Coluna: Política & Políticos – Em defesa da 280 – JDV – Jornal do Vale do Itapocu

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07/12/2022
Por Redação JDV
Jeferson |Saavedra/arquivo pessoal
Já que deputados (estaduais e federais) e senadores em fim de mandato ou reeleitos não abrem a boca para protestar contra atrasos e cortes de verbas federais para obras de duplicação da BR-280, de São Francisco do Sul a Jaraguá do Sul, a Federação das Indústrias de Santa Catarina parte em defesa dos contribuintes usuários da rodovia. Em apelo dirigido aos quase mudos parlamentares, a Fiesc aponta que a rodovia precisa recursos da ordem de R$ 200 milhões em 2023. Para não parar de vez.
 
Fórum priorizou a 470
Isso equivale a quase quatro vezes o orçamento federal previsto para o ano que vem, da ordem de R$ 46 milhões. Para a conclusão das obras de duplicação em 76 km da 280, estima-se um custo de R$ 900 milhões. Não incluído aí a conta com supervisão (das obras), desapropriações e gestão ambiental. Ao contrário da BR-470, no Vale do Itajaí e listada pelo Fórum Parlamentar Catarinense como prioridade, com recursos da ordem de R$ 197 milhões já garantidos para 2023.
 
CURTAS
*Perguntar não ofende: até quando Jorginho Mello vai rastejar diante do ‘amigo’ Bolsonaro que, se muito fez, foi pedir votos para ele mesmo e isso só no segundo turno? Afinal, com quem JM terá de dialogar nos próximos anos em busca de recursos federais essenciais para Santa Catarina? Com Bolsonaro ou com Lula, de quem também já esteve muito próximo em passado recente? Afinal, até quando vamos ficar nesse chora-chora?
*O comandante-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasquez, foi ‘recomendado’ pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) ao governador eleito, Jorginho Mello (PL) para comandar a Polícia Civil de Santa Catarina. Mello havia delegado à vice-governadora, Marilisa Boehm, a indicação do delegado-geral da PC. Ela prefere o deputado federal Coronel Amando (PL), de Joinville, a exemplo dela, que não se reelegeu.
*O problema é que Vasquez, atual comandante-geral da Polícia Federal, cargo que ocupa por indicação do senador Flávio Bolsonaro (PL), filho de JB, é alvo de inquérito instaurado pelo Ministério Público Federal conduzido pela Superintendência da PF em Brasília. Que investiga ordens de Vasquez para operações policiais em regiões do Nordeste no dia 2 de outubro, com blitze que ocasionaram congestionamentos do trânsito em rodovias da região.
*A ação foi considerada como altamente prejudicial ao trânsito de ônibus gratuitos (por determinação do presidente do TSE, Alexandre Moraes) transportando eleitores que poderiam votar no ex-presidente Lula da Silva (PT), segundo denúncias publicadas em redes sociais. Em uma publicação no Story do Instagram, Vasques divulgou imagem da bandeira do Brasil com a seguinte mensagem: “Vote 22. Bolsonaro presidente”.
*Vereadores de todas as regiões do Estado refestelam-se em Florianópolis, em mais um congresso estadual promovido pela União dos Vereadores de Santa Catarina. Vai até amanhã (9) no plenário da Assembleia Legislativa. Desnecessário falar na gastança absolutamente desnecessária. Aliás, de prático nada colocam em prática depois destes eventos.
*Não poucos sequer apresentam um relatório sério (muitos sequer se dão ao trabalho) sobre o que viram, o que debateram e o que podem propor de positivo para os municípios que representam.
*”Estamos unindo os dois Legislativos de Santa Catarina, a Alesc com as Câmaras de Vereadores, onde as coisas acontecem, onde são votadas as leis, então é muito importante esse congresso”, disse o presidente da Uvesc, Anderson Guzzatto (PL/Concórdia). Deve ser, deve ser.
 

Fora da Capital
Os governos itinerantes criados pelo ex-governador Jorge Konder Bornhausen (1979/1982) e adotados por Carlos Moisés (Republicanos) no ano passado, podem ser reeditados pelo governador eleito Jorginho Mello (PL).
 
Bônus eleitoral
À época, o estilo do diálogo cara a cara com prefeitos, vereadores e lideranças comunitárias, ao invés do bate e volta, foi fundamental para a eleição de Esperidião Amin governador, em 1982, então secretário dos Transportes e Obras de Bornhausen. E do próprio JKB a senador no mesmo ano. Afinal, se fizer bom governo, Jorginho precisa pavimentar a reeleição.
 
A vice apoia
A vice-governadora eleita, Marilisa Boehm (PL), apoia a ideia, mas adiantou que o modelo a ser adotado só será discutido no ano que vem. Isso lembra o livro lançado em 2009 pelo então senador Raimundo Colombo (PSD): “O Povo tem nome, rosto e endereço”, escreveu Colombo, eleito governador em 2010 e reeleito em 2014.
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