Cartel do asfalto deveria fazer corar quem acha que eleição opõe sujos x limpinhos – Yahoo Noticias
No fim de 2021, uma pesquisa Datafolha apontou que a corrupção ocupava a sexta posição no ranking de preocupações dos eleitores brasileiros. Apenas 4% dos entrevistados diziam que o tema representava o maior problema do país. Naquele momento, a saúde era apontada como a grande razão de estresse para a população. Após quase dois anos de pandemia, o tema recebia 24% das menções.
Era uma mudança e tanto na percepção do eleitor, que em 2018 escolheu a corrupção como o grande problema da nação.
Tudo indicava que em 2022 a pauta moralizante que marcou a disputa eleitoral de quatro anos atrás estaria dissolvida. E que os debates das eleições seriam ancorados na discussão sobre a capacidade de gerenciamento de crises, inclusive as sanitárias, dos governantes.
Mas quando a barata eleitoral começou a voar, não foi bem isso o que aconteceu.
Jair Bolsonaro (PL), maior beneficiário da onda lavajatista da segunda metade da década passada, botou em campo um exército munido de bandeiras amarelas e convencido de que sua vitória nas urnas representaria uma vitória da virtude contra a “roubalheira” de governos passados.
Em debates, entrevistas, programas e inserções, ele não perde a oportunidade de chamar o seu adversário, o ex-presidente Lula (PT), de presidiário, numa tentativa de associá-lo a um período em que a corrupção varria os recursos do país para o centro de interesses escusos de uma pequena elite política e econômica.
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Quem acompanha com alguma atenção os passos e as escolhas do atual governante nos últimos três anos e dez meses já percebeu que o figurino ilibado do presidente não para de pé. Bastava olhar para onde estava indo o dinheiro do orçamento secreto, para não falar de escândalos relacionados a compra frustrada de vacinas, o balcão de negócios montado por pastores à entrada do Ministério da Educação e as suspeitas de que o Ministério do Meio Ambiente, sob Ricardo Salles, atuou para proteger um esquema criminoso de venda ilegal de madeira.
Bolsonaro trancou a pauta da transparência e do bom uso do dinheiro público com decretos de sigilo e a escolha de aliados em postos-chave das instituições de controle. Tudo para evitar que possíveis apurações chegassem até ele, sua família e seus aliados. Essa preocupação ficou escancarada na reunião com seus ministros em 22 de abril de 2020. Alguém ainda se lembra?
Nesta segunda-feira (10/10), uma reportagem da Folha de S.Paulo mostrou que uma auditoria do Tribunal de Contas da União desenhou os passos das ações de um suposto cartel de empresas de pavimentação suspeito de fraudar licitações da ordem de R$ 1 bilhão em recursos públicos. Esse suposto esquema tinha origem na estatal Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba), da qual já falamos por aqui.
Foi no governo Bolsonaro que uma empresa suspeita do interior do Maranhão se tornou campeã no acesso a recursos da companhia, como já havia mostrado uma série de reportagens da própria Folha de S.Paulo.
A firma desconhecida até outro dia dominou as licitações da estatal no ano passado. Contra ela há suspeita de usar uma empresa de fachada para simular uma disputa também de fachada pelos recursos –que jorraram para bancar projetos que ligavam o nada para lugar nenhum Brasil agora.
Recentemente a Codevasf virou alvo se uma apuração da Polícia Federal que encontrou indícios de corrupção na superintendência do órgão no Maranhão. A suspeita é que um gerente tenha desembolsado R$ 250 mil em propina.
Quem tiver um pouco mais de interesse em saber como têm sido empregados os recursos do tal orçamento poderia aproveitar a deixa e conferir como prefeituras daquele estado conseguiram uma bolada em recursos via emenda do relator para a Saúde. Em algumas localidades, o dinheiro serviu para bancar projetos que deixariam qualquer patriota de boca aberta. Uma reportagem da revista piauí mostrou que uma prefeitura aumentou em 39.000% seus atendimentos na área médica de um ano para outro.
Uma pequena cidade maranhense registrou, por exemplo, mais exames para detectar infecção pelo vírus HIV do que toda a cidade de São Paulo. Outra anunciou ter feito tantas extrações dentárias que seus habitantes teriam hoje em média 19 dentes a menos.
Com tanto indício de desvios, chama a atenção que só agora os órgãos de controle comecem a se manifestar sobre suspeitas levantadas no muque pela imprensa profissional –essa mesmo que presidente ataca e não quer que você leia para poder manter o controle de sua narrativa oficial de que acabou com a corrupção no país. Essa conversa não vale uma dentadura superfaturada.
Na reta final da campanha, o tema da corrupção voltou a pautar a mobilização de eleitores e agentes políticos que tentam transformar esta disputa numa guerra entre sujos e limpinhos. Tanto é que saíram vitoriosos das urnas figuras ligadas à falecida Lava Jato, como o ex-procurador Deltan Dallagnol, o ex-juiz Sergio Moro e sua esposa, Rosângela. Todos eles estão ao lado do Bolsonaro nessa luta. O que significa dizer que estão do lado do orçamento secreto e do suposto esquema que transformou uma empresa de fundo de quintal numa potência da engenharia nacional alimentada com dinheiro público e supostamente desviado.
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um homem com registro de CAC (colecionador, atirador desportivo e caçador) reagiu a uma tentativa de roubo e matou o suspeito na noite de sábado (8), em Santo André, no ABC paulista. Conforme o boletim de ocorrência, o atirador, que é proprietário de um conjunto residencial no bairro Jardim Las Vegas, estava no endereço para verificar o disparo de um alarme do sensor de movimentos do estacionamento. Ao chegar, ele diz ter sido surpreendido pelo suspeito, que portava
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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O presidente em exercício do TCU (Tribunal de Contas da União), Bruno Dantas, acatou nesta segunda-feira (10) um pedido para que o Ministério da Defesa envie o relatório da fiscalização das eleições produzido pelas Forças Armadas. O prazo regimental para o envio da resposta é de 15 dias corridos. A requisição foi solicitada na sexta (7) pelo subprocurador do Ministério Público junto ao TCU, Lucas Rocha Furtado, após os militares se silenciarem e não responderem a pedi
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