Cena Política: A relevância irrelevante do PT de Pernambuco com suas rinhas – JC Online

0
47

Notícias e opinião sobre os principais fatos políticos
O partido conseguiu eleger Teresa para o Senado, mas não teve forças para ajudar o candidato a governador da chapa, Danilo Cabral (PSB), nem Marília Arraes (SD) depois.
O PT é tudo sem ser nada. O partido, por si, não consegue protagonismo e a vitória de Lula (PT) comprova isso. O protagonismo é do ex-presidente. Os petistas só não foram extintos com a prisão de seu líder, exatamente porque abriram mão do país em 2018 para tentar salvá-lo. E somente ele podia salvar o PT.
Em Pernambuco há uma situação bem característica dessa relevância irrelevante. Na única vez em que ficou sob os principais holofotes, João Paulo (PT) foi prefeito do Recife por oito anos. Terminou a gestão com tamanha popularidade que elegeu fácil o sucessor, João da Costa (PT). E aqui entra a característica que melhor define o PT pernambucano e também no Brasil: É uma rinha constante. O PT é um saco de gatos. É como se os integrantes precisassem não se entender para poder respirar.
João da Costa foi boicotado por aliados e pelos próprios colegas petistas, todos de olho em suas próprias ambições. O PSB tinha gente na gestão petista que vazava informações para gerar crises. Mas era o próprio PT quem mais atrapalhava, com João Paulo, que passou de criador a inimigo, e com Humberto Costa (PT). A briga gerou uma situação bizarra. O prefeito petista foi impedido de se candidatar à própria reeleição. João Paulo virou vice de Humberto e os dois, juntos, foram derrotados por Geraldo Julio (PSB).
Recentemente, quando Teresa Leitão (PT) alinhou seu nome para a disputa pelo Senado, uma fonte no PT explicava que ela queria vencer a eleição, lógico, mas o maior interesse era medir forças com Humberto Costa internamente. Ser senadora, igual a ele, ajudava nisso. A fonte brincou: “Se derem a ela a chance de escolher entre ser presidente da República em Brasília ou presidente do PT em Pernambuco, ela vai pensar muito antes de decidir e muito provavelmente escolherá ser presidente do PT local”.
A relevância irrelevante do PT ficou pronunciada nesta eleição que se encerrou. O partido conseguiu eleger Teresa para o Senado, mas não teve forças para ajudar o candidato a governador da chapa, Danilo Cabral (PSB). O motivo: briga interna.
Parte da militância estava com Marília Arraes (SD) depois que ela brigou tanto dentro da sigla até sair e trocar de partido. Há quem diga que o PT é um ônibus, difícil de guiar, no qual o motorista é obrigado a planejar um percurso que agrade a todos os passageiros, sendo que ninguém vai para o mesmo lugar, ninguém tem o mesmo destino.
No segundo turno da mesma eleição, outra curiosidade. Já que os petistas recusaram Danilo Cabral e queriam Marília Arraes, Humberto coordenou para que o partido apoiasse Marília. Ele não estava feliz, ele foi obrigado a engolir porque Lula assim determinou. Tudo resolvido? Não.
Boa parte dos petistas votou em Raquel Lyra (PSDB).
Há quem diga que até Humberto votou em Raquel.
Sim, porque ele era a outra parte em todas as brigas internas de Marília Arraes desde que ela se mudou do PSB para o partido de Lula.
Em Pernambuco, seja com o PSB, Marília ou com Raquel Lyra, o PT vai passar mais um bom tempo cumprindo sua sina de coadjuvante.
E nacionalmente, o PT é o partido que tem a segunda maior bancada do país na Câmara e tem o presidente da República, mas nada disso é garantia de paz.
Se existem dúvidas acerca do sucesso do governo Lula, e existem, a única certeza é que, caso dê certo e seja exitoso, será apesar do PT.
A fatia do PSB no bolo do novo governo pode incluir Paulo Câmara (PSB). O atual governador de Pernambuco é um dos cotados, junto com Márcio França (PSB-SP). O primeiro não disputou o Senado este ano, abrindo caminho para Teresa Leitão (PT). O segundo era candidato ao governo de SP, mas desistiu para tentar ajudar Fernando Haddad (PT) e se candidatou ao Senado. Ambos perderam. Se o sacrifício deles será recompensado, é o que o novo ministério responderá. Fazenda, Planejamento e Indústria e Comércio são as pastas para as quais eles são cotados.

Um militar de alta patente, com bom trânsito nas Forças Armadas, afirma que o comandante militar do Nordeste, Richard Nunes, seria uma ótima escolha para o Comando Geral do Exército no governo Lula, como já foi ventilado, mas dificilmente será escolhido. Segundo esta fonte, quebraria a cadeia de comando. Há outros dois na fila, à frente dele.

Sobre
Jornalista, formado pela Universidade Católica de Pernambuco. Atua há 19 anos em Rádio, TV, Impresso e Internet. Editor-chefe e apresentador da TV Jornal/SBT por 10 anos. Comunicador na Rádio Jornal por 8 anos. Atualmente é colunista de política do Sistem
Localidade:Recife
Telefone:34136288
Cargo:Colunista de Política
Cursos:Gradução em Jornalismo pela Universidade Católica de Pernambuco, MBA em Ciência de Dados e Inteligência Artificial pela PUC-RS
É o fato ou acontecimento de interesse jornalístico. Pode ser uma informação nova ou recente. Também diz respeito a uma novidade de uma situação já conhecida.
Texto predominantemente opinativo. Expressa a visão do autor, mas não necessariamente a opinião do jornal. Pode ser escrito por jornalistas ou especialistas de áreas diversas.
Reportagem que traz à tona fatos ou episódios desconhecidos, com forte teor de denúncia. Exige técnicas e recursos específicos.
Conteúdo editorial que oferece ao leitor ambiente de compras.
É a interpretação da notícia, levando em consideração informações que vão além dos fatos narrados. Faz uso de dados, traz desdobramentos e projeções de cenário, assim como contextos passados.
Texto analítico que traduz a posição oficial do veículo em relação aos fatos abordados.
É a matéria institucional, que aborda assunto de interesse da empresa que patrocina a reportagem.
Conteúdo que faz a verificação da veracidade e da autencidade de uma informação ou fato divulgado.
É a matéria que traz subsídios, dados históricos e informações relevantes para ajudar a entender um fato ou notícia.
Reportagem de fôlego, que aborda, de forma aprofundada, vários aspectos e desdobramentos de um determinado assunto. Traz dados, estatísticas, contexto histórico, além de histórias de personagens que são afetados ou têm relação direta com o tema abordado.
Abordagem sobre determinado assunto, em que o tema é apresentado em formato de perguntas e respostas. Outra forma de publicar a entrevista é por meio de tópicos, com a resposta do entrevistado reproduzida entre aspas.
Texto com análise detalhada e de caráter opinativo a respeito de produtos, serviços e produções artísticas, nas mais diversas áreas, como literatura, música, cinema e artes visuais.
Jornal @ 2022 – Uma empresa do grupo JCPM
PARA SOLICITAÇÃO DE LICENCIAMENTO, CONTACTAR [email protected]

source

Leave a reply