Collor, Jucá, Serra e mais: os 'caciques' da política que perderam em 2022 – UOL Confere

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Abinoan Santiago
Colaboração para o UOL, em Florianópolis
03/10/2022 04h00Atualizada em 03/10/2022 09h56
Enquanto candidatos novatos comemoram o resultado as urnas nas Eleições 2022, a exemplo de Sérgio Moro (União-PR), Damares Alves (Republicanos-DF) e Marcos Pontes (PL-SP), outros figurões do cenário político amargam derrotas no pleito após não conseguirem se eleger.
Alvaro Dias (Podemos-PR), Fernando Collor (PTB-AL), Romero Jucá (MDB-RR) e Kátia Abreu (PP-TO) são apenas alguns dos nomes que não devem mais frequentar os holofotes de Brasília. Também há quem deixará o mandato por não ter se candidatado, como é o caso do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), que abriu mão de disputar a reeleição.

Na disputa pelo quarto mandato consecutivo como senador pelo Paraná, Alvaro Dias acabou derrotado pelo ex-juiz Sergio Moro, que ganhou notoriedade por comandar processos da Operação Lava Jato, na 13ª Vara Federal de Curitiba.
O curioso da disputa entre ambos é que o ex-magistrado acabou entrando na política através de Dias, que ofereceu o Podemos para que Moro disputasse a Presidência. Ambos acabaram rompendo, causando a ida do ex-ministro da Justiça e da Segurança Pública ao União para concorrer ao Senado.
Alvaro está no cargo de senador desde 1999.
Um dos responsáveis por articular o impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT), o ex-deputado Eduardo Cunha não retornará à Câmara em 2023.
Ele ocupou o cargo pelo Rio de Janeiro, seu reduto eleitoral, entre 2003 e 2016 — ano quando teve o mandato suspenso pelo STF (Supremo Tribunal Federal). O político mudou de domicílio eleitoral para São Paulo e migrou do MDB para o PTB, porém os pouco mais de 5 mil votos não foram o suficiente para retornar à Câmara.
Eleito em 2014 pela segunda vez como senador por Alagoas, o ex-presidente Fernando Collor (PTB) ficará sem mandato a partir de 2023.
Collor concorreu ao governo alagoano em 2022, mas foi superado pelos seus adversários, Paulo Dantas (MDB) e Rodrigo Cunha (União), que agora disputam o segundo turno.
Foi a terceira vez que Collor perdeu uma eleição para o governo de Alagoas. As outras aconteceram em 2002 e 2010.
Outra parlamentar de longa data no Senado e que ficará sem mandato a partir de 2023 é Kátia Abreu (PP-TO). Ela perdeu a candidatura à reeleição para Professora Dorinha (União), que era apoiada pelo governador reeleito no primeiro turno, Wanderlei Barbosa (Republicanos).
Kátia não conseguiu apoio em seu estado de nenhum candidato ao governo, nem mesmo do filho, Irajá Silvestre (PSD). Também não teve presidenciável que aderiu à sua candidatura. Por outro lado, contou com Cinthia Ribeiro (PSDB), prefeita de Palmas, o que acabou não sendo o suficiente para renovar o mandato.
O tucano José Serra perdeu a disputa por uma vaga para a Câmara dos Deputados por São Paulo. Atualmente senador pelo estado, preferiu abrir mão da renovação do mandato e não obteve os votos necessários para conquistar a cadeira.
Aos 80 anos, Serra já ocupou os cargos de prefeito de São Paulo, governador do estado, além de comandar o Ministério das Relações Exteriores e da Saúde nos governos dos presidentes Michel Temer (MDB) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB), respectivamente.
Ex-governador de Goiás por dois mandatos, Marconi Perillo (PSDB) foi derrotado em sua tentativa de voltar ao Senado. Ele já ocupou o referido mandato entre 2007 e 2010, mas acabou derrotado na disputa para Wilder Morais (PL).
Com isso, Perillo fica pelo menos mais quatro anos sem ocupar algum mandato desde que deixou o governo goiano em 2018. Além de chefe do executivo estadual, ele já foi deputado federal e deputado estadual.
Deputado federal desde 2007 por São Paulo, Paulinho da Força (Solidariedade) deixará de ocupar uma cadeira na Câmara a partir do próximo ano.
Os 64 mil votos que obteve nas urnas não foram o suficiente para conquistar uma vaga por mais quatro anos. Ele é o atual presidente do Solidariedade.
Após perder as eleições de 2018 para o Senado, Romero Jucá (MDB) sofreu uma nova derrota em 2022, desta vez para Hiran Gonçalves (PP). Ele buscava retornar ao mandato que ocupou entre 1995 a 2019 por Roraima.
Jucá é uma das figuras mais tradicionais do MDB e acabou tendo o nome envolvido em escândalos decorrentes da Operação Lava Jato. Ele chegou a ter um áudio divulgado no qual propôs um “pacto” para barrar a investigação, em 2016.


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