Bolsonaro cita Lula 38 vezes em sabatina da Record – UOL Confere

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Do UOL, em São Paulo
23/10/2022 22h47
O presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, citou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) 29 vezes no primeiro bloco de sua sabatina para a Record TV hoje à noite —ao todo, ele fez 38 menções ao oponente. A emissora passaria um debate entre Lula e Bolsonaro, mas o petista declinou o convite e a emissora , então, entrevistou o chefe do Executivo.
No primeiro bloco, Bolsonaro falou de seu oponente do segundo turno em quase todas as respostas durante o primeiro bloco de entrevista, chamando Lula nominalmente ou pelo termo “fujão”, pela ausência do petista no debate.

No segundo bloco, o presidente fez referência ao ex-presidente outras três vezes. Na terceira etapa da entrevista, Bolsonaro citou o adversário mais seis vezes. Ao todo, foram 38 menções a Lula por parte do chefe do Executivo.
Bolsonaro ficou sozinho no SBT na sexta-feira (21) pelo mesmo motivo de hoje: Lula negou ida a um debate na emissora e rede fez sabatina apenas com o presidente. Semelhante a esta noite, o candidato à reeleição aproveitou para atacar o PT, citando temas de corrupção e crítica aos governos passados.
A campanha do presidente encarou as duas sabatinas como uma chance para desgastar a imagem do petista, diminuir a vantagem nas urnas e “controlar a narrativa”, como publicou Carla Araújo, colunista do UOL.
A sabatina se iniciou com Bolsonaro sendo questionado sobre o que ele gostaria de perguntar a Lula se ambos estivessem em debate. “Acho que a mais importante é sobre aposentadoria. Nós temos uma massa grande de aposentados, pensionistas, servidores, aposentados rurais, entre outros. O Lula nunca foi afeito ao mercado, nunca teve preocupação em colocar bons ministros da economia”, afirmou antes de citar “uma corrupção sem tamanho no governo” do adversário.
Após o ataque armado do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) contra a Polícia Federal, era esperado que Bolsonaro falasse da prisão do então aliado. O presidente, entretanto, negou proximidade: “Não tem nada de amizade, tanto é verdade que agora em meados de setembro ele entrou com uma queixa-crime contra o Superior Tribunal Militar contra minha pessoa e do senhor ministro da defesa por prevaricação. Ou seja, quem me processa não pode alguém achar que é meu amigo”.
Conforme publicado pelo site The Intercept, em 16 de setembro Jefferson acionou a Justiça Militar contra o presidente e o ministro da Defesa, o general do Exército Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira. O ex-deputado acusou os dois de prevaricação por não terem insistido para que o Senado apreciasse o pedido de impeachment do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.
Bolsonaro chegou aos estúdios da Record preparado para apresentar sua versão da prisão de Jefferson. O candidato à reeleição convocou a imprensa para uma coletiva antes da sabatina e repudiou as ações do ex-deputado contra a polícia, além de dizer ser “injustificável” as falas machistas publicadas ontem pelo ex-deputado sobre a ministra Cármen Lúcia, do STF (Supremo Tribunal Federal).
Sobre as imagens publicadas na companhia de Jefferson, um integrante da equipe de Bolsonaro justificou que políticos com cargos públicos têm fotos com várias pessoas. A disseminação das fotos foi classificada com “old fake news”.
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