Bolsonaro tem agenda no Planalto pela 5ª vez desde derrota nas urnas – Metrópoles

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29/11/2022 9:57, atualizado 29/11/2022 9:57
O presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou o Palácio da Alvorada, sua residência oficial, na manhã desta terça-feira (29/11), para despachar do Palácio do Planalto, sede oficial da Presidência da República.
É a quinta vez que o atual chefe do Executivo federal vai ao Planalto desde que foi derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições presidenciais deste ano.
A primeira vez que Bolsonaro esteve na sede da Presidência após fracassar na missão de se reeleger foi em 31 de outubro, um dia após o segundo turno. Na ocasião, ele se reuniu com o ministro da Economia, Paulo Guedes. Em 3 de novembro, o presidente retornou ao local para cumprimentar o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB). O compromisso não foi divulgado oficialmente.
Na semana passada, em 23 de novembro, após 20 dias de reclusão, Bolsonaro foi à sede oficial da Presidência, onde cumpriu um expediente de cinco horas. Na data, ele recebeu Rogério Marinho (PL-RN), senador eleito e ex-ministro do governo.
No dia seguinte, o presidente retornou ao Palácio do Planalto para se reunir com o subchefe para Assuntos Jurídicos da Secretaria-Geral, Renato de Lima França.
Segundo a agenda oficial, Bolsonaro deve se reunir com o subchefe para Assuntos Jurídicos da Secretaria-Geral, Renato França, na tarde desta terça-feira.
Apesar de não ter sido divulgado, o presidente é esperado em uma cantata de Natal no Palácio da Alvorada. O evento é organizado pelo Pátria Voluntária, coordenado pela primeira-dama Michelle Bolsonaro. Cerca de 60 crianças devem participar do evento.
Fora da agenda, o atual titular do Palácio do Planalto também se reúne com o presidente da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), Eduardo Eugenio Vieira. Há ainda expectativa de que Bolsonaro encontre o presidente do PL, Valdemar Costa Neto. Se confirmado, o encontro ocorrerá uma semana após o PL entrar com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pedindo a verificação extraordinária do resultado do segundo turno das eleições.
No último sábado (26/11), Jair Bolsonaro participou da formatura da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), no Rio de Janeiro. Foi a primeira viagem do chefe do Executivo federal desde a derrota para Lula.
Além de Bolsonaro, o vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos), os ministros da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira; da Secretaria-Geral, Luiz Eduardo Ramos; e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, acompanharam o mandatário na solenidade militar.
Durante determinado momento do evento, familiares dos formandos entoaram gritos de “mito” a Bolsonaro, que apenas ficou observando os simpatizantes. A cerimônia não contou com falas do presidente, que apenas entregou uma espada e uma medalha a um formando.
Com a reclusão do mandatário no Palácio da Alvorada, os compromissos oficiais do chefe do Executivo tiveram uma redução de 63%, segundo registros da agenda presidencial.
De 30 de outubro até a 18 de novembro, por exemplo, Bolsonaro teve apenas 27 compromissos como presidente. No mesmo período do ano anterior, a agenda oficial assinalou 74 reuniões e eventos.
Em comparação ao primeiro ano como presidente da República, a redução foi ainda maior. Entre 31 de outubro e 18 de novembro de 2019, Bolsonaro teve 101 compromissos. Em período equivalente no ano seguinte, já com a pandemia de coronavírus, foram contabilizadas 66 agendas oficiais.
Nas últimas semanas, o atual presidente apenas recebeu familiares e aliados próximos, como ministros, parlamentares e assessores, no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência.
O fluxo de apoiadores no local, que costumava ser grande e diário, também foi reduzido nos últimos dias. Desde que perdeu as eleições, Bolsonaro deixou de cumprimentar simpatizantes no “cercadinho” do Alvorada, como era hábito nos últimos anos.
Jair Messias Bolsonaro, nascido em 1955, é um capitão reformado do Exército e político brasileiro. Natural de Glicério, em São Paulo, foi eleito 38º presidente do Brasil para o mandato de 2018 a 2022Reprodução/Instagram
Descendente de italianos e alemães, Bolsonaro recebeu o primeiro nome em homenagem ao jogador Jair Rosa Pinto, do Palmeiras, e o segundo, Messias, atribuído por Olinda Bonturi, mãe do presidente, a Deus, após uma gravidez complicada. Na infância, era chamado de Palmito pelos amigosHugo Barreto/Metrópoles
Ingressou no Exército aos 17 anos, na Escola Preparatória de Cadetes. Em 1973, foi aprovado para integrar a Academia Militar de Agulhas Negras (Aman), formando-se quatro anos depoisRafaela Felicciano/Metrópoles
Dentro do Exército, Bolsonaro também integrou a Brigada de Infantaria Paraquedista, serviu como aspirante a oficial no 21º e no 9º Grupo de Artilharia de Campanha (GAC), cursou a Escola de Educação Física do Exército, serviu no 8º Grupo de Artilharia de Campanha Paraquedista e, em 1987, cursou a Escola de Aperfeiçoamento de OficiaisGetty Images
Em 1986, Jair foi preso por 15 dias, enquanto servia como capitão, por ter escrito um artigo para a revista Veja criticando o salário pago aos cadetes da Aman. Contudo, dois anos após o feito, foi absolvido das acusações pelo Superior Tribunal Militar (STM)Rafaela Felicciano/Metrópoles
Em 1987, novamente respondeu perante o STM por passar informação falsa à Veja. Na ocasião, o até então ministro do Exército recebeu da revista um material enviado pelo atual presidente sobre uma operação denominada Beco Sem Saída, que teria como objetivo explodir bombas em áreas do Exército como protesto ao salário que os militares recebiamRafaela Felicciano/Metrópoles
A primeira investigação realizada pelo Conselho de Justificação Militar (CJM) concluiu que Bolsonaro e outros capitães mentiram e determinou que eles deveriam ser punidos. O caso foi levado ao Superior Tribunal Militar, que, por outra vez, absolveu os envolvidos. De acordo com uma reportagem da Folha à época, foi constatado pela Polícia Federal que, de fato, a caligrafia da carta enviada à Veja pertencia a JairJP Rodrigues/Metrópoles
Em 1988, Bolsonaro foi para a reserva do Exército, ainda com o cargo de capitão, e, no mesmo ano, iniciou a carreira política. Em 1988, foi eleito vereador da cidade do Rio de Janeiro e, em 1991, eleito deputado federal. Permaneceu como parlamentar até 2018, quando foi eleito presidente da RepúblicaDaniel Ferreira/Metrópoles
Durante a carreira, Bolsonaro se filiou a 10 legendas: Partido Democrata Cristão (PDC), Partido Progressista Reformador (PPR), Partido Progressista Brasileiro (PPB), Partido da Frente Liberal (PFL), Partido Progressistas (PP), Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Democratas (DEM), Partido Social Cristão (PSC), Partido Social Liberal (PSL) e, atualmente, Partido Liberal (PL)Rafaela Felicciano/Metrópoles
É casado com Michelle Bolsonaro, 40 anos, e pai de Laura Bolsonaro, 11, Renan Bolsonaro, 24, Eduardo Bolsonaro, 38, Carlos Bolsonaro, 39, e Flávio Bolsonaro, 41, sendo os três últimos também políticosInstagram/Reprodução
Em 2018, enquanto fazia campanha eleitoral, Jair foi vítima de uma facada na barriga. Até hoje o atual presidente precisa se submeter a cirurgias por causa do incidenteIgo Estrela/Metrópoles
Eleito com 57.797.847 votos no segundo turno, Bolsonaro coleciona polêmicas em seu governo. Além do entra e sai de ministros, a gestão de Jair é acusada de ter corrupção, favorecimentos, rachadinhas, interferências na polícia, ataques à imprensa e a outros poderes, discurso de ódio, disseminação de notícias faltas, entre outrosAlan Santos/PR
Programas sociais, como o Vale-gás, Alimenta Brasil, Auxílio Brasil e o auxílio emergencial durante a pandemia da Covid-19, foram lançados para tentar ajudar a elevar a popularidade do atual presidenteRafaela Felicciano/Metrópoles
De olho na reeleição em 2022, Bolsonaro se filiou ao Partido Liberal (PL). O vice de sua chapa nas eleições deste ano é o general Walter Braga NettoIgo Estrela/Metrópoles
 
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