Bolsonaro socorre o “bom menino” que tudo fez para beneficiá-lo – Metrópoles

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Blog com notícias, comentários, charges e enquetes sobre o que acontece na política brasileira. Por Ricardo Noblat e equipe
21/11/2022 8:00, atualizado 21/11/2022 11:08
Bolsonaro, quando quer e não é sempre, sabe ser grato a aliados fiéis, de preferência àqueles que puseram em risco suas carreiras e reputação para ajudá-lo a desgovernar o país e a se reeleger.
É o caso do diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvanei Vasquez, que, no dia da eleição em segundo turno, usou sua tropa para dificultar o comparecimento de eleitores de Lula às urnas.
De lá para cá, foi tolerante com os caminhoneiros que bloqueiam estradas em solidariedade a bolsonaristas que exigem uma intervenção militar para não dar posse a Lula.
Vasques pediu ao seu subordinado Daniel Santos, diretor-executivo, autorização para participar de um mestrado de “Alta Direção em Segurança Internacional” na Espanha e no Chile.
E Santos disse ok. O curso começa em dezembro e termina em outubro de 2023. Custará R$ 122,818,18 em diárias e R$ 21.953,21 em passagens aéreas, segundo o jornal O Estado de S. Paulo.
A autorização não foi publicada no Diário Oficial, porque o processo interno correu em segredo. Nesse meio tempo, Vasques retirou das redes sociais posts e fotos que o ligavam a Bolsonaro.
No último dia 1º, quando a erisipela ainda não o impedia de andar, Bolsonaro reuniu-se com ministros do Supremo Tribunal Federal e referiu-se a Vasques como “o bom menino”. O apelido pegou.
Na ocasião, pediu que os ministros não investissem contra o garoto. Não obteve resposta, só estranheza. “O bom menino” não estava em questão, e sim a resignação de Bolsonaro com a derrota.
Estuda-se no governo mais um reconhecimento a Vasques pelos bons serviços prestados: um cargo remunerado no Conselho de Administração da empresa estatal Pré-Sal Petróleo.
“Se o defeito está nas urnas, está tanto no primeiro quanto no segundo turno. E aí teria que anular a eleição para senador, deputado, governador”. (Ricardo Lewandowski, ministro do Supremo Tribunal Federal, sobre o pedido do partido de Bolsonaro para anular votos só no 2º turno)
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