Coluna: Política & Políticos – Moisés já fez a mudança – JDV – Jornal do Vale do Itapocu

Celso Machado comenta os principais acontecimentos da política catarinense
29/12/2022
Por Celso Machado
Nascido em Blumenau, 70 anos, 55 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)

A equipe do governador eleito, Jorginho Mello (PL), já está na Casa D’Agronômica desde quarta-feira (26), porque lá já não mora mais o governador Carlos Moisés da Silva (Republicanos). A família Silva- o governador, a mulher e duas filhas- já tirou de lá tudo o que lhe pertencia. Mello toma posse às 18 horas de domingo,1º de janeiro, em ato solene na Assembleia Legislativa, quando, sob juramento, prometerá cumprir a Constituição, etecétera e tal. Será, também, o último de Moisés, uma das dezenas de autoridades convidadas para o evento. E suas promessas de campanha, também.
Em comum, ambos foram eleitos surfando na “onda Bolsonaro”. Mello por duas vezes: em 2018 como senador, em 2022, como governador. O Comandante Moisés um ilustre bombeiro militar desconhecido, com as pesquisas eleitorais apontando-o como uma ‘zebra’ impossível, faturou 2.644.179 votos no segundo turno, mais que o dobro de Gelson Merísio (PSD), um veterano nas urnas, que fez 1.075.242 votos.
Mas a vitória que nem ele mesmo um dia imaginou, “subiu para a cabeça”. Rodeou-se de alguns secretários trapalhões que, por pouco, não protagonizaram seu impeachment e, por fim, renegou o presidente Jair Bolsonaro, responsável direto pela sua eleição. Mello, ao contrário, seguiu como fiel escudeiro de JB e ganhando espaços entre o eleitorado bolsonarista. E, por isso mesmo, dia 1° de janeiro Mello vai para Centro Administrativo, onde assume o governo de SC. E Moisés vai pra casa, dando lugar a um crítico implacável de seu governo.
O Centro Administrativo do Governo de Santa Catarina é a sede oficial do governo catarinense, localizado no Bairro Saco Grande, as margens da rodovia SC-401, em Florianópolis. Originalmente foi construído pela WEG S.A. para ser a sede de sua divisão de automação. Depois, vendido ao BESC, sendo a sede do extinto banco estadual e mais tarde, adquirido pelo Estado, No complexo ficam as principais secretarias do estado e o gabinete do governador e do vice.
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