Benedita da Silva não concorda com carta de Lula a evangélicos – Metrópoles

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Com Bruna Lima, Edoardo Ghirotto, Eduardo Barretto e Paulo Cappelli
15/10/2022 6:00, atualizado 15/10/2022 7:33
A coordenadora do núcleo evangélico do PT, deputada federal Benedita da Silva, não concorda com a carta aos evangélicos que a campanha e aliados de Lula vêm formulando. O material, que não é defendido publicamente pelo ex-presidente, vem dividindo opiniões dentro do partido.
À coluna Benedita disse defender que a campanha fale com os brasileiros no geral, como vem fazendo, e não apenas a um segmento da sociedade. A ex-governadora do Rio de Janeiro também pontuou que Lula não pode copiar o modo de Bolsonaro de fazer campanha.
“Por que vamos falar sobre a defesa da liberdade religiosa apenas para os evangélicos? Nós defendemos isso para todas as religiões. Falar apenas para os evangélicos é estratégia do Bolsonaro, que precisa desses votos e busca isso com acenos ideológicos porque não pode falar sobre a inexistência de corrupção em seu governo e sobre economia do país”, disse Benedita.
A senadora Eliziane Gama, do Cidadania do Maranhão, é uma das aliadas de Lula que defendem esse novo gesto aos evangélicos feito pelo petista. Gama, que participou da elaboração do rascunho da carta, acredita que somente assim Lula avançará nesse grupo de eleitores.
Benedita da Silva, contudo, considera que os acenos religiosos ao grupo já vêm sendo feitos em agendas específicas, como a que Lula teve com lideranças evangélicas de comunidades em São Gonçalo, no início de setembro, e a que ocorrerá neste sábado (15/10) em São Paulo.
Luiz Inácio Lula da Silva, nascido em 1945, é um ex-metalúrgico, ex-sindicalista e político brasileiro. Natural de Caetés, no Pernambuco, foi o 35º presidente do BrasilFábio Vieira/Metrópoles
De origem simples, Lula se mudou para São Paulo com a família quando ainda era criança. Na infância, trabalhou como vendedor de frutas e engraxateRafaela Felicciano/Metrópoles
Mais tarde, tornou-se auxiliar de escritório, foi aluno do curso de tornearia mecânica no Senai e, tempos depois, passou a trabalhar em uma siderúrgica que produzia parafusos, onde perdeu o dedo mínimo da mão esquerdaFábio Vieira/Metrópoles
Em 1966, Lula começou a trabalhar em uma empresa metalúrgica. Em 1968, filiou-se ao Sindicado de Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema e, em 1969, foi eleito para a diretoria do sindicato da categoriaFábio Vieira/Metrópoles
Durante a ditadura militar, liderou a greve dos metalúrgicos e foi preso, cassado e processado com base na lei vigente à época. Foi justamente nesse período que a ideia de fundar o Partido dos Trabalhadores surgiuRicardo Stuckert
Para formar a sigla, juntou representantes de movimento sindicais, sociais, católicos e intelectuais. Lula se tornou o primeiro presidente do PT. Durante a redemocratização, foi um dos principais nomes do Diretas Já, e no mesmo período, iniciou a carreira políticaReprodução/YouTube
Em 1986, foi eleito deputado federal por São Paulo e, em 1989, concorreu pela primeira vez para presidente. Perdeu para Fernando Collor. Lula disputou o Palácio do Planalto outras duas vezes até ser eleito, em 2002Ricardo Stuckert/Reprodução/Instagram
Cumprindo o primeiro mandato, foi reeleito em 2006, após disputa com Geraldo Alckmin, e permaneceu como presidente até 31 de dezembro de 2010Fábio Vieira/Metrópoles
Durante o período em que foi chefe de Estado, ficou conhecido pelos programas sociais Fome Zero e Bolsa Família, pelos planos de combate à pobreza e pelas reformas econômicas que aumentaram o PIB brasileiro. No exterior, Lula foi considerado um dos políticos mais populares do Brasil e um dos presidentes mais respeitados do mundoFábio Vieira/Metrópoles
Após passar a faixa presidencial para Dilma Rousseff, Lula começou a realizar palestras nacionais e internacionais. Em 2016, foi nomeado por Dilma para comandar a Casa Civil, mas foi impedido de exercer a função pelo STFFábio Vieira/Metrópoles
Em 2017, Lula foi condenado pelo então juiz Sergio Moro por lavagem de dinheiro e corrupção, resultado da Operação que ficou conhecida como Lava Jato. A sentença levou Lula à prisão até 2019, quando ele foi solto após o STF decidir que ele só deveria cumprir pena depois do trânsito em julgado da sentençaFábio Vieira/Metrópoles
Em 2021, o Supremo declarou que Sergio Moro foi parcial nos julgamentos e, consequentemente, todos os atos processuais foram anulados. Lula tornou-se elegível outra vez e, tempos depois, confirmou a intenção de se candidatar novamente ao PlanaltoReprodução
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