Capitã da seleção dos EUA pede exclusão de donos de times envolvidos em abusos – folha.uol.com.br

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A capitã da equipe campeã mundial de futebol feminino dos Estados Unidos declarou que qualquer proprietário ou executivo mencionado em um relatório que condena abusos no futebol feminino “deveria ser excluído” do esporte.
Becky Sauerbrunn, a capitã, deixou claro que “o grupo de pessoas em questão” inclui o proprietário e diversos executivos do clube pelo qual ela joga, o Portland Thorns. Ela foi —parcialmente— atendida.
Na tarde de quarta (5), a equipe de Portland anunciou a saída de seu presidente de futebol, Gavin Wilkinson, e a de seu presidente de negócios, Mike Golub.
“Vocês falharam em seus deveres como gestores”, disse Sauerbrunn sobre dirigentes e executivos de futebol cujo comportamento foi revelado em um relatório fortemente crítico, divulgado na segunda-feira, que revelou anos de abusos no futebol feminino americano.
“E é minha opinião que todos os proprietários, executivos e dirigentes de futebol dos Estados Unidos que falharam repetidamente com as jogadoras, falharam em seu dever de proteger as jogadoras, se esconderam por trás de artimanhas legais, e não colaboraram plenamente com essas investigações, precisam ser excluídos”.
Enquanto Sauerbrunn fazia sua declaração, Merritt Paulson, o proprietário do Thorns, divulgou um comunicado no qual afirmava que estava se “afastando, com efeito imediato”, de quaisquer decisões sobre a equipe. Mas Paulson não deu nenhuma indicação de que planejava vender o clube de Portland, Oregon, uma posição que, pelo menos no momento, o coloca em desacordo direto com Sauerbrunn, uma das jogadoras mais premiadas e mais populares de seu time.
Quando lhe perguntaram se suas observações incluíam Paulson, Sauerbrunn, citando acusações específicas contra o proprietário e os Thorns mas sem mencionar diretamente o nome dele, deixou poucas dúvidas de que Paulson estava entre os alvos de seus comentários.
“[Minhas observações] incluem todos aqueles que falharam continuadamente com as jogadoras, inúmeras vezes” ela disse, falando de pessoas que, segundo ela, precisavam, ser excluídas de vez do futebol.
Paulson e pelo menos dois executivos do clube foram acusados em um relatório compilado por Sally Yates, ex-funcionária do Departamento da Justiça americano, de ocultar o fato de que estavam cientes de abusos cometidos por um ex-treinador do clube; de descartar as reclamações de uma jogadora que expressou preocupação sobre o assunto; e de manter o silêncio enquanto o treinador em questão se transferia de equipe para equipe da National Women’s Soccer League (NWSL).
Logo após o anúncio de Paulson, Arnim Whisler, proprietário do Chicago Red Stars, anunciou que cederia o controle do clube e se afastaria de seu posto na diretoria da NWSL, mas não indicou que venderia o time. De acordo com o relatório, Whisler recebeu reclamações sobre Rory Dames, o treinador da equipe, já em 2013, e no ano seguinte descartou queixas de que Dames tivesse “criado um ambiente hostil”, declarando que algumas jogadoras da seleção americana de futebol “querem ver essa liga fechar as portas”.

O relatório revelou, além disso, que Dames, que também treinou um clube juvenil, fomentava um “ambiente sexualizado no time”, falava a jogadoras jovens sobre sua vida sexual e teve relações sexuais com diversas jogadoras.
Dames pediu demissão do Red Stars no ano passado, enquanto o jornal Washington Post estava preparando uma reportagem sobre seu comportamento.
“Lamento profundamente pelo que nossas jogadoras tiveram de enfrentar durante a passagem dele por Chicago”, declarou Whisler em um comunicado. “Nossa organização está empenhada em reconstruir a confiança e o respeito entre as jogadoras e os funcionários com relação à nossa liga e ao nosso clube, e reconheço que minha presença, no momento, é causa de distração”.
Sauerbrunn e sua companheira de time Alana Cook, que também se pronunciou na noite de terça-feira, foram implacáveis em sua opinião de que já era mais do que hora para que ações fortes, entre as quais a venda forçada de equipes e a demissão de funcionários conhecidos por terem escondido ou instigado o abuso contra mulheres, fossem adotadas.
“Acho que é hora”, disse Sauerbrunn, “de que aqueles que estão em posições de autoridade e liderança comecem a exigir prestação de contas, e a pedir as mudanças que precisam acontecer”.
Cook, como Sauerbrunn, disse que, depois que jogadoras vieram a público para revelar e documentar anos de abusos, a responsabilidade de remover treinadores, executivos e proprietários problemáticos recaía sobre a liderança do esporte.

“Por muito tempo, coube às jogadoras falar”, disse Cook. “A responsabilidade não deveria mais caber só a nós”. Sauerbrunn e Cook falaram em Londres, onde os Estados Unidos jogarão contra a campeã europeia Inglaterra em um amistoso na noite de sexta-feira. As duas jogadoras e seu treinador, Vlatko Andonovski, disseram que a equipe estava abalada com as revelações do relatório Yates, e que enfrentava dificuldades para manter o foco no jogo de sexta-feira.
“As jogadoras não estão bem”, disse Sauerbrunn. “Estamos horrorizadas e de coração partido, frustradas e exaustas, e muito, muito furiosas”.
Andonovski disse que ele e sua comissão técnica estavam respeitando a necessidade de cada jogadora de processar seus sentimentos com relação ao relatório de forma diferente, e que haviam dado espaço a todas para que o fizessem. Ele disse que as jogadoras tinham sido autorizadas a faltar a treinos e reuniões, e mesmo a não jogar a partida da sexta-feira.
A declaração de Paulson foi seu primeiro comentário público desde a divulgação do relatório. Ele afirmou no comunicado que dois outros executivos importantes do Thorns cujo comportamento pessoal e profissional foi criticado no relatório, o presidente de futebol Gavin Wilkinson e o presidente de negócios Mike Golub, também se afastariam, enquanto uma investigação separada é conduzida pela NWSL e pelo sindicato das jogadoras.
Mas Paulson não disse se planejava vender o time, e Sauerbrunn e Cook, bem como outras jogadoras, rapidamente sinalizaram que qualquer solução que não uma saída completa dele seria inadequada. “Acho que a confiança foi seriamente quebrada”, disse Sauerbrunn. Ela acrescentou que “em última análise, se as pessoas continuarem a falhar com as jogadoras e não cumprirem o que os relatórios pedem, o que os relatórios implementam, elas precisam ir embora. De vez”.
Tradução de Paulo Migliacci
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