Chefe da Red Bull critica dificuldade e pede melhora na transição de pilotos da Indy para F1 – Grande Prêmio
Antes mesmo de a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) bater definitivamente o martelo e negar o pedido de superlicença a Colton Herta, a Red Bull se manifestou sobre a complicada situação do piloto da Indy. Ao podcast da Fórmula 1 Beyond de Grid, Christian Horner lamentou a burocracia em torno da pontuação exigida para o passe, dizendo ainda que a entidade reguladora precisa repensar a transição dos pilotos da categoria americana para a F1.
Herta passou a ser muito cobiçado pela AlphaTauri para ocupar a vaga de Pierre Gasly. Embora o francês tenha contrato com o time de Faenza para o ano que vem, Helmut Marko, consultor dos taurinos, concordou liberar Gasly para a Alpine caso o substituto fosse o americano de 22 anos.
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Horner elogiou bastante o desempenho do piloto da Andretti na Indy. “Se voltarmos um ano, é impressionante o que ele estava alcançando”, disse o inglês. “Os Estados Unidos são um mercado enorme, e seria ótimo dar ao melhor piloto americano do momento uma chance na F1. Infelizmente, as restrições do licenciamento impedirão que isso aconteça”, lamentou.
A FIA anunciou ontem (23) que não iria abrir exceção para Herta. O jovem americano, portanto, terá de conquistar os pontos da forma tradicional para obter o documento que o permitiria disputar a Fórmula 1.
“Vamos ter de respeitar a decisão da FIA — ao final, cabe a ela analisar a situação”, declarou Horner, sem deixar de cobrar, em seguida, que o órgão reveja seu sistema de pontuação para a superlicença. “Mas algo precisa ser analisado, pois não pode ser tão difícil para os pilotos essa transição da principal série do automobilismo americano para a F1”, concluiu.
Atualmente, a FIA distribui os pontos da superlicença da seguinte forma para os pilotos da Indy: o campeão da temporada ganha os 40 necessários; o vice-campeão soma 30, enquanto o terceiro colocado fica com 20. Do quarto até o décimo colocado, a entidade concede dez (quarto), oito (quinto), seis (sexto), quatro (sétimo), três (oitavo), dois (nono) e um (décimo).
Por conta da pandemia, os pilotos podem usar as três melhores pontuações nas quatro temporadas anteriores para somar pontos. No caso de Herta, o sétimo lugar na Indy em 2019 deu a ele quatro pontos. Em 2020, foram mais 20 pelo terceiro lugar. Ano passado, o americano terminou a temporada em quinto lugar, garantindo mais oito. Ao todo, são 32, ou seja, faltam oito para que ele ganhe o passe exigido pela FIA.
Mas o que tem sido tema de discussão é a quantidade de pontos que a federação distribui para a Indy comparada à pontuação de Fórmula 2 e Fórmula 3. Na primeira, os três primeiros colocados no campeonato garantem a superlicença. O quarto colocado da F2 soma 30, enquanto o da Indy, apenas dez; na F3, o piloto que fica em quarto também recebe mais pontos: 15.
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