Bahia precisa decidir se quer produzir tecnologia ou apenas consumir – Jornal Correio

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O futuro está sendo construído hoje e é preciso que a Bahia decida se quer ser apenas um consumidor de tecnologia, ou se quer participar do processo de desenvolvimento delas. Foi para participar do processo que a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb) a implantar o Senai Cimatec em Salvador há 20 anos. E para continuar antenado às tendências e desafios que estão por vir que o centro tecnológico, um dos mais importantes do país na atualidade, realiza nesta quarta-feira (dia 9) o Cimatec Talks +20, no auditório da instituição, na Avenida Orlando Gomes, a partir das 11 horas.
“A indústria brasileira é muito diversificada, está situada entre as mais tecnológicas do mundo”, destacou Flavio Marinho, gerente de Empreendedorismo do Senai Cimatec, durante entrevista para o jornalista Donaldson Gomes, no programa Política & Economia, veiculado nesta terça-feira às 14 horas, no Instagram do CORREIO (@correio24horas). Segundo Marinho, o Cimatec nasceu com a proposta de ajudar o Senai, criado na década de 40, a atender os desafios dos novos tempos.

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O espaço, que é hoje é referência nacional, foi a primeira unidade do Senai a atuar no ensino superior, lembra. “Eu ainda não estava aqui, mas sei que o Cimatec já nasceu com a proposta de oferecer mestrado, doutorado, de prestar serviços tecnológicos de todo o tipo e oferecer tudo o que as empresas precisam no dia a dia e que são crucias para a competitividade delas”, aponta. Segundo Marinho, o centro tecnológico tem aproveitado as pessoas que passam por lá para o desenvolvimento de uma série de tecnologias. 
Segundo Marinho, os caminhos do centro tecnológico no futuro estão voltados para um processo cada vez maior de internacionalização. “A gente está sempre pensando em como é que podemos contribuir mais com o mundo e o que se percebe é que tecnologia e inovação é um campo global. Hoje uma empresa cria uma nova tecnologia ou um dispositivo e instantaneamente quase isso já está acessível em qualquer lugar do mundo”, destaca. “Se nós somos consumidores de tecnologia global, por que é que não podemos ser ofertantes globais também? A gente precisa sonhar e trabalhar com as grandes empresas ao redor do mundo, contribuindo com esta evolução”, explica. 
“O que nós estamos buscando cada vez mais é nos tornarmos este player relevante e global. Já temos muitos parceiros no mundo, temos atendido empresas de outros países, colaborado com instituições e universidades de outras regiões”, explica. “Vamos celebrar estes 20 anos, lembrar dos acertos, aprender com os erros e sonhar cada vez mais além”, acredita.
O Senai Cimatec é um dos mais avançados centros de tecnologia e inovação do Brasil, especializado em desenvolver pesquisas e soluções para a indústria. Atualmente, conta com um time de mais de 900 pessoas, que atuam em centros tecnológico, universitário e de educação profissional. Possui 44 áreas de competência, entre elas, Robótica e Automação, Energia e Sustentabilidade, Saúde, Alimentos, Software e Supercomputação. 
Fundado em 2002, desenvolve projetos de impacto nacional e internacional, como o primeiro robô submarino autônomo do mundo para inspeções de óleo e gás em águas profundas e a primeira vacina brasileira contra a Covid-19 com tecnologia replicon de RNA. 
Flavio Marinho destaca a relevância do centro tecnológico para a economia baiana. “Uma das críticas que nós mais ouvimos nos últimos 20 anos é que uma estrutura como a nossa não deveria estar na Bahia, deveria estar em São Paulo, na região Sudeste ou até na região Sul, por terem densidades econômicas maiores”, conta. “Acontece que a gente sempre fez foi o contrário disso, ‘por que não estar na Bahia?’. Além de poder oferecer mão de obra qualificada, ter acesso a profissionais extremamente criativos, que é uma característica da nossa população, o impacto local ajuda a reduzir as desigualdades”, acredita. 
Ele lembra que as pessoas que atuam no Cimatec desenvolvendo tecnologias também atuam em atendimentos, processos de formação profissional para a população que vive na Bahia. “Essa transbordamento de conhecimento contribui as empresas locais a terem acesso a soluções e estratégias e isso ajuda a desenvolver a região. É uma fronteira de trabalho a que nós temos nos dedicado muito intensivamente”, explica. 
Assim como acontece no cenário nacional, a indústria baiana se caracteriza por ser bastante heterogênea, destaca Marinho. “Nós temos empresas que ainda atuam de maneira mais rudimentar, porém temos também aquelas que já utilizam e participam do desenvolvimento daquilo que existe de mais moderno no mundo. Somos um país heterogêneo”, acredita. Para ele, o desafio de trazer o equilíbrio passa pela compreensão de que é necessário ajudar quem está mais atrasado, no lugar de atrapalhar quem está mais desenvolvido. “Nós precisamos puxar para cima quem está embaixo e não impedir a subida de quem está mais adiantado”.

Programação do Cimatec Talks +20
11h-11h40
O Metaverso em 2040
Ciça Sampaio – Reality Labs, Meta
11h50 – 12h20
Construção do Futuro: Como a IA vai mudar a Engenharia e a Arquitetura
Felipe Tavares – Professor do curso de Arquitetura da UFPB
14h05 – 14h35
O 5G além da Conectividade
Tiago Fontes – Diretor de Marketing Estratégico da Huawei
14h45 – 15h15
A Revolução da Manufatura Aditiva
Fernanda Grego – Engenheira de Aplicações da HP
15h30 – 16h30
Painel: O papel das Startups no futuro da Inovação
Álvaro Rodrigues – Gerente de Desenvolvimento de Negócios da Suzano Ventures
Carolina Morandini – Líder de Inovação Aberta e Ecossistema da Accenture Brasil
Ivan Cavilha – Fundador e CEO da YoFace
17h20 – 17h50
O Futuro do Alimento: O que vamos comer daqui a 20 anos
Luismar Porto – Presidente da JBS Biotech Innovarion Center
18h – 18h30
Como a Inteligência Artificial vai transformar o futuro
Marcel Saraiva – Gerente de Vendas Empresariais no Brasil da NVIDIA
19h20 – 19h50
Megatendências e a Indústria 5.0
Vijay Gosula – Sócio Sênior da McKinsey
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