Bolsonaro mira base raiz e terá oponentes na disputa pela liderança da direita – folha.uol.com.br

0
73

Acesse seus artigos salvos em
Minha Folha, sua área personalizada
Acesse os artigos do assunto seguido na
Minha Folha, sua área personalizada

Assinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da Folha
Assinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da Folha
Assinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da Folha
Recurso exclusivo para assinantes
assine ou faça login
Gostaria de receber as principais notícias
do Brasil e do mundo?
Assinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da Folha
Assinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da Folha
Assinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da Folha
Recurso exclusivo para assinantes
assine ou faça login
Derrotado na tentativa de ser eleito para um segundo mandato, Jair Bolsonaro (PL) deverá trabalhar a partir de agora para fidelizar sua base de apoio mais ideológica e radical e também para se manter como a principal liderança de direita no Brasil durante a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O presidente, no entanto, vai precisar superar algumas dificuldades fora do cargo, para seguir como o grande nome do campo conservador do país.
Uma delas é a falta de estrutura, apesar de ter negociado apoio do seu partido. A outra é a concorrência interna, com a ascensão de novos líderes, entre eles aliados e antigos desafetos.
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e o ex-juiz Sergio Moro (União Brasil-PR), que se elegeu senador, são cotados para disputar o Palácio do Planalto em 2026.
Ambos se aproximaram de Bolsonaro no segundo turno da eleição, mas não pretendem ter uma atuação totalmente alinhada a ele nos próximos quatro anos.
Bolsonaro foi derrotado por Lula, com 49,1% dos votos, contra 50,9% do petista, sendo o primeiro presidente que não conseguiu ser reeleito.
O presidente levou 45 horas para reconhecer o resultado da eleição, ainda que de forma implícita, e falou em “indignação” e “sentimento de injustiça”.
À exceção dessa fala, Bolsonaro manteve um comportamento recluso, fechado no Palácio da Alvorada. Não usou redes sociais, não deu entrevistas nem realizou transmissões ao vivo na internet.
Enquanto isso, seus apoiadores mais radicais bloquearam rodovias e realizaram manifestações antidemocráticas em frente a quartéis militares, pedindo intervenção federal.
Bolsonaro apenas gravou um vídeo pedindo para que as estradas fossem liberadas e disse para seus apoiadores não pensarem “mal” dele por ter feito esse pedido.

Aliados dizem que o presidente ainda está processando a derrota e que tirou uns dias para isso. Mas apostam que o momento de baixa e reclusão vai logo ser superado e que ele retornará ao palco principal da política em breve.
O processo de fortalecimento do bolsonarismo vai passar justamente pela fidelização da base de apoio mais ideológica, que prega radicalismos como intervenção militar e o fechamento do STF (Supremo Tribunal Federal).
Aliados consideram que a militância não entendeu o silêncio do chefe do Executivo como abandono, mas sim o de que ele estava impossibilitado de tomar outras medidas, reforçando a ideia, sem lastro na realidade, de que é o nome que enfrenta o sistema composto pela classe política e pelo tribunais superiores.
Bolsonaro ainda terá o apoio de aliados eleitos para o Congresso, para manter as pautas ideológicas em evidência. Um deles é o deputado eleito e campeão de votos Nikolas Ferreira (PL-MG), um dos responsáveis por ditar nas redes sociais o comportamento dos internautas bolsonaristas.
No Senado, também deverá ter destaque defendendo a pauta ideológica a ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos Damares Alves (Republicanos-DF) e o senador eleito Magno Malta (PL-ES), entre outros.
Interlocutores dizem que a grande dificuldade de Bolsonaro será a de se manter em destaque por quatro anos mesmo sem nenhum cargo eletivo. O chefe do Executivo, nesta semana, recebeu o presidente do partido, Valdemar Costa Neto, para tratar de seu futuro.
No encontro, o presidente disse que pretende continuar na sigla, ter um papel importante e liderar a oposição. Ainda não foram discutidos detalhes, mas Valdemar disse que aceitaria.
Quando deixar o Palácio do Planalto, ele deve ocupar um papel de destaque na legenda, com direito a assento na Executiva Nacional e salário.

Em seu primeiro discurso concedido 45 horas após a proclamação da vitória de Lula, após a reunião com Valdemar, o chefe do Executivo expressou seu desejo de ser a liderança da direita.
“É uma honra ser o líder de milhões de brasileiros que, como eu, defendem a liberdade econômica, a liberdade religiosa, a liberdade de opinião, a honestidade e as cores verde e amarela da nossa bandeira”, disse.
Há uma avaliação de que, se o chefe do Executivo chegar a 2026 mais fraco eleitoralmente, abriria espaço para que um sucessor se lance à Presidência.
Além de Zema e Moro, há, entre outros, os nomes de Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador eleito de São Paulo e ex-ministro de Bolsonaro.
Tarcísio e Zema comandam os maiores colégios eleitorais do país. O governador eleito de São Paulo já é visto por uma ala do bolsonarismo como o nome natural à sucessão, mas outra busca afastá-lo do posto.
Já Zema também já expressou a interlocutores o interesse no cargo, mas dependeria da conjuntura, em especial porque está num partido pequeno.
Se quiser se lançar ao Planalto ele enfrentará um dilema: é candidato natural do Novo ao cargo, não terá resistência da legenda. Por outro lado, o partido não tem estrutura.
O Novo não conseguiu superar a cláusula de barreira neste ano e saiu da eleição com tamanho de nanico, tendo eleito apenas três deputados federais.
Integrantes do PL já demonstraram interesse em filiá-lo, mas não há nenhuma garantia para que consiga se cacifar em 2026, uma vez que Bolsonaro também está na sigla.
Publicamente, Zema não confirma a intenção de se candidatar a presidente em 2026, mas também não nega, afirmando que está, no momento, concentrado no segundo mandato como governador de Minas.

Assinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da Folha
Assinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da Folha
Assinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da Folha
Recurso exclusivo para assinantes
assine ou faça login
Leia tudo sobre o tema e siga:
Você já conhece as vantagens de ser assinante da Folha? Além de ter acesso a reportagens e colunas, você conta com newsletters exclusivas (conheça aqui). Também pode baixar nosso aplicativo gratuito na Apple Store ou na Google Play para receber alertas das principais notícias do dia. A sua assinatura nos ajuda a fazer um jornalismo independente e de qualidade. Obrigado!
Mais de 180 reportagens e análises publicadas a cada dia. Um time com mais de 200 colunistas e blogueiros. Um jornalismo profissional que fiscaliza o poder público, veicula notícias proveitosas e inspiradoras, faz contraponto à intolerância das redes sociais e traça uma linha clara entre verdade e mentira. Quanto custa ajudar a produzir esse conteúdo?
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.
As principais notícias da semana sobre o cenário jurídico e conteúdos exclusivos
Carregando…
As principais notícias da semana sobre o cenário jurídico e conteúdos exclusivos
Carregando…
Fundo da TC Pandhora é lançado para o público geral
Cartão de crédito versátil revoluciona pagamentos corporativos
Série de podcasts discute o papel do advogado em uma sociedade em transformação
Novos exames dão precisão ao diagnóstico do câncer de próstata
5G habilita potencial total da indústria 4.0
Vacinas são importantes em todas as fases da vida
Tecnologia da Mastercard garante a segurança de operações com criptoativos
Empresas devem saber acolher colaboradores com depressão
Havaianas celebra 60 anos como exemplo de inovação
Nova lavadora e secadora da LG alia tecnologia e sustentabilidade
Mackenzie é uma das universidades privadas mais reconhecidas pelas empresas
Lalamove oferece soluções seguras e econômicas para entrega rápida e descomplicada
DNA ajuda a identificar tratamento mais eficaz contra o câncer de mama
Cidadania global: formação para além do bilinguismo
Entenda o que é deep fake e saiba como se proteger
Rastreamento pode reduzir mortes por câncer de pulmão
Clara facilita vida das empresas na gestão de gastos corporativos
Tecnologia com inclusão e diversidade gera inovação
Inteligência artificial e automação moldam o futuro das empresas
Tecnologia permite que pessoas recebam pela comercialização de seus dados
Recurso exclusivo para assinantes
assine ou faça login
Dinheiro privado nas campanhas chegou a R$ 1 bi em 2022; dos 50 que mais receberam, 27 não se elegeram
Recurso exclusivo para assinantes
assine ou faça login
Ex-deputada federal foi considerada culpada por quatro crimes; dois filhos e neta são absolvidos
Recurso exclusivo para assinantes
assine ou faça login
Ciro Nogueira diz que é favor de retirar do teto de gastos apenas custos com Bolsa Família e aumento real do salário mínimo

O jornal Folha de S.Paulo é publicado pela Empresa Folha da Manhã S.A.
Copyright Folha de S.Paulo. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.
Cadastro realizado com sucesso!
Por favor, tente mais tarde!

source

Leave a reply