistas apoiadores do presidente Jair Bolsonaro subiram o tom.
A principal ameaça tem sido o grupo acampado em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília. Os manifestantes afirmam que as eleições foram fraudadas e pedem anulação do resultado. Segundo o Secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Júlio Danilo, parte dos autores do ataques de vandalismo de ontem fazem parte do acampamento. Ele afirmou que a permanência do grupo no local será reavaliada.
A barreira de contenção instalada na Praça dos Três Poderes pouco antes do dia 30 de outubro deve ser mantida até o dia da posse, para proteger os prédios do STF, do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto.
Também deve ser mantida a barreira instalada nos arredores do TSE ontem, para a diplomação. Não será permitida a circulação de caminhões na Esplanada. Barreiras anti-drone serão instaladas no local.
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Carolina Brígido
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