Bolsonaro vai para resort de luxo de Trump nos EUA e não transfere … – Hora do Povo

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Por Publicado em 26 de dezembro de 2022
O presidente derrotado Jair Bolsonaro (PL) decidiu ir para o resort de luxo de Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, para escapar do compromisso de entrega da faixa presidencial para o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A informação é da colunista do UOL, Thaís Oyama.
Segundo ela, Bolsonaro disse a amigos que vai passar temporada no condomínio Mar-a-Lago, em Palm Beach, na Flórida (EUA). A propriedade é do ex-presidente dos Estados Unidos, ídolo de Bolsonaro, onde abriga o resort de luxo.
A viagem está programada para esta quarta-feira (28). Bolsonaro teria dito a amigos que “pretende descansar por 1 ou 2 meses” na Flórida. A reportagem não conseguiu confirmar se Bolsonaro ficará na propriedade de Trump ou em outra casa.
E também não há informações sobre quem vai acompanhá-lo nessa viagem ao exterior quando deveria estar no Brasil, para transferir ao vitorioso nas eleições a faixa presidencial.
A propósito, Bolsonaro abandou a Presidência da República dia 30 de outubro, quando o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) anunciou a vitória de Lula, em segundo turno.
“ATO DE GRANDEZA”
A decisão indica que os aliados mais próximos dele não conseguiram convencê-lo a passar a faixa para Lula. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, amigos que exercem influência sobre ele têm procurado demonstrar que, no atual cenário de radicalização do país, cumprir essa obrigação do cargo pode soar como “ato de grandeza” da parte dele.
Todavia, Bolsonaro não tem grandeza. Exerceu a Presidência da República durante 4 anos de forma pequena. Beligerante, nunca teve grandeza ou altivez para compreender a relevância do cargo para o qual foi eleito em outubro de 2018.
Não tendo estatura esse tempo todo, não teria agora, depois da derrota. Ele foi o primeiro presidente da República derrotado no primeiro exercício do mandato, desde que o instituto da reeleição foi inserido no ordenamento jurídico brasileiro, por meio da EC (Emenda à Constituição) 16, promulgada em 4 de junho de 1997.

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A propósito, a EC foi aprovada no penúltimo ano do primeiro mandato presidencial de Fernando Henrique Cardoso, inclusive com compra de votos no Congresso para aprovar a alteração constitucional. 
BIA KICIS DISSE QUE BOLSONARO NÃO PASSA A FAIXA
Em entrevista ao Correio Braziliense, na última sexta-feira (23), a deputada bolsonarista Bia Kicis (PL-DF) disse que não acredita que Bolsonaro vai passar a faixa.
Segundo a parlamentar, Bolsonaro não vai fazer a passagem em 1° de janeiro. “Não acredito que ele, pessoalmente, faça essa passagem da faixa. Mas alguém fará [a passagem]”, disse, destacando que ele se recolhe cada vez mais.
A notícia da viagem de Bolsonaro para o exterior, antes de encerrar o mandato repercutiu intensamente. Há quem acredite que ele estaria em fuga, tentando evitar possível prisão assim que perder o foro privilegiado. Ou mesmo “chateado”, já que não consegue superar a derrota. Mas há também aqueles que não veem na notícia nenhuma surpresa.
“A gente normalizou tanto os absurdos do presidente que essa decisão é esperada. Mas é um rompimento histórico de uma tradição democrática. Passar a faixa é um símbolo do respeito à Constituição. Bolsonaro ficará marcado para sempre como o presidente inimigo da democracia”, disse a deputada federal Tábata Amaral (PSB-SP), na conta dela no Twitter.
FIGUEIREDO TAMBÉM NÃO PASSOU A FAIXA
O último presidente da República que concluiu o mandato e que não recebeu a faixa do ocupante anterior foi José Sarney, que assumiu o cargo em março de 1985. O então ocupante do cargo, general João Baptista de Oliveira Figueiredo, não aceitou participar da cerimônia do primeiro civil eleito após a ditadura militar. Ele presidiu o Brasil entre 1979 e 1985.
Figueiredo faleceu em 24 de dezembro de 1999, no Rio de Janeiro, aos 81 anos. Ele encerrou o ciclo da ditadura militar implantada no Brasil em 1º de abril de 1964. As Forças Armadas derrubaram, por meio de golpe civil-militar, o presidente João Goulart, eleito democraticamente em 1961.
M. V.

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