Atriz e cineasta Vitória Vasconcellos retorna ao Brasil com produções inéditas – Correio do Estado

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Pernambucana conquistou quatro prêmios no CINE PE Festival Audiovisual, e irá produzir peça sobre a vida de Clarice Lispector Abordando temas como solidão e superação
10/01/2023 16h30
Flavia Viana
“Solum”, maior vencedor na categoria curta metragem do CINE PE Festival Audiovisual – Divulgação
A atriz e cineasta Vitória Vasconcellos retornou ao Brasil com “Solum”, filme que escreveu, dirigiu e protagonizou durante a pandemia, nos Estados Unidos.
A produção foi um dos destaques do CINE PE – Festival Audiovisual, se tornando o maior vencedor da categoria, com quatro prêmios, entre eles “melhor roteiro”, “melhor edição”, “melhor fotografia”, e o mais emocionante, o de “melhor curta pernambucano no juro popular”.
“Ser escolhida pelo público é algo muito especial, porque mostra que nosso trabalho teve um significado e fez a diferença na vida das pessoas. A pandemia foi um período de solidão autoimposta, que me fez pensar em como dependemos da conexão humana para sermos nós mesmos. 
Que talvez a essência da existência em si, é a coletividade. Eu queria traduzir esse período de frustação fazendo um filme subjetivo, que dialogasse com as consequências desse isolamento na alma de uma pessoa introvertida que não domina a linguagem da sociedade. Alguém que quer fazer parte, mas não consegue sair da margem, ser “normal””, explica.
A trama acompanha uma garota solitária com tendências peculiares que descobre um corpo numa floresta, criando uma fantasia que pode preencher sua vida vazia, mas também levar à sua própria ruína. De gênero fantástico, a produção usa referências do cinema fantasioso de Guilhermo Del Touro.
“Eu considero que nosso filme é uma espécie de homenagem a ele, que me mostrou um jeito de entender a crueldade do mundo por meio da magia do cinema. Buscamos utilizar de um simbolismo e uma audácia visual, semelhante ao que vemos em obras como “O Labirinto do Fauno” e “A Forma da Água”, acrescenta.
Assim como suas obras, a vida da pernambucana é digna de um roteiro. Saiu do país ainda cedo, com o sonho de fazer cinema e decidiu pela University of Southern California (USC), reconhecida como a melhor do mundo na área, formando nomes como George Lucas e John Carpenter.
Entretanto, um acontecimento inesperado quase colocou tudo a perder: em 2018, quando gravava um de seus primeiros projetos, foi atropelada por um carro no set de filmagens.
“Foi um momento de incerteza no qual tive que reaprender a andar. O curta que fiz nesse período foi o renascimento do meu amor pelo cinema, pela vida, e a confirmação de que é por meio da arte que eu posso contribuir para o mundo. “Pathei Mathos” fala da experiência de estresse pós traumático, e foi exibido em mais de 30 festivais ao redor do mundo, sendo selecionado para o mercado do Festival de Cannes. O filme está disponível gratuitamente na FilmShortage, plataforma exclusiva para curta-metragens”, conta.
Em 2021, foi uma das cineastas emergentes selecionadas para o laboratório de desenvolvimento do Festival Internacional de Cinema de Toronto (TIFF), um dos mais importantes do mundo.
Durante o processo, realizou seu terceiro filme, “Bleed, don’t die” (“Sangra, não morre”), e foi agraciada com o prêmio TIFF Canadá Goose Share Her Journey.
“É um curta distópico focado em duas irmãs que tentam consertar seu relacionamento conflituoso no dia em que um apocalipse vai destruir o mundo. Terminamos de gravar recentemente, e estamos planejando os próximos passos, inscrevendo-o em festivais. A expectativa é estrear nos próximos meses”, detalha.
Fora das câmeras, Vitória escreveu, dirigiu e protagonizou o monólogo teatral “Clarice e o significado de tudo”, que retrata os três dias de coma da escritora Clarice Lispector, após um incêndio em sua casa.
O espetáculo foi realizado em Los Angeles (EUA), e adquirido pela Portela Produções do Brasil. Atualmente, a atriz trabalha em uma adaptação para os teatros nacionais, que será produzida em parceria com Adriano Portela.
“A peça foi feita como um projeto de conclusão de curso no Conservatório Stella Adler. A proposta era escolher um artista que tem influenciado minha jornada e a resposta foi imediata: Clarice. Passei a infância lendo os seus contos e sempre senti uma conexão muito forte com sua busca pela essência das coisas. De certa forma, é pela lente da sua obra que aprendi a ver o mundo. A nova versão deverá ter uma hora de duração, e estrear em recife em 2023”.
DIÁLOGO
Por Ester Figueiredo ([email protected])
10/01/2023 05h30

“Nem toda lágrima é dor, nem toda graça é sorriso, nem toda curva da vida tem uma placa de aviso, e nem sempre o que você perde é de fato um prejuízo”
Nos bastidores, o que se ouve dizer é sobre alguns “barnabés” comissionados que moveram os pauzinhos para retornar aos cargos e conseguiram. Porém, foram devidamente orientados a prestar serviços em outros órgãos, diferentes de onde estavam acostumados a “reinar” nos últimos anos.
Sabe-se que algumas figurinhas não gostaram muito da ideia, mas foram avisadas que “é isso ou nada”. Dizem que em determinados setores está havendo uma competição de, digamos assim, caras fechadas.
Projeto de lei que tramita no Senado tem como alvo os chamados devedores contumazes (aqueles que reiteradamente deixam de cumprir suas dívidas tributárias) e estabelece normais gerais para sua identificação e controle, com o objetivo de prevenir desequilíbrios da concorrência.
A proposta regula o artigo 146-A da Constituição Federal, que prevê lei complementar para definir critérios especiais de tributação. Estão na mira os agentes econômicos que realizam transações com combustíveis e biocombustíveis, bebidas alcoólicas, cigarros com tabaco e outros tipos de produtos e serviços.

O projeto Amadores 2ª Edição está com inscrições abertas até o dia 20 de janeiro. De autoria do diretor Nill Amaral, da Cia Ofit, busca artistas amadores (que receberão cachê) para uma experiência teatral que compreende etapas como pré-produção, estudo de técnicas de teatro e montagem de um espetáculo inédito.
A seleção será para três vagas. A realização tem investimentos do Programa de Fomento ao Teatro (Fomteatro) e do Fundo Municipal de Investimentos Culturais (Fmic), da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Campo Grande. O formulário de inscrição pode ser acessado no Instagram @ofitcia

Gislaine Balbinot. Foto: Arquivo Pessoal

Klebber Toledo e Camila Queiroz. Foto: Iude Richele e Fe Candy
Alguns dos interessados em ocupar as cadeiras mais poderosas da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul “encurtaram” as férias para não perderem o fio da meada no que se relaciona às articulações para atingir a meta desejada.
Estão levando ao pé da letra o dito popular “quem foi ao vento, perdeu o assento”. O momento não é de descanso, mas de suar a camisa para convencer os colegas da Casa e conquistar os preciosos votos. Sombra e água fresca nem pensar
Desde já, certos derrotados nas urnas começaram a se utilizar das redes sociais para se “reapresentarem” ao eleitorado, que, aliás, foi quem mandou as figuras para casa nas últimas eleições.
O objetivo é um só: mostrar que perderam uma batalha, mas não a guerra. Os ditos-cujos, mais um pouco, vão saudar o nascer do sol, a brisa, o sorriso e outras cositas más na tentativa de sensibilizar os distintos eleitores. Vai que…
Ataques de piranhas registrados no Balneário Municipal Miguel Jorge Tabox, em Três Lagoas, levaram a prefeitura a fechar o local por tempo indeterminado. Os casos ocorreram na área de banho, segundo a administração, que não informou sobre registros de possíveis vítimas. As invasões ocorreram mesmo com redes de contenção. Equipes estão fazendo levantamentos e estudos para encontrar uma solução.
 
 
SAÚDE
Casos recentes não provocados por doenças oculares alertam para o transtorno que atinge diariamente 3 em cada 10 brasileiros e servem de alerta para graves problemas da visão
09/01/2023 10h00
Três em cada 10 brasileiros sofrem diariamente com os transtornos da aversão à luz, que aumenta durante o verão e pode ser um sinal de doenças como o glaucoma ftalmoday.com.br
Mesmo sem relação direta com problemas da visão, dois episódios recentes – um deles, inclusive, com vítima fatal – chamaram atenção para os riscos da fotofobia.
A sensibilidade à luz, natural ou artificial, ainda que não seja classificada como uma doença ocular, provoca a manifestação de sintomas que, além de incomodarem bastante, podem sinalizar para o risco de catarata, glaucoma e conjuntivite.
Os dois casos foram registrados no Rio de Janeiro entre a última semana de 2022 e a primeira de 2023, e a fotofobia aparece como sintoma em ambos.
A morte de uma adolescente de 14 anos, confirmada pela Fiocruz no fim de dezembro, teve o diagnóstico de meningoencefalite, uma infecção, deflagrada pelo fungo penicillium chrysogenum, que causa inflamação no cérebro e meningite.
A jovem havia sido internada, em um hospital da capital fluminense, com fotofobia, dores de cabeça e vômito. Foi, justamente, a grave infecção cerebral e a meningite que a levou a óbito.
O outro episódio envolveu em torno de 200 pessoas que utilizaram a pomada de cabelo para tranças Cassu Braids, cuja venda e uso foram proibidas pela vigilância sanitária do Rio de Janeiro por oferecer o risco de lesões na córnea.
O produto costuma escorrer para os olhos, especialmente em contato com a água, e dezenas de pessoas procuram atendimento médico, entre 26 de dezembro e 2 de janeiro, relatando queimaduras na córnea e até cegueira temporária. A fotofobia é um dos sintomas da lesão na córnea.
Três em cada 10 brasileiros convivem diariamente com a aversão à luz e o transtorno piora durante o verão, já que os dias mais claros são um prato cheio para a fotofobia.
E, você, já sentiu incômodo ao olhar para a luz? Saiba que para algumas pessoas essa sensação é insuportável, podendo ser também classificada, uma vez mais, como uma condição associada a diferentes doenças oculares.
“Fotofobia é identificada pelo médico, após a avaliação clínica, quando o paciente tem a visão afetada ao ficar exposto à claridade excessiva, seja a luz solar, seja artificial”, explica a oftalmologista e professora Ana Cláudia Alves Pereira, que leciona no curso de medicina de uma universidade privada da Capital.
Nem sempre a fotofobia, ao contrário do que muitos acreditam, está relacionada à cor dos olhos, mas, sim, à falta de pigmentos na retina.
“Em se tratando de fotofobia, é muito importante nós estabelecermos possíveis causas, uma vez que pode ocorrer, desde uma forma transitória, ou seja, após inflamações oculares, olho seco; em decorrência de alterações neurológicas, como enxaquecas, cefaléias, ou ainda na forma congênita”, diz a especialista.
A prevenção é feita com a boa lubrificação dos olhos utilizando colírios lubrificantes, quando o oftalmologista identifica a fotofobia associada ao olho seco.
“O uso de óculos escuros é uma das indicações primárias para evitar o desconforto diante do excesso de luz. Há também a recomendação de lentes mais modernas, com antirreflexo, que bloqueiam a luz azul das telas, em geral, computadores, tablets, celulares, tevês e luz artificial”, prescreve Dra. Ana Cláudia.
Pessoas com olhos claros têm maior sensibilidade à claridade, por conta da menor pigmentação da íris e da retina. Os olhos escuros possuem mais pigmento, o que oferece maior proteção.
A médica esclarece que não existe um grupo específico para desenvolver a fotofobia, já que a condição depende de diversos fatores. No caso do olho seco, geralmente atinge mulheres de meia idade, ou seja, no início da menopausa.
Quando o agente desencadeador é a catarata, os alvos são os idosos; e, nas crianças, a causa é geralmente o uso excessivo de telas.
Portadores de astigmatismo também são mais afetados pela fotofobia, já que a disfunção oftalmológica é caracterizada pela alteração na córnea, provocando uma maior sensibilidade desta lente.
Entre os sintomas, vale ficar atento à vermelhidão nos olhos; dores de cabeça, ardor e inchaço ocular, e a necessidade de fechar os olhos quando exposto à claridade.
O tratamento individualizado consiste em procedimentos de prevenção, que são indicados pelo oftalmologista, após a avaliação clínica e o conhecimento do histórico de cada paciente.
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