Campanha da comunidade judaica agradece a São Paulo por acolhida após Holocausto – UOL

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“Meu nome é George Legmann. Nasci em um campo de concentração nazista na Alemanha. Foi um milagre ter sobrevivido.” As palavras do professor estampam uma das peças da campanha Obrigado, Paulistanos, criada para homenagear São Paulo em seu aniversário de 469 anos e para agradecer a acolhida aos judeus após a Segunda Guerra Mundial.
A iniciativa, idealizada pelo escritor Marcio Pitliuk e seu companheiro, o fotógrafo Luiz Rampazzo, também é uma forma de lembrar o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, homenagem que ocorre anualmente em 27 de janeiro.
“Aqui os sobreviventes foram bem recebidos. Não tiveram problemas por causa da religião. Puderam trabalhar, casar e reconstruir suas vidas”, diz Pitliuk.
Curador do Museu do Holocausto e pesquisador da perseguição aos judeus, o escritor somou o contato com os sobreviventes residentes na cidade ao conhecimento da época em que dirigia uma agência de propaganda para criar a campanha.
“Escolhi quatro pessoas que pudessem representar todos os sobreviventes”, afirma. Além de Legmann, participam da iniciativa a empresária Ala Sjerman, a bailarina Marika Gidali e Joshua Strul.
Nascida na Polônia e brasileira de coração, Sjerman é pioneira na popularização da ginástica como forma de cuidar da saúde. Seu quadro na TV Mulher, programa da Rede Globo exibido nos anos 1980, ajudou a divulgar a importância do exercício físico para milhões de pessoas.
Marika Gidali, natural da Hungria, criou ao lado de Décio Otero o Ballet Stagium, que leva a dança produzida em São Paulo a palcos ao redor do mundo.
E o romeno Joshua Strul, que chegou a comer grama frita para não morrer de fome, pôde trabalhar e constituir família ao chegar à cidade.
Como os quatro, centenas de sobreviventes desembarcaram em São Paulo sem saber o que os esperava —e por razões que fugiam ao seu controle.
“As vítimas eram da Alemanha, Polônia, Romênia, Lituânia, França, Hungria… De todos os países em que os nazistas colocaram os pés. Quando a guerra acaba, alguns voltam para suas cidades de origem e são recebidos com violência, sofrem ataques físicos e são expulsos porque os imóveis haviam sido ocupados por vizinhos”, conta Pitliuk.

Além disso, o escritor lembra que o antissemitismo permaneceu forte na Europa e, assim, muitos decidiram mudar de continente. “Por esses fatores, os judeus foram escolhendo o Brasil, os Estados Unidos, a Argentina, lugares em que tinham parentes, amigos ou onde conseguiam vistos”, diz.
Ao chegarem sem qualquer recurso financeiro, eles tinham de começar a trabalhar quanto antes e poucos dos que vieram adolescentes conseguiram cursar o ensino superior.
Na geração seguinte, contudo, a educação foi priorizada e as famílias puderam se beneficiar da abertura das instituições brasileiras. “Algumas universidades da Europa restringiam o número de vagas para estudantes judeus. Como aqui não havia essa restrição, eles sempre trabalharam para que os filhos pudessem estudar”, afirma Pitliuk.
Escolhidos os sobreviventes que participariam da campanha, o passo seguinte foi desenhar as peças e estipular as formas de divulgação.
Foram criados cinco filmes de 30 segundos para veiculação em emissoras de TV e na internet e painéis para os relógios digitais das ruas da capital paulista.
Além disso, de 26 de janeiro a 15 de fevereiro, o Shopping Pátio Paulista, na região central, sediará a exposição “A Cara de São Paulo”, com fotografias de paulistanos que representam a cidade. A mostra, sob curadoria da apresentadora Ana Maria Braga e do maestro João Carlos Martins, terá entrada gratuita.
Ainda em janeiro, imagens de judeus produzidas por Rampazzo serão expostas no Shopping Vila Olímpia, na zona sul, e, em 27 de fevereiro, a Câmara Municipal vai conferir um diploma aos sobreviventes em reconhecimento à sua história e ao trabalho prestado à cidade. A sessão solene será aberta ao público.

Pitliuk espera que a campanha contribua para ampliar o conhecimento que a população, principalmente os mais jovens, têm sobre o Holocausto.
“O jovem brasileiro conhece muito pouco do Holocausto, é uma matéria pouco ensinada nas escolas. Ele sabe que o Holocausto existiu, mas não tem ideia de que foi algo planejado e executado de maneira industrial pelo governo alemão”, critica o escritor.

Nas palestras sobre o assunto que ministra pela StandWithUs Brasil, Pitliuk também observa o desconhecimento dos mais novos em relação ao nazismo.
“Usar a internet nos ajuda muito a falar com esses jovens e a campanha mostra vítimas do nazismo, sobreviventes de um partido que prega a destruição, o ódio e a morte”.
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