Bolsonaro criou uma distopia no Brasil – JC Online

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As chances de sucesso de uma ação absurda como a perpetrada dia 8 de janeiro são nulas. Mas o surpreendente é que ela tenha se dado depois de um perturbador silencio do ex-presidente,
No último dia 12, policiais federais foram à residência do ex-ministro da Justiça, o também policial federal, Anderson Torres (que não se encontrava no Brasil), onde recolheram uma minuta de decreto de Estado de Defesa. Confrontado, Torres o justificou como parte de uma pilha da papeis para descarte.

O que chamou a atenção foi a precisão da ação de busca e apreensão dos policiais que saíram da casa do colega de trabalho com apenas um malote com o documento. Foi um comportamento bem diferente das ações da PF nesse tipo de ação quando levam caixas de documentos e, não raro, os computadores dos suspeitos.

O texto do decreto faz parte de um conjunto de provas que o Supremo Tribunal Federal está reunindo contra pessoas que invadiram e destruíram móveis e instalações dos três prédios mais icônicos da República Federativa do Brasil as sedes do STF, do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto.

Sua descoberta teve forte impácto uma vez que sua simples existência mostra como, após quatro anos, o ex-presidente Jair Bolsonaro conseguiu reunir um grupo de pessoas com um nível de radicalização tão alto que acreditou que ocupando as sedes dos três poderes, enquanto outros tentaram destruir torres de transmissão elétrica, poderiam causar um caos tão alto que justificasse um intervenção militar substituindo o presidente eleito, Lula da Silva, pelo próprio Jair Bolsonaro derrotado em 30 de outubro.

As chances de sucesso de uma ação absurda como a perpetrada são nulas. Mas o surpreendente é que ela tenha se dado depois de um perturbador silêncio do ex-presidente. E a própria existência texto do decreto é a prova de que um grupo de pessoas com acesso ao governo, concebeu, escreveu e fez circular o texto cuja cópia acabou na residência do próprio ministro da Justiça.

Quem conhece Anderson Torres sabe que não teria capacidade intelectual de produzir a peça e que certamente a recebeu pronta. Muito menos acredita ele seria o mentor dessa articulação dado a sua condição de subserviência ao presidente. Mas ninguém tem dúvidas que ele recebeu e circulou com ele em vários ambientes do Governo após as eleições. Torres, naturalmente, nega tudo.

O que surpreende é o fato de que um texto com esse teor ter circulado enquanto Jair Bolsonaro manteve-se em silêncio até deixar o Brasil. E como, depois da derrota, o grupo de apoiadores se animou a se organizar para os atos de Brasília.
O grupo, como se sabe, não é inexpressivo e muito menos desarticulado. Mas o que chama a atenção é sua férrea crença da possibilidade de derrubar o governo eleito, que não reconhece a lisura das eleições e que está disposta a financiar ações como a de 8 de janeiro?

Isso também mostra como o comportamento de Jair Bolsonaro foi moldando um padrão de comportamento entre seus apoiadores e os levando ao nível de agressividade nas redes sociais e, a seguir, no convívio presencial e social que foi capaz de afastar pessoas, colegas de trabalhos e familiares num nível de esgarçamento social nunca vistos no Brasil.

O gesto de milhares de pessoas em Brasília suscita um debate sobre o que está acontecendo no país, certamente onde o debate político chegou ao nível mais alto entre as nações que viram crescer os apoiadores da extrema direita no mundo?

E como esse padrão se tornou um caso de sucesso de um discurso radical, liderado pelo próprio presidente, que suplantou todo debate sobre a gestão de Jair Bolsonaro e suas ações desastradas em várias áreas com destaque para meio ambiente, educação e saúde. E como ajudou a que o presidente obtivesse 49% dos votos.

O conjunto de fatos de janeiro de 2023 leva a ideia de que, após quatro anos, Bolsonaro levou parte de seus apoiadores no país a uma distopia tão real que produziu uma série de acontecimentos que nem mesmo os autores de ficção seriam capazes de imaginar pela riqueza de elementos.

Distopia é um termo normalmente usado como um subgênero da ficção científica. Explica como um lugar, uma época ou uma sociedade onde se vive de forma precária e com sofrimento e que, quando relacionada a um país, uma sociedade ou de uma realidade imaginária explica como tudo se organiza de uma forma opressiva e totalitária, por oposição à utopia.

Uma observação mais atenta do comprtamento dos apoiadores mais radicais de Bolsonaro mostra claramente que passaram a viver durante o seu governo numa realidade paralela, porém tão presente de suas vidas que a constatação da derrota e consequente saída do presidente do cargo, os levou a se envolver numa aventura que os levou a Brasília com a ideia de que simplesmente derrubar o novo governo.
Eles se negaram a reconhecer a nova realidade. Isso é perturbador no Brasil porque vai exigir um debate político e social sobre como isso aconteceu e como a sociedade precisa atuar para resgatar essas pessoas a uma vida normal.

A produção brasileira de aço bruto foi de 34,0 milhões de toneladas no acumulado de janeiro a dezembro de 2022, numa queda de 5,8% sobre o ano anterior. A produção de laminados ( 23,4 milhões de toneladas) teve redução de 10,0%. A produção de semi-acabadiços também teve queda de 6,7%. As vendas internas foram de 20,3 milhões de toneladas; Fomos salvo pelas exportações de 11,9 milhões de toneladas, ou US$ 10,9 bilhões. Esses valores representam, respectivamente, aumento de 8,8% e de 16,4% na comparação com o mesmo período de 2021.

A construtora pernambucana Baptista Leal, passou a utilizar a inteligência artificial BIM – traduzido do inglês, significa Modelagem da Informação da Construção – para realizar projetos mais sustentáveis e econômicos com redução dos gastos e as despesas antes mesmo do início de cada obra a partir de uma modelagem 3D. É o mesmo sistema que o Comando Militar do Nordeste está usando na construção da nova escola de sargentos do Exército em Paudalho.
A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) prevê crescimento de 2,5% em 2023 considerando o ciclo de negócios do mercado imobiliário em andamento e a demanda habitacional mais sólida em relação aos últimos anos. Parte do otimismo vem das promessas do Governo Lula de reativar as contrações da Minha Casa Minha Vida.
Entre os dias 10 e 11 de março, o Sindhospe promove em Arcoverde, no Sertão, o 1º Encontro Regional Sindhospe, que irá discutir temas de extrema importância para os estabelecimentos de saúde privados e filantrópicos, como Legislação Trabalhista, Saúde Digital, ações do Sindhospe em 2023, entre outros.

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É jornalista desde 1977 e formado pela Unicap. É Mestre em Ciências da Linguagem desde 2018. Já atuou no Jornal do Brasil, O Globo e Diário de Pernambuco. Assina a Coluna JC Negócios desde 1998, tendo apresentado programas de Economia nas TVs Tribuna e Jornal. Escreve sobre mídia digital e apresenta o programa Momento Econômico na Rádio Jornal de segunda a sexta, às 17h30
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