Capitão Assumção descumpre restrição do STF e debocha em rede social – Folha Vitória

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Isabella Arruda
O parlamentar eleito e um dos alvos na operação da Polícia Federal que mira suspeitos de organizar e apoiar atos antidemocráticos, Capitão Assumção, fez publicações em seu ´perfil do Twitter, nesta segunda-feira (19), contrariando medida cautelar a ele imposta pelo Supremo Tribunal Federal. 
Ele fez postagem na rede social comentando a prisão do pastor Fabiano Oliveira, preso pela Polícia Federal em frente ao 38º Batalhão de Infantaria do Exército, na Prainha. 
Assumção estava proibido de utilizar as redes sociais, sob pena de multa de R$ 20 mil, e também passou a usar uma tornozeleira eletrônica. Ele inclusive foi diplomado ao cargo de deputado estadual na tarde desta segunda-feira (19) e compareceu ao evento. 

O deputado está desde a última quinta-feira (15) usando tornozeleira eletrônica, por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. 
Ele e mais três capixabas receberam mandados de prisão preventiva na operação que investiga os suspeitos de organizar e financiar atos antidemocráticos contra o resultado das eleições.
No caso de Assumção (PL), que teve a instalação da tornozeleira na própria Assembleia Legislativa (Ales), assim como do deputado estadual Carlos Von (DC), que também é investigado, o ministro do STF determinou a aplicação de algumas medidas cautelares:
Procurado, o advogado Fernando Dilen afirmou apenas que não esteve com o deputado desde o dia da decisão de busca e apreensão e que, logo, não poderia comentar sobre o assunto.
O Supremo Tribunal Federal informou, em nota, que “sanções, caso haja necessidade, são aplicadas e informadas nos autos”. 
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Já o Ministério Público até o momento não se manifestou. Esta publicação será atualizada quando houver retorno.
A prisão de apoiadores de atos antidemocráticos no Espírito Santo, feita durante uma operação da Polícia Federal nesta quinta-feira (15) sob ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, foi motivada por um relatório do Ministério Público Estadual.
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Os investigados fazem parte do grupo que não aceita a derrota do atual presidente Jair Bolsonaro (PL) nas urnas, que tentou reeleição, sem sucesso, perdendo para Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A operação foi realizada contra os atos antidemocráticos que acontecem desde 30 de outubro. Apoiadores do atual presidente bloquearam estradas e rodovias e, atualmente, estão acampados em frente a quartéis do Exército pedindo golpe de Estado, o que é crime pela Constituição Federal.
A operação da Polícia Federal ocorreu, além do Espírito Santo, no Distrito Federal e outros estados: Acre, Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rondônia e Santa Catarina. O território capixaba foi o único do país onde ocorreram prisões.
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Foram emitidos mandados de prisão preventiva para o vereador de Vitória Armandinho Fontoura (Podemos), o jornalista Jackson Rangel Vieira, dono do jornal online Folha do ES, sediado em Cachoeiro de Itapemirim, o radialista Maxicone Pitangui de Abreu e o pastor Fabiano Oliveira.
Eles são investigados por crimes contra a honra, incitação ao crime, tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito, além de formação de milícias digitais, conforme relatório do MPES.
O vereador e o jornalista foram presos na quinta-feira (15) e estão recolhidos em presídios no Centro Penitenciário de Viana, na Região Metropolitana. O pastor foi preso nesta segunda-feira (19) e o radialista ainda não deu entrada no sistema prisional.

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