Casagrande fecha o cerco em Vitória – ES HOJE – ES Hoje

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Em um território dominado por um rival, o prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos), o governador Renato Casagrande (PSB) realizou, no último sábado (15), uma incursão para fechar o cerco em Vitória e manter sua força. De uma só vez, reuniu no palanque três ex-prefeitos da Capital (Luiz Paulo Vellozo Lucas, João Coser e Luciano Rezende) e ainda a atual vice-prefeita, Capitã Estéfane (Patriota).
Motivos não faltam para isso. Vitória foi único lugar da região metropolitana em que o governador mais se aproximou dos 50% dos votos válidos. Com 49,86% das intenções (100.545), o candidato à reeleição colocou 31.654 votos de diferença sobre Carlos Manato (PL).
Teve desempenho superior, inclusive, em bairros muito populosos, tendo apenas para o rival uma, talvez, esperada derrota na Praia do Canto – o bolsonarista conquistou 4.808 votos ante os 4.572 do atual ocupante da cadeira do Palácio Anchieta. Danos minimizados.
Soma-se a isso a ausência de posicionamento de Pazolini neste segundo turno e ao, agora, escancarado afastado – e azedado – relacionamento entre prefeito e vice na Capital. Aglutinar lideranças para Casagrande é fundamental, principalmente após o imenso susto da campanha socialista, que não esperava ir para mais uma etapa de votação no próximo dia 30.
Vitória é a grande joia da coroa das prefeituras da região metropolitana. Além de ser a Capital do Estado, tem orçamento bilionário e é o local de maior formação de opinião no Espírito Santo, especialmente pelo eleitorado, em sua maioria, ser de pessoas com nível superior completo.
O quadro, as tintas e os pincéis estão preparados. Se Casagrande for reeleito, vai preparar uma pintura da Cidade Sol com a prefeitura comandada por um aliado. Só não pode haver o descompasso do grupo, como aconteceu em 2020.
Ataques e conclusões
Luiz Paulo, em vídeo divulgado pela campanha de Casagrande, discursou que Vitória foi fundamental na transformação que o Estado teve, a partir de 2002, para sair da “falta de credibilidade”. João Coser, Luciano Rezende e Capitã Estéfane enfatizaram, ainda, a necessidade de o governador ser reeleito.
Detalhe pequeno
Da lista mais atual de ex-prefeitos de Vitória com Casagrande, só faltou a presença do ex-governador Paulo Hartung (sem partido), que comandou a Capital de 1993 a 1996. Luiz Paulo ficou à frente de 1997 a 2004. Coser, por sua vez, atuou de 2005 a 2012. E Luciano Rezende trabalhou de 2013 a 2020.
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Casagrande e Manato optaram por frear mais as ações de campanha, por causa do brutal assassinato dos soldados da Polícia Militar Bruno Mayer Ferrani e Paulo Eduardo de Oliveira Celini, em Cariacica. O governador focou em acompanhar o desenlace do caso. O bolsonarista, por sua vez, adotou postura de luto.
Nos bastidores, ambos têm procurado por apoio de servidores da segurança pública. Não se pode ignorar um grupo com mais de 10 mil pessoas, na ativa, e que influencia, diretamente, pelo menos mais 40 mil indivíduos.
Casagrande fecha o cerco em VitóriaCasagrande fecha o cerco em Vitória
Capitão Assumção (PL), deputado estadual reeleito com 98.669 votos, gravou vídeo de apoio para a campanha de Manato. Destacou que “o Espírito Santo precisa de um governador que fale a língua do povo, que tenha apoio na base e do presidente Jair Bolsonaro para que possa tocar projetos estruturantes para o Espírito Santo”.
Caso não haja manobra para a sessão da Assembleia Legislativa cair nesta segunda-feira (17), é esperado o chumbo grosso da oposição ao governo devido ao duplo homicídio dos policiais militares.
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Ricardo Ferraço (PSDB), vice na chapa de Casagrande, está ficando mais presente, visualmente falando, na campanha. Publicou que o Estado, caso haja nova gestão do socialista, contará com o “Crédito do Comércio”, uma nova proposta para liberar crédito em até cinco dias para os pequenos negócios.
Marcelo Santos (Podemos), reeleito deputado estadual com 41.627 votos, está percorrendo o Espírito Santo novamente. Aproveita para agradecer pelo seu desempenho e faz campanha pela reeleição do governador Renato Casagrande (PSB). O decano da Assembleia é cotado para ser o novo chefe do Poder Legislativo, no caso do socialista ser reeleito.
Novas pesquisas estão previstas para serem divulgadas nesta semana. Altas expectativas nos QG das campanhas de Casagrande e de Manato.
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Convivências, obrigatórias, estão se tornando insustentáveis em diversos meios políticos por causa da campanha de 2022. E o divórcio é impossível devido aos acordos formados.
“O PT precisa se lembrar de que Lula não é eterno. Hoje, o ex-presidente é maior que o partido, que, sem ele, já mostrou ter pouca força diante dos movimentos neo-direitistas. E amanhã: o que será do Partido dos Trabalhadores no pós-Lula?”
Fernando Carreiro, jornalista e consultor político

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