Bombig: Eleito com crítica à classe política, Bolsonaro também bancou luxos – UOL Confere
Colaboração para o UOL, em São Paulo
12/01/2023 14h35Atualizada em 12/01/2023 15h11
O colunista do UOL Alberto Bombig relembrou, durante o UOL News, que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticava políticos que gastavam muito, mas agora “passeou bastante” e “curtiu a vida”, gastando R$ 13,7 milhões em hotéis durante seu mandato.
Para quem se elegeu presidente da República em uma crítica à classe política, em uma crítica às benesses dos políticos, que deu coletiva em cima de prancha de surfe, que comeu pão com leite condensado em uma mesa sem toalha e se dizia um político de gastos muito pequenos, simbolicamente eu acho ruim nessa imagem dele o que veio à público hoje. Está longe de ser um político de origem simples e preocupado com dinheiro”.
Para Bombig, há outros gastos que também precisam ser explicados.
Tudo isso com sorvete, padaria e um restaurante só? Precisa de explicação. Precisa dizer o porquê desse gasto de R$ 9 mil por dia em uma só lanchonete”.
O colunista também afirmou que o gasto com hotel poderia ter sido menor.
Destacaria a questão do hotel, porque foi uma marca do mandato dele. Bolsonaro foi um presidente que viajou, inclusive tinha o meme do ‘curtindo a vida adoidado’. Ele sempre tirou folgas, emendou final de ano e emendou feriado. Esse gasto com hotel talvez pudesse ter sido menor”.
O presidente Lula (PT) negou que vá demitir o ministro da Defesa, José Múcio. A informação foi dada pelo colunista Kennedy Alencar, em participação no UOL News. Kennedy Alencar participou de um café da manhã que Lula teve com jornalistas.
Ele disse que Múcio segue no cargo e confia no Múcio. Ele não vai demitir todo o ministro que cometer um erro, porque haveria alta rotatividade. É a primeira vez que ele se refere ao Múcio e a forma que ele agiu como um erro. O Múcio conduziu uma articulação com as Forças Armadas na qual ele prometia que haveria uma diminuição do número de acampados e foi o contrário”.
Após a união dos três Poderes, Lula foi perguntado sobre a “oportunidade” de mandar um recado às Forças Armadas de que elas não são “avalistas da democracia”. “Olha, quero que elas voltem a cumprir o papel constitucional delas. O Bolsonaro conseguiu poluir todas as Forças Armadas e elas não são o poder moderador que elas pensam que são”, disse.
O colunista destacou que, na mesma conversa, Lula disse que não vai ter só petistas no Palácio do Planalto e que vai tirar “bolsonaristas raiz”, afirmando que não possui nenhum integrante de sua segurança que tenha trabalhado com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “Não vou colocar alguém que possa me dar um tiro”, disse. “Tenho que estar precavido, mas não assustado”.
Na passagem da faixa presidencial, o presidente contou que não queria que ela fosse passada por Bolsonaro. “A única coisa que eu não queria era que o Bolsonaro me passasse a faixa”.
Durante o programa, Bombig repercutiu a preocupação dos governadores com a PM e com o STF após os ataques golpistas do último domingo, que ocasionaram o afastamento do governador do Distrito Federal Ibaneis Rocha (MDB).
Muitos deles estão preocupados. Não que eles estejam do lado do Ibaneis, mas eles entendem que há uma bolsonarização muito grande das polícias, não é uma coisa de um mês, uma semana, é coisa de seis anos. O discurso corporativista e conservador do Bolsonaro se infiltrou nas corporações e é difícil você mudar. As polícias estão politizadas. Bolsonaro concedeu linha de crédito para programa de habitação de policiais e tem discurso forte de defesa desses profissionais. O que os governadores dizem é: ‘Não se tem tanto controle assim dessas forças públicas’. Se o país não se desmobilizar, houver manifestações e alguém entender que o governador foi leniente ou não conseguiu conter, pode abrir um procedente perigoso”.
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