Calejon: Bolsonaro faz algo sintomático ao ir a resort e deixar apoiadores – UOL Confere

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Colaboração para o UOL, em São Paulo
28/12/2022 14h44
Ao decidir viajar para um resort de luxo nos Estados Unidos enquanto seus apoiadores continuam acampados em quartéis, Jair Bolsonaro (PL) mostra-se incapaz de oferecer uma palavra para pacificar o país. Essa é a avaliação do colunista do UOL Cesar Calejon.
Ele afirmou que o atual presidente acaba utilizando o caos como método de manutenção daquilo que foi um “trágico governo”, afirmou durante participação no UOL News.

É absolutamente sintomático que ele vá viajar para Orlando ficar em um resort de luxo enquanto seguidores dele defendem absurdos acampados há quase dois meses em portas de quartéis. Isso traduz a forma como Bolsonaro conduziu a própria presidência da República. Cesar Calejon
Mensagem tácita. Calejon afirmou que, ao não reconhecer sua derrota nas eleições, Bolsonaro passou uma mensagem de estímulo aos seus apoiadores para acreditarem em todo o tipo de falácia de que as Forças Armadas iriam intervir ou que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seria impedido de tomar posse. Ele afirmou que Bolsonaro “instrumentalizou” seus seguidores.


A cientista política Deysi Cioccari classificou o silêncio de Bolsonaro diante de ameaças de ataques terroristas em Brasília como “omissão política” e, durante participação no UOL News, também afirmou que o silêncio é uma estratégia para manter sua base mobilizada.
“Esse silêncio é um recurso que ele usou durante esses quatro anos que é aquele recurso da subjetividade. O não dito é tão importante quanto o dito, então esse silêncio do Bolsonaro vai inflamando essas pessoas que acreditam que as Forças Armadas vão intervir, que acreditam que Lula não vai assumir e que vai haver alguma coisa no dia 1º de janeiro. Então até esse silêncio é uma forma estratégica de manter essa base bolsonarista inflamada”.


Na avaliação da cientista política Deysi Cioccari, é simbólico que Bolsonaro e Hamilton Mourão (Republicanos) se recusem a passar a faixa presidencial para Lula e isso também abre uma lacuna na direita e oposição no Brasil.
“A partir do momento que Bolsonaro não passa a faixa e o Mourão também não passa a faixa, eles deixam a cadeira da direita vazia e não existe um ocupante para ela. Aí uma grande parcela da população fica completamente desamparada, como se não tivesse valido o voto. (…) em toda democracia se faz necessária uma oposição democrática”.
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