Com Copa do Mundo, Messi fica a um passo de 'gabaritar' títulos da carreira e bater feito inédito que nem Pelé conseguiu – ESPN.com.br

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Lionel Messi deu um passo bastante incomum no futebol profissional para gabaritar a lista de títulos que disputou e conquistou.
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Hoje, aos 35 anos, ele obteve a glória mais cobiçada: a Copa do Mundo, na emocionante decisão contra a França, no Qatar, que terminou com vitória nos pênaltis após empate por 3 a 3.

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O título que já fez Diego Maradona ser elevado à condição de deus entre os argentinos era perseguido por Messi desde 2006, na Copa da Alemanha, mas tornou-se uma obsessão maior no Qatar por ser a “última dança” do camisa 10 na história do torneio.
Foram quatro participações antes da atual edição. O melhor resultado até agora era o vice em 2014, quando a Argentina foi derrotada pela Alemanha por 1 a 0, no Maracanã. Messi lamenta até hoje duas chances de gol perdidas que poderiam ter mudado a história.
A taça da Copa do Mundo terá um lugar especial na rica galeria de troféus do argentino, mas ainda não será suficiente para fechar a lista de títulos do camisa 10 no futebol.
Ironicamente, ficará faltando a Copa da França, país que o acolheu no fim de carreira.
Apesar da pouca relevância do torneio perto de outras conquistas, na única oportunidade que teve de vencer esse troféu, o Paris Saint-Germain parou nas oitavas para o Nice, nos pênaltis. Naquele jogo, ele vestiu pela primeira vez a camisa 10 do clube.
A partir de janeiro, ele pode tentar de novo. O PSG, por quem já foi campeão francês e campeão da Supercopa da França, estreia no torneio contra o Châteauroux.
Pode ser a última chance também. O contrato dele com o clube vai até 30 de junho de 2023. Apesar de a diretoria desejar renovar, ninguém sabe ainda o que ele vai fazer depois. Se vai anunciar a aposentadoria, renovar ou mudar de clube/país.
Messi tem 40 títulos como profissional, e foi no Barcelona onde mais triunfou. Em 17 temporadas, ganhou tudo, conseguindo as maiores glórias da carreira, com destaque para quatro edições da Champions League, três Mundiais de Clubes e 10 vezes LaLiga.
Pela Argentina, onde sempre foi mais cobrado para seguir o legado de Maradona, Messi tinha até 2019 apenas uma taça para contar: o Superclássico contra o Brasil.
Pouco para a história dele.
Os insucessos falavam mais alto, como o vice da Copa de 2014 e nas edições de 2007, 2015 e 2016 da Copa América. Neste último, cogitou se aposentar da seleção.
A chave mudou com a Copa América de 2021, vencida em cima do Brasil, no Maracanã. E agora tem diante de si a chance de ser campeão Mundial contra a França.
Alguém ainda pode citar na lista a Finalíssima, disputa vencida contra a Itália, campeã da última Eurocopa, no ano, como conquista ligada à seleção.
Sim, ela faz parte da lista, apesar da pouca relevância.
A trajetória de Lionel Messi com ou sem esses dois títulos que lhe faltam dificilmente será igualada. Mesmo na história dos grandes craques do futebol (considerando os que disputaram um grande número de competições) ela é rara.
O argentino tem na sua galeria ainda outros dois feitos para causar inveja. Foi campeão mundial sub-20 pela Argentina, em 2005, e campeão olímpico, em 2008.
Na lista, constam só torneios organizados por federações e confederações
Quando se trata de recordes, é impossível deixar de olhar a trajetória de Pelé.
O brasileiro foi muito mais bem sucedido que Messi (e qualquer outro jogador) em Copas do Mundo. Foram três títulos. Fez muito mais também em números individuais, com seus 1.283 gols, além de ter extrapolado a fronteira do futebol como marca mundial.
Mas nem mesmo o Rei do Futebol conseguiu gabaritar a lista de títulos que disputou.
Faltou o Campeonato Sul-Americano pela seleção brasileira. É fato que ele jogou apenas uma edição, em 1959, em Buenos Aires, e foi vice. Os argentinos levaram.
Outras disputas daquela época que hoje são vista como de pouca relevância ele venceu com a camisa da seleção. Por exemplo, a Copa Roca (contra os argentinos), a Taça Oswaldo Cruz (contra os paraguaios) e a Taça Bernardo O’Higgins (contra os chilenos).
Numa época em que eram comuns os jogos entre seleções estaduais, ele também venceu os dois títulos oficiais que disputou. O Campeonato Brasileiro em 1959, que foi o mais importante. Dez anos depois, o Triangular Garrastazu Médici.
Pelo New York Cosmos, o último clube que defendeu, conquistou tanto o campeonato da Liga Norte-Americana como o Tournament of Champions, únicos torneios que participou.
Pelo Santos, clube que colocou no mapa do futebol mundial, venceu tudo, com destaque para dois Mundiais de Clubes e duas Copas Libertadores, títulos inéditos no Brasil.
Alguns podem argumentar que em 18 anos pelo Santos faltou um troféu: o Campeonato Brasileiro, que a partir de 1971 substituiu o Torneio Roberto Gomes Pedrosa.
De fato, Pelé jogou quatro edições, e a melhor campanha foi em 1974, disputando o quadrangular final, mas terminando na terceira colocação (atrás de Vasco e Cruzeiro).
Mas cabe um porém nessa história. Com a unificação oficial de títulos nacionais a partir de 2010 é como se a Taça Brasil (Pelé venceu 5 edições) e o Robertão (venceu uma vez) fossem o mesmo que o Campeonato Brasileiro. Ao menos, assim reconhece a CBF.
De qualquer forma, com ou mesmo sem gabaritar todos os títulos que disputou, Pelé é a prova para Messi e outros craques que isso não diminuiu em nada uma trajetória vitoriosa.

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