Bolsonaro diz que Cármen Lúcia faz tudo para eleger Lula – Poder360

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Presidente diz que ministra quer constrangê-lo no caso sobre suspeita de corrupção no MEC
O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta 4ª feira (5.out.2022) que a ministra Cármen Lúcia, do STF (Supremo Tribunal Federal), busca causar “constrangimento pré-eleitoral” ao pedir para a Polícia Federal apurar eventual participação dele por suspeita de atuar em investigação que levou à prisão do ex-ministro Milton Ribeiro, da Educação.
“Ela quer algo contra mim, né? Faz de tudo para que o Lula seja presidente. Quer me investigar no caso do Ministério da Educação e, digo, até o momento, não tem nada que diga que o prefeito recebeu recurso do MEC”, disse o chefe do Executivo em transmissão ao vivo feita em suas contas oficiais nas redes sociais.
O chefe do Executivo criticou a ministra pela votação sobre a prisão depois da condenação em 2ª Instância.
“A senhora Cármen Lúcia quer me investigar, mais um constrangimento pré-eleitoral. Vou deixar bem claro a todos sobre a senhora ministra Cármen Lúcia. Primeiro, lá atrás, no STF, reinterpretou a prisão em 2ª instância. Passou não mais a caber acontecer após 2ª instância, podendo acontecer só após a última […] Ela mudou o voto dela, tinha feito um voto brilhante para manter as condenações do Lula em 3 instâncias […] e ela, agora, tá na cara”, disse.
Bolsonaro declarou que recursos do Ministério da Educação não foram desviados a prefeitos.
“Alguns falaram que pessoas procuraram prefeitos atrás de propina prometendo liberação de recursos. Isso, se o prefeito entrar numa dessa, é muito primarismo. O que não falta é lobista e picareta em todo lugar do mundo. Seria o 1º caso de alguém pagar propina antes de receber produto. E até o momento não tem nada.” 
Bolsonaro reservou parte de sua transmissão para também criticar o oponente e ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT. Disse que o petista terá dificuldades na relação com o Congresso Nacional se for eleito.
“Se o outro lado ganhar, vai ter problema com o parlamento. O parlamento sempre foi eleito de centro-esquerda. Agora passou a ser centro-direita”, declarou.
O presidente afirmou que continuará transmitindo suas lives a partir de 6ª feira (7.out). Eis outros destaques da transmissão feita nesta 4ª feira:
“Eu só peço aos nossos apoiadores, porque vou ter dezenas de apoios, se você não gostar de uma pessoa que está me apoiando, por favor, não critique. Agora não tem mais 3ª via. Ou eu ou Lula. Você que escolha qual o melhor, qual o menos ruim. Mas, por favor, não se omita. O maior erro que alguém pode cometer é não tomar decisão, lavar as mãos, não ser quente nem frio, ser morno. A decisão também é um risco […]
“Ah, mas o Bolsonaro fala palavrão. Eu não estou à disposição para casar com ninguém, estou para administrar o Brasil. Se vocês acham que eu não posso reagir ou sempre me comportar como uma pessoa extremamente educada, eu não sou essa pessoa educada. A minha formação militar é diferente, formação com meus pais era outra história, nasci em 1955. Os pais raramente falavam com os filhos. Era um olhar ou um safanão. Ainda bem que fui educado assim. Meu pai que conduziu a minha vida.”
“O pessoal está me criticando, porque fui em loja maçom em 2017. Fui, sim, fui em loja maçom, acho que única vez. Eu era candidato a presidente, pouca gente sabia, e um colega falou ‘vamos lá’ e eu fui lá na loja, acho que aqui em Brasília. Fui muito bem recebido. E eu sou presidente de todos e ponto final. Fui de novo? Não fui. Agora, sou presidente de todos. Isso agora a esquerda faz um estardalhaço. O que tenho contra maçom? Tenho nada. Se tiver alguma coisa, a gente vê como proceder. Quero apoio de todos aqui do Brasil.”
“Quem não gosta de mim, ‘ah, o cara é grosso’. Me desculpa. O importante é que a dona Michelle gosta, pô. ‘Ah, ele se comportou mal durante a pandemia’. Me desculpa. Não quis ofender ninguém, falei a verdade durante a pandemia. Não errei quase nada. Muita gente tomou aquele remédio para combater a malária e se safou. O grande erro da pandemia, não foi meu, foi proibir os médicos de receitar algo off label, fora da bula.”
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