Balaio do Kotscho – No jogaço de Palmeiras e Flamengo, o futebol … – UOL Confere
Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Ricardo Kotscho, 72, paulistano e são-paulino, é jornalista desde 1964, tem duas filhas e 19 livros publicados. Já trabalhou em praticamente todos os principais veículos de mídia impressa e eletrônica. Foi Secretário de Imprensa e Divulgação da Presidência da República (2003-2004). Entre outras premiações, foi um dos cinco jornalistas brasileiros contemplados com o Troféu Especial de Direitos Humanos da ONU, em 2008, ano em que começou a publicar o blog Balaio do Kotscho, onde escreve sobre a cena política, esportes, cultura e histórias do cotidiano
Colunista do UOL
28/01/2023 18h46
Os dois melhores times brasileiros do momento, Flamengo e Palmeiras, deram um show de bola no Mané Garrincha, em Brasília, na disputa da Supercopa de 2023. Para campeonato europeu nenhum botar defeito. Palmeiras foi um legítimo supercampeão num eletrizante 4 a 3 só decidido na reta final.
Fizeram tudo aquilo que a seleção de Tite não conseguiu mostrar no Catar: futebol ofensivo, em alta velocidade, gols fantásticos dos dois lados, passes magistrais, defesas milagrosas. A bola não parou no meio de campo, foi ataque contra ataque o tempo todo, numa sequência frenética de contra-ataques dos dois lados.
Com um detalhe: nenhum dos 22 jogadores em campo jogou na Copa do Mundo. Como pode, Tite?
Para quem acha que o Brasil nunca mais conseguirá vencer os europeus, o jogo de Brasília provou que ainda estamos entre os melhores do mundo, basta escalar os melhores na seleção.
Para o próximo Mundial, a CBF bem que poderia inverter o jogo: em lugar de um técnico brasileiro, que só quer jogador que atua na Europa, mesmo que os nativos daqui estejam em melhor forma, vale contratar um técnico estrangeiro capaz de formar uma seleção só com os melhores que atual no Brasil.
E esse técnico tem nome e sobrenome, um colecionador de títulos: Abel Ferreira, o português que fez do Palmeiras um time quase imbatível. Com o reforço de alguns jogadores do Flamengo e um ou outro de clubes brasileiros, ele já teria uma seleção nacional pronta, com conjunto e espírito de time vencedor.
Na contra-mão do que parece óbvio, o cartola desconhecido que dirige a CBF, considera que Abel Ferreira tem personalidade muito forte para ser o técnico da seleção. Pois essa é a sua maior virtude, não dar bola para dirigente, acreditar no seu taco e colocar em campo quem está em melhores condições a cada momento, sem guardar lugar cativo no time para ninguém.
Faz muito tempo que não se via um futebol tão bom em campos brasileiros, tão criativo e empolgante, depois de mais uma atuação melancólica da nossa seleção na Copa, eliminada nas quartas de final.
Abel Ferreira só precisa fazer um tratamento para conter seus nervos. Passou o jogo todo reclamando do juiz, aos berros, pedindo para ser expulso, e acabou conseguindo, no final, quando acertou um chutão no microfone que fica na beira do campo. Mas o jogo já estava ganho e a Supercopa de 2023 vai para a sua coleção.
O quarto gol do Palmeiras foi de cinema, com a bola correndo de pé em pé e o Flamengo só olhando, até chegar a Gabriel Menino, que era era reserva de Danilo, acertar um chute certeiro, indefensável.
Vida que segue.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL
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Ricardo Kotscho
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