China anuncia mais uma medida de flexibilização da política de covid zero – Revista Oeste

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A China anunciou nesta segunda-feira, 12, a intenção de parar de usar um aplicativo de rastreamento de pessoas infectadas com o coronavírus. Lançada em março de 2020, a plataforma, que usava dados de três operadoras telefônicas, registrava todos os países ou regiões visitadas na última quinzena, além de todas as cidades chinesas onde a pessoa tivesse ficado mais de 14 horas.
Quem tivesse passado por lugares com um número elevado de casos, considerado de “alto risco”, não recebia autorização para seguir viagem a outras regiões ou para entrar em hotéis, prédios ou centros comerciais. Muitas regiões, contudo, têm sistemas próprios, que devem continuar em vigor.
A flexibilização da rígida política de covid zero, mantida em três anos da pandemia, começou na semana passada, depois que protestos no fim de novembro tomaram o país. O Partido Comunista Chinês já anunciou o fim dos testes em massa e o confinamento obrigatório para casos leves ou assintomáticos. Até agora, qualquer pessoa com teste positivo era obrigada a ficar em isolamento em instituições do Estado.
O aplicativo conhecido como “Cartão de Itinerário” sairá do ar à meia-noite de terça-feira 13, segundo uma postagem no canal oficial do governo chinês do WeChat, rede social que é popular no país.
Na rede social Weibo houve comemorações. Um usuário, de acordo com a agência Reuters, escreveu que o fim da ferramenta significava “o fim de uma era”, enquanto outra disse que o “o próximo passo é acabar com todos os aplicativos locais”. Muitos questionaram o que acontecerá com a grande quantidade de dados compilados pelo aplicativo.
As medidas de flexibilização ocorreram quando o número de casos de covid-19 aumentavam na China e podem aumentar ainda mais, já que as rígidas e prolongadas medidas de isolamento podem ter dificultado a chamada “imunidade de rebanho” e mesmo afetado o sistema imunológico dos chineses.
Apesar dos apelos das autoridades e da mídia estatal para que as pessoas se automediquem, fiquem em casa e só procurem o hospital caso tenham sintomas graves, há grandes filas nos hospitais. Embora o número de casos tenha aumentado, o número de mortes e casos graves continua baixo, segundo dados oficiais divulgados à imprensa.


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